Capítulo 42:

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Eles ficaram me olhando esperando uma resposta para tudo aquilo.

- Gente não podemos ficar enrolando temos que ir. - falei.

- Você não quer contar? - Charlotte se aproximou. - se você não teve controle não é sua culpa.

- Na verdade foi... com a maldição da minha mã... digo da Ar, todos que tentavam se aproximar acabaram mortos. Todos na vila passaram a me odiar, nem meu pai se aproximava muito no aspecto sentimental, um dia decidi andar na cidade para esquecer os problemas mas todas as casas, cada esquina durante todo o trajeto eles falavam coisas horríveis para mim... Eu tinha 12 anos. - me virei pois não conseguia olhar para o pessoal. - sai da cidade e fui para a margem de um rio que só eu conhecia, era uma área que as pessoas Sempre proibiram as crianças de ir lá, naquele dia sentada um homem apareceu para mim... ele disse que eu era especial, podia ter tudo que eu quisesse. - Charlotte me abraçou. - falou que podia me mostrar a minha verdadeira força, tocou na minha cabeça e aí meus problemas começaram, eu podia ver o que estava fazendo mas não podia parar... de alguma forma me tornei mas forte que todos... Eles tentaram me matar mas assim como a Charlotte fez, me machucar era inútil, minhas feridas cicatrizavam rapidamente.

- E o que mais aconteceu? - Cássio perguntou, mas sua voz era de preocupação.

- Quando recuperei a consciência o estrago já estava feito, meu pai pegou minha irmã e eu e nos mudamos para outra vila, depois daquele dia eu só vi o homem mas uma vez, ele disse era para mim ter morrido aquele dia, na minha antiga vila sou uma traidora e o mesmo garantiu que ia fazer o pessoal da minha nova vila descobrissem isso, no dia seguinte a Charlotte e o meu ir... o Dylan apareceu e depois da morte da minha irmã não tinha mas motivos para mim ficar e acabei vindo.

- Ele não queria te ajudar, e sim queria que você fosse vista como rebelde e caçada por todos... todas as vilas matariam você se a encontrasse no caminho. - Cássio pareceu analisar bem as condições.

Acenei com a cabeça um sim e continuamos a andar, era possível perceber que eles não achavam que a culpa era minha mas...

- Ele era todo negro parecendo sombra e dos pequenos sóis no lugar dos olhos? - Emma parecia incomodada.

- Sim. - falei. - por quê?

P.O.V EMMA

Ouvir a Angel falar sobre aquilo me lembrou de algumas situações que aconteceram comigo no passado.

- Eu não menti para vocês. - fiquei em silêncio. - Só ocultei umas informações.

- O que foi? - Leo segurou a minha mão mostrando estar ao meu lado.

- Quando meu pai me abandonou ele não me deixou na rua... ele me deu para uma amiga, mas a mesma não me tratava bem. Uma noite eu cansei e fugi, eles nem deram falta de mim, na verdade eles planejavam me entregar a um orfanato. - Leo apertou minha mão. - Eu tinha 12 anos também, certa noite quando eu estava com muita fome ele apareceu, me deu comida e um bom papo, no começou fiquei bem assustada mas ele disse que era amigo e que só queria me ajudar... e assim fez, me ensinou a controlar meu poderes e me explicou algumas coisas sobre a vida. - falei. - Mas ele disse que um dia eu devia ajudar ele com um plano de reerguer seu império, no começo até cogitei a ideia a final, ele me ajudou e muito. - sorri. - Mas do nada meu pai apareceu, disse que tinha vindo me buscar e que se arrependa, fiquei muito feliz mas... o meu "amigo" matou meu pai na minha frente, segundo ele eu não tinha outra família além dele. - lembrar da morte do meu pai machucou muito. - desculpa, eu já tinha superado mas... ainda dói um pouco, depois de matar meu pai ele tentou me levar a força, mas eu fugi... entrei no meio do pessoa barra pesada e por algum motivo ele parou de me seguir, então usei isso ao meu favor, não tinha mas por que lutar então entrei na vida de crime, não me orgulhava mas nunca mais ele veio atrás de mim.

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