Capitulo 9:

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            Eu estava gostando da ideia de ter uma profecia só minha, mas ela sorriu.

- Primeiro olha a minha. - ela sorriu e me entregou a dela.

        
A filha do fogo em uma missão embarcará.

O descendente de um inimigo, no destino encontrará.

Apesar da história que ocorreu no passado.

Para sua nova jornada terá que deixar de lado.

Por ser a líder da missão.

Seus piores pesadelos a perseguirão. 

No final uma grande decisão tomar.

Elementares ou caçadores terá que priorizar.

Mas se deixar o orgulho te consumir.

Do fracasso da missão não poderá fugir.

- Espera, como assim o descendente de um inimigo? - Eu sorri e ela olhou para mim com tristeza - Espera, eu conheço esse olhar.

               Naquele momento a lembrança daquele blecaute voltou na minha mente, eu estava vendo aquela garotinha que diante dos seus olhos via seu pai morto.

- Esse descente sou eu, não sou? - falei com raiva de mim.

- Isso já foi, não vale a pena lembrar, eu até queria me vingar, mas seu pai morreu e minha raiva também. - ela pegou o pergaminho e levantou pronta para ir.

            Ela tinha andado uns 20 passos e eu estava parado olhando aquela garotinha que agora era uma líder de exército, rapidamente levantei e a puxei pelo braço.

- Eu não queria... - eu não conseguia falar, estava com muito vergonha pelo que meu pai tinha feito.

            Ficamos eu e ela com os corpos colados olhando um para o outro, meu coração estava batendo forte, eu senti uma coisa diferente naquele momento.

- Eu sei, olhei você por todos aqueles dias e percebi que você não é seu pai. - ela soltou o abraço o que me deixou com muita vergonha.

            Apenas acenei com a cabeça e continuamos em silêncio, o que está acontecendo comigo? Eu estava namorando, amava o Scott, mas ela despertava um sentimento que eu nunca tinha sentido.

             Continuamos caminhando pela trilha, depois de uma hora chegamos ao que parece com o fim da trilha, pois literalmente a trilha acabava em uma floresta muito densa onde até a luz do sol tinha dificuldade para entrar. Charlotte pisou no final da trilha e contou doze passos para trás,  virou para a esquerda e sorriu, me chamou e fui até ela.

- Quando entrarmos fique atrás de mim.  - ela falou séria.

- Entrar? Esses galhos são tão juntos que a menos que você tenha um facão não entraremos, olha só.  - peguei uma pedra e joguei nos galhos, ela bateu e voltou. - Viu. - falei olhando incrédulo pra ela.

- Vai logo. - ela me empurrou e eu caí nos galhos eu passei como se não houvesse obstáculo no caminho, assim que ela entrou disse. - Você acha que voltei doze passos atoa? - ela riu de mim.

              Que ótimo,  desse jeito vou ser o palhaço dessas missão, não estou gostando nada disso.

- Você tem que lembrar o que te disse sobre Otriz, nada no mundo é perfeito,  mesmo que pareça, sempre haverá um ponto fraco. - ela passou na frente e caminhou.

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