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Era chegado o dia, uma singela - porém bela - cerimônia havia sido organizada.
Magnus e Isabelle haviam se voluntariado para o planejamento do casamento, sendo extremamente minuciosos quanto à decoração. Os noivos, Raphael e Simon, decidiram por deixar os amigos se divertirem um pouco, pondo boa parte da organização em suas mãos, com a condição de ser algo simples.
No final das contas, havia sido um belo trabalho. Estava tudo impecável: rosas brancas adornavam o vasto salão, exalando seu tão conhecido perfume, as cadeiras haviam sido meticulosamente posicionadas e um altar improvisado fazia-se presente. Os tons escolhidos foram dos mais escuros, pequenas luzes e velas compunham boa parte da iluminação do local, também formando um lindo caminho em direção ao altar.
Para Raphael, aquilo estava simplesmente perfeito. Por debaixo da máscara de indiferença e frieza que usara por tanto tempo, existia um rapaz que apesar de tudo ainda acreditava no amor, um rapaz que só precisava de um motivo para ser feliz novamente. Simon havia conseguido tirar a máscara do rosto do vampiro mais velho sem ao menos se dar conta disso.
Dias antes, ambos os noivos haviam decidido, por insistência da parte de Simon, que o primeiro a dirigir-se ao altar seria Raphael, logo em seguida seria a vez do vampiro mais novo.
•••
O noturno terminava de se arrumar num cômodo dentro do salão, restavam poucos minutos para a cerimônia começar, e consequentemente as duas grandes entradas acontecerem. Não havia como negar que estava nervoso, afinal em questão de minutos estaria casado, porém também não conseguia tirar o sorriso de seu rosto. Apesar de estar nervoso não tinha dúvidas do que estava fazendo.
Raphael não sabia dizer ao certo quando começou a amar Simon, foi como cair no sono: gradativamente e de repente.
Recordava-se de como o jeito irritante do rapaz que sempre o tirava do sério, o falatório de sempre, o modo como sorria quando estava nervoso, o sarcasmo. Mas não tinha dúvidas, ele amava cada detalhe do rapaz.
A música começara a soar despertando-o de seus pensamentos, uma linda melodia de piano ecoava pelo local, era a sua deixa para seguir em direção ao altar. Olhou-se uma última vez no espelho deixando um suspiro nervoso escapar de seus lábios para então seguir seu caminho. Todos ficaram de pé com sorrisos em seus rostos, mas nenhum brilhava mais do que o estampado no rosto do vampiro. Os diversos olhares o acompanharam em seu trajeto até o altar, Raphael acomodou-se em seu lugar e a música trocou, era a deixa de Simon.
Havia tudo para ser um dia memorável, era o que Raphael pensara.
