Capítulo 3

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"Notas da Mary: Boa leitura~"


    

               SeungCheol fez o que qualquer pessoa faria caso encontrasse alguém pelado dormindo em sua cama ficou encarado sem fazer ideia de como agir. Bom, provavelmente essa não seria a reação de qualquer pessoa, mas foi a sua. Ainda tinha os olhos nos cabelos espalhados no travesseiro e desceu os olhos mais uma vez pelo corpo desnudo. Como estava de costas só podia ver as costas e o traseiro de pele branca que não tinha o quadril largo o bastante para ser uma mulher. Também duvidava que uma mulher teria coragem o bastante para invadir a casa de um homem e se deitar pelada na cama dele, então com certeza aquele ser ali era um homem, bom seu raciocínio estava um pouco lento pela bebida da noite anterior associada à noite de sono então ninguém devia levar em conta suas divagações delirantes. E então se lembrou de que existia uma coisa chamada polícia atualmente e pensou em ligar, mas xingou baixinho ao se lembrar de que o aparelho havia ficado esquecido no sofá e por isso não o tinha encontrado quando esticou a mão. O maldito aparelho ainda tocava no andar de baixo.

               Silenciosamente se levantou do chão, tendo que desenrolar o lençol de volta de suas pernas e tentou ser o mais sorrateiro possível para sair do quarto. Com sorte podia ligar para a polícia que levaria aquele maluco tarado de sua cama antes que este acordasse e tentasse qualquer gracinha. Sua manobra estava dando certo até que ao abrir a porta as dobradiças antigas rangeu de forma longa e agourenta ecoando pelos cômodos da casa. SeungCheol apertou os olhos sentindo aquele barulho arrepiar seu corpo, provavelmente acordaria o intruso, mas fez uma prece rápida para não.

               E foi dito e feito.

               Ouviu barulho das cobertas se movendo, naquele momento e pensou se devia correr, mas, levando pelo porte físico que viu em seu intruso, era muito mais forte que ele e poderia o enfrentar numa boa. A menos claro que ele estivesse armado. Nesse caso não teria qualquer chance. Pela primeira vez na vida desejou ter comprado aquela arma como JiHoon tinha lhe aconselhado anos antes, mas como um bom pacifista não se sentia bem com uma coisa daquela em casa.

               -Você está bem?

               A voz que ouviu não parecia de um bandido ou um tarado. Parecia melodiosa demais e bonita demais para ser de alguém desse tipo, não que um bandido tivesse exatamente que seguir um tipo, mas esperava que no caso sim. Ouviu a cama ranger baixinho e o barulho suave de pés tocando o chão antes de se virar e perceber que seu estranho visitante estava caminhando em sua direção. E Jesus! Ainda completamente pelado!

               Ainda entorpecido pelo efeito que aquela voz causou ficou apenas ali parado com a mão na maçaneta olhando para o ser que caminhava em sua direção. Sinceramente não era a pessoa mais tímida do mundo, só quando Seungkwan comentava sobre sua vida sexual em um bar lotado, mas havia algo nos olhos daquele intruso que o deixou com as bochechas mais quentes que o sol. Era como se aqueles olhos pudesse ler seus desejos mais profundos. E não estava falando daquele desejo de passar o dia dormindo sem ninguém o incomodar.

               Um segundo depois ele estava parado bem na frente de SeungCheol examinando seu rosto com atenção como se procurasse por alguma coisa em especial ali. Os dedos longos e finos deslizaram pelos cabelos castanhos e longos colocando os fios de aparência macia atrás da orelha direita e por um instante SeungCheol quis muito erguer sua própria mão e deslizar seus próprios dedos por aqueles cabelos e provar se tinham a textura que imaginava.

               Mesmo que contra sua vontade os olhos percorreu os ombros e peito desnudo que exibia uma pele clara e leitosa. Incapaz de se mover ou olhar para qualquer outra parte que não fosse aquela pele fantástica apenas lutou com a urgência de deslizar os dedos por aquele corpo à sua frente. Sentiu o próprio corpo arder desejando mais do que apenas olhar para o estranho invasor e sentiu que agora era o tarado por pensar em algo assim. O que estava acontecendo? Não ficava pensando coisas assim desde que era um adolescente com os hormônios à flor da pele.

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