I think I'm a bad person

28 3 2
                                    

        Não Kat, cala-te. Não o conheces, não importa se o trataste mal, nunca mais o vais ver. Agora só interessa chegar a NY e começar a trabalhar no jornal.

        Acordo com o barulho da turbulêcia, de facto, já nem me lembrava que estava a andar de avião, por isso acrodei um pouco atorduada com toda aquela situação.

        Esfrego os olhos e olho em redor, tínhamos acabado de aterrar em NY. Ainda com a sonolência a tomar conta do meu comportamento, saio do avião e espero pelas minhas malas. Já com tudo no carrinho sigo para a saída. 

        Sempre imaginei várias versões dos meus primeiros minutos em Nova Iorque, umas vezes pensei que ia desmaiar, outras que ia gritar até ficar sem ar, mas nunca pensei que estivesse tão cansada que nem um sorriso conseguisse mostrar ao pessoal do aeroporto. 

        Perto da porta está uma rapariga baixa, de cabelo muito preto e curto, olhos de coruja e um bonito sorriso. Nas mãos tinha um grande cartaz onde dizia "All News Journal - Katherine Willows", wow, nunca imaginei ler o meu próprio nome em letras tão grandes e no meio de tanta gente! Venho de Atlanta, Georgia, o meu grande sonho sempre foi este, chegar a Nova Iorque, mas neste momento sinto-me a perder o chão, a sério, acho que estou a cair outra vez. Oiço o barulho das minhas malas a cairem e a respiração de alguém. As suas mãos fortes amparam-me antes de sequer um fio de cabelo meu roçar o chão.

Niall - Hey, tens que estar sempre a chamar a minha atenção? - riu-se

Lá estava eu, outra vez a passar vergonhas no meu primeiro dia de sonho.

Tento rapidamente desembaraçar-me dos seus braços.

Kat - Não foi de prepósito seu anormal, ou ainda não percebeste que se eu te quisesse ao pé de mim eu tinha avisado?

Niall - Acho que um simples obrigado chegava, mas é sempre bom ouvir umas palavras simpáticas vindas de ti.

Kat - Obrigada -  respondi amargamente.

        Sigo o meu caminho em direção à tão bem apresentada rapariga de olhos bonitos. Ela assim que me vê demonstra um grande sorriso, e sem dizer nada leva-me em direção ao carro estacionado a dois lugares de distância da porta do aeroporto.

        Ao longo de uma viagem de 20 minutos até ao meu apartamento, Jade apenas me disse o seu nome e perguntou-me quem era o rapaz que me agarrou. Óbvio que eu nem comentei sobre o assunto, apenas disse que era alguém que estava sentado ao meu lado no avião e que me ajudou em mais uma das minhas famosas quedas.

        Sem mais conversa Jade ajudou-me a levar as malas para cima, deixou-me as chaves e indicações para amanhã, e partiu. 

        Por fim, fiquei ali, numa casa vazia, malas para desfazer e uma vida a começar esperando pelo dia de amanhã.

I saw a signOnde histórias criam vida. Descubra agora