III - Emoções

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Já tinha algum tempo que o pai de Alejandro havia viajado com seus homens

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Já tinha algum tempo que o pai de Alejandro havia viajado com seus homens. Seu próprio filho não sabia onde seu pai tinha se destinado a ir. Ele apenas saiu de uma pequena casa com alguns mapas e uma bussola. 

O jovem menino não se importava em estar sozinho em na casa, mas por mais que seu pai o tratasse mal, não imaginava como seria viver definitivamente sozinho.

Ele permanecia sentado, imóvel por horas na porta de sua casa olhando para o céu que escurecia aos poucos. Relembrou do sorriso da dama que tinha sido tão carinhosa e amorosa com ele. Isso o angustiava infinitamente, por te-la abandonado entre as ondas do mar. 

Alejandro idealizou muitas e muitas cenas em sua mente de como teria sido se ele tivesse ido aos aposentos daquela senhora.

Ao longe escutou passos esmagando as pequenas pedrinhas naquele chão de areia. Era Glinka caminhando em sua direção com um sorriso bem malicioso em seus lábios.

— Ah! Você está ai! 

— Oi Glinka. 

— Vamos logo Alejandro...

— Onde?

— Ué? Esse meu amigo está sonhando acordado mesmo. Ultimamente anda muito estranho. Parece enfeitiçado!!!

— Eu? Por que?

— Com essa cara que viu uma sereia.

— Se estivesse visto mesmo não estaria aqui meu amigo. 

— Bom, enquanto não vemos uma podemos ver a Dona Catalina. - Concluiu com um sorriso ousado, já puxando seu amigo pelo caminho. 

Dona Catalina era uma Senhora exageradamente nova, em pleno seus dezoito anos. Era considerada até bem de vida, nunca passava fome e sempre estava com aroma de jasmim. Sua casinha era  próximo da praça onde seu marido havia construído um pequeno comercio de temperos. Seu marido era um homem velho e carrancudo. Sempre de mal-humor. 

Um dia quando Alejandro não conseguiu voltar para casa, decidiu dormir de baixo de uma arvore próximo a casa de dona Catalina e teve uma bela surpresa.

Estava muito quente aquela noite e ela resolveu abrir a janela de seu quarto para se refrescar, sentando na janela com um vestido de renda branca junto com uma combuca de água e uma pedaço de pano, banhando delicadamente seu corpo. 

Ele não esquece como foi fácil tirar um sorriso de seus lábios naquele noite. Glinka o surpreendeu chegando bem naquele momento, afinal tinha ido perguntar para seus pais se o amigo poderia dormir com eles. 

Dona Catalina era um desejo de mulher. Suas curvas eram eufóricas como sua pele morena de cor de canela.  

Ao caminho da casa de Catalina os jovens rapazes escutaram um grito ao longe. Era Rubi, irmã de Glinka uma jovem Romi com suas vestimentas extremamente coloridas. 

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