Ele olhou para o seu abdômen e viu sua camisa preta grudenta, assim que ele levantou viu um buraco no lado esquerdo.
Ele virou e saiu andando em direção a floresta.
- Espera!!! Você está sangrando, não pode ficar assim. - falei segurando seu braço.
- Não é nada. - ele andou mais caiu de joelho. - o que está acontecendo? - ele quis saber.
- Você está perdendo sangue. - falei. - Você está com... - ele me interrompeu.
- Dor?. - me olhou de lado. - não sinto nada. - ele forçou e levantou. - não sinto dor, carinho, amor, felicidade, fome, sede, e nada, simplesmente nada.... da para entender isso? - ele falou indiferente.
- Você pode até não sentir, mas não é imortal, venha vomos sair daqui e cuidar disso.
Ainda negando minha ajuda o levei para a floresta, sentei ele em uma rocha e tirei uma adaga da minha cintura.
- Toma, vai ter que me golpear com isso. - falei.
- Como? - ele me olhou.
- Quero que você me cause um ferimento, não me mate é claro.
Ele ergueu o ombro e me apunhalou no abdômen também, ele tirou a adaga e sentou.
Dei uns passos para trás e caí de joelho com a mão no ferimento, o sangue corria entre meus dedos, a dor era horrível mas não vem ao caso, fiquei impressionada com a frieza dele.
Assim que meu sangue caiu no chão uma planta dourada brotou, eu estava perdendo a consciência já, pela perda de sangue, ele deve não ter ouvido a parte que eu pedi para não me matar.
Peguei uma semente da planta e mastiguei, o sabor era horrível mas era para meu bem, intantanemente o corte da minha barriga se fechou e cicatrizou.
Peguei uma e corri até Dylan, ele tinha deitado e respirava de vagar, coloquei em sua boca e ele mastigou, levantei sua camisa e seu ferimento começou a fechar, mas ele não levantou, sem querer deixei uma lágrima cair.
- Chorar não vai me fazer levantar, pra mim levantar você precisa sair de cima de mim. - ele falou.
- Não estava chorando. - levantei de cima dele.
- Que seja. - ele levantou.
- Não vai agradecer? - falei nervosa.
- Pelo que? - ele tirou a poeira da roupa.
- Como assim pelo quê? Eu salvei sua vida!!! - elevei o tom da voz.
- Gratidão? - ele me olhou. - é um sentimento. - simplesmente se virou e caminhou, estava escurecendo e tínhamos que caminhar enquanto dava para andar.
- Eu ainda vou matar você. - gritei.
Peguei um chachinho de semente da planta e ela morreu, guardei no bolso para servir de remédio.
A floresta estava em um blel total, comecei a xingar aquele idiota por ele não parar para descansar.
- Dylannnnn, precisamos descansar. - falei pela última vez.
- Eu não... - o interrompi.
- Ok, você não sente cangaço, por favor eu preciso descansar. - falei sentando ao pé de uma árvore aleatória.
- Tanto faz. - ele sentou ao meu lado.
Eu sei que ele não sente cangaço, mas seu corpo precisa descansar, algo me diz que as coisas não vai ficar muito legal a partir de hoje.
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Os Elementais
FantasySeis pessoas enfrentarão uma missão. Mesmo com desafios, os elementares nunca desistirão. Do caçador, perigos encontrarão. E com um antigo traidor se esbarrarão. E seja pela escolha do herói uma realidade tecida. Um erro fará com que a Terra seja es...