II - Encontros

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Era um dia extremamente quente

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Era um dia extremamente quente. A saudosa Espanha aparentava estar com seus tons alaranjados mais vibrantes que nunca. 

Alejandro havia caminhado por horas. Tinha conseguido fugir de seu pai mais uma vez. As vezes seus planos não davam certo, afinal quando o cruel Corsário o encontrava tentando fugir, o prendia em seu quarto por dias sem comer. 

Mas por isso mesmo Alejandro amava fugir. Aprendeu a pescar com os marinheiros e navegantes e era o momento onde podia matar sua fome. Havia uma praia que ele amava passar horas, onde esquecia de todos seus demônios e angustias. 

Correu e saltitou entre as pedras sem ter medo da morte, duvidando o quanto tinha sorte.

Em Costa del Sol foi onde conheceu seu grande e único amigo, Glinka, um jovem cigano que fazia pouco tempo chegado na Espanha com sua família. 

Alejandro se identificava muito com Glinka. Não era reconhecido entre as pessoas como um ser humano, sempre era acometido também entre as ruas da grande Espanha. Os grandes aristocratas as vezes o solicitava para o toque de seu violino ou até mesmo, pelo seus serviços de engraxate.

  — Você? Pescando hoje?  - Disse Alejandro se aproximando mais devagar entre as grandes pedras. 

—  Olá meu grande amigo! Como anda? 

—  Fugitivo. - Respondeu rindo. 

—  Como sempre. Mas vamos, venha pescar. Aposto que vou pescar um peixe maior e muito mais saboroso que o seu! - Concluiu o desafio gargalhando. 

 — Ótimo meu irmão porque estou com uma fome danada.  Disse sentando-se ao lado do amigo. 

— Oras! O grande Alejandro me deixando vencer? 

— Na verdade a fome é que quer vencer hoje, meu amigo. 

—  Sabe que a Dona Catalina está sozinha essa semana. Seu homem, o moço dos temperos viajou para uma cidade ao leste. 

— Como sabe? 

— Sabendo. 

—  Então tem ido olha-la sem mim? - Disse incrédulo. 

—  Não. Jamais meu amigo...

—  Huuummm...Então vamos hoje.

— Será que todas as Gajís tem um corpo tão formoso como o da dona Catalina? 

—  Sei não Glinka. Aquelas senhoras da alta cheias de vestes e panos me deixa as vezes, meio encucado. - Disse ao amigo pulando com cuidado ao uma pedra próxima.

—  E eu Xaborron ! Mas quer escutar uma verdade... Aquelas roupas ainda me dão mais vontade de saber o que tem embaixo. - Sussurrou seu segredo. - Mas aquelas Gajís  de classe são ...

A Rosa dos VentosOnde histórias criam vida. Descubra agora