DECLARATION

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 — Creio que se eu não te disser isso agora, irei enlouquecer

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— Creio que se eu não te disser isso agora, irei enlouquecer.— Simon dizia andando rapidamente de um lado para o outro do cômodo, visivelmente nervoso.

— Há algum tempo que eu tenho sensações estranhas quando estou perto de você, não do tipo "acho que ele irá me matar", apesar de que às vezes isso realmente parece ser verdade. Mas do tipo que me faz ficar nervoso -de um um jeito positivo- com a sua presença, que me faz sentir sua falta, que me faz gostar de você. Isso é estranho e ao mesmo tempo assustador, porque parece que você vai me bater a qualquer momento.

— O que eu estou tentando dizer é que... É que...— gesticulava incessantemente para o nada, numa espécie de ensaio.

— É que eu acho que estou apaixonado por você.— Lewis concluíra seu ensaio para o "nada" no mesmo instante em que a porta do cômodo se abriu, Raphael encontrava-se parado próximo à porta. Simon ficou estático.

— Desse jeito você irá fazer um buraco no chão.— disse o noturno com uma pitada de deboche na voz, mas com um meio sorriso perceptível.

— Você ouviu?— o diurno questionou após um tempo, gaguejando um pouco.

— Sua declaração? É, eu ouvi. — respondeu simplista.

Simon engoliu em seco, apreensivo. Agora seria a hora em que Raphael diria não sentir o mesmo e debochava dele?

O mais velho tomara o silêncio de Lewis como um sinal para que prosseguisse sua fala.

— Você é irritante, o ser mais irritante que eu já conheci, e sinceramente, não acho que eu esteja apaixonado por você.

É incrível como palavras podem ter um efeito tão negativo nas pessoas, machucar mais do que facas. Simon estava estático tentado digerir as palavras, ele sabia que havia grandes chances de não ser recíproco.

— Sinto muito, Simon.— Raphael continuou a falar— Mas sinto ainda mais por mim, por amar alguém tão irritante. — o noturno exibiu uma careta.

Simon precisou de um certo tempo para digerir as informações.

— Você me ama? — a mente do diurno estava um turbilhão.

— Sim, amo.— Raphael exibiu um sorriso.

— Uau, o vampiro durão sabe sorrir no final das contas.— Simon brincou, mas estava extasiado.

— Acho que eu tenho um motivo válido para sorrir, certo?— Raphael entrara na brincadeira do rapaz.

— É, acho que sim.— Lewis sorriu, um sorriso um tanto bobo— Então quer dizer que posso te beijar sem temer minha morte?— indagou, fingindo curiosidade, os dois riram.

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