Outubro de 2013

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   POV LAUREN

   Hoje era dia de festa, e eu estava tão empolgada, nem acredito que todas minhas amigas vão, vai ser do caralho! Era sábado de manhã eu eu tinha combinado que ia ajudar a Vero nos preparativos, o problema era quem ia comprar as bebidas, precisaríamos de alguém com mais de 21 anos e eu tinha apenas 17. A Vero disse que o primo dela irá comprar, tomara que dê tudo certo porque não estou afim de ser presa por embebedar adolescentes, se bem que se eu fosse presa esse seria um motivo bem convicto.

   Fui dirigindo até a casa de Vero e quando entrei a mãe dela disse que ela ainda estava dormindo, mas que vadia folgada, eu teria o prazer de acordá-la da pior maneira possível, e como Vero amava zoar os outros, hoje ela iria provar do próprio veneno. Fui até seu quarto e abri a porta lentamente, procurei por uma caneta e desenhei na bochecha dela um pinto bem grande e uma vagina, duas coisas que ela gostava, depois me afastei só para pegar impulso o suficiente e pular com tudo em cima dela.

- ACORDA VERO!! SUA VADIA FOLGADA!!! TÁ NA HORA DE TRABALHAR, ACORDA!!! - Eu berrava enquanto chacoalhava seu corpo. Ela virou pra mim e me agarrou tentando me beijar, essa menina não tem pudor mesmo. - Para Vero! Sua nojenta, você nem escovou os dentes!

- Ah, sério Lauren? Até parece que nunca colocou coisa pior na boca. Vem cá, me dá um beijo de bom-dia.

- Agora não Vero, vai logo se arrumar que a gente tem muita coisa pra fazer. - Vero era apenas minha amiga, mas uma amiga que amava beijar outras amigas, nós já se beijamos algumas vezes, mas nunca passou disso.

- Mas que saco! Tudo bem vai, vou me arrumar. - Ela se levantou resmungando e foi até o banheiro, eu tava só esperando até ela ver a própria cara toda pintada. Não passou nem dois minutos e ouvi um grito.

- LAUREN! MAS QUE PORRA É ESSA NO MEU ROSTO?! O QUE VOCÊ FEZ? - Ela gritava furiosamente vindo até mim. Deu até medo.

- Calma Vero, é só uma canetinha, sai com água e sabão. - Eu disse calmamente tentando tranquiliza-la.

- A onde você pegou essa canetinha? 

- Eu peguei ali na sua escrivaninha, ué. Mas já devolvi. - Falei normalmente me jogando na cama e mexendo no celular enquanto ela me olhava com uma cara indignada.

- Lauren, eu não acredito. - Foi até a escrivaninha pegar a caneta que eu tinha usado. - LAUREN, ESSA CANETA NÃO SAI, PORRA!!! EU NÃO ACREDITO QUE NO DIA DA MINHA FESTA VOU FICAR COM UM PINTO E UMA VAGINA BEM NA CARA!! QUE MERDA LAUREN!! - Ela nem tinha terminado de falar e eu já rolava na cama de tanto rir, eu não acreditava naquilo, fiquei imaginando a Vero pela festa dando em cima dos outros com o rosto todo desenhado, acho que estraguei os dates dela hoje. Minha barriga doía e eu não conseguia formular uma frase direito enquanto ela estava me olhando com aquela cara de indignação. -Ei, pare de rir! Cara não tem graça isso. O que eu vou fazer agora?

- Isso se chama karma baby, de tanto que você já zuou as pessoas isso só voltou pra você. - Falei mandando um beijo no ar pra ela.

- Nossa Lauren, sério, podia ter feito isso qualquer dia, mas não hoje. - Falou de forma triste, agora eu estava com dó, não conseguia ser má mesmo.

- Calma Vero, eu tenho um produto que sai qualquer mancha, é só você passar depois, vai ficar tudo bem, não precisa ficar triste ok? - Encarei-a.

- Olha, espero que saia mesmo, mas mesmo assim vou me arrumar pra gente resolver as coisas.

   Ela foi finalmente se arrumar e eu fiquei na cama dela mexendo no celular, estava conversando com a Camz, a gente era um grude até de manhã, mas eu amava me sentir ou estar perto dela. A gente se conhecia há uns dois meses, mas pareciam anos. Eu não sei explicar direito o que eu sinto por ela, eu me sinto uma irmã mais velha até porque eu já tive tantas experiências e ela era tão ingênua com a vida, com relacionamentos por exemplo, ela havia me contado que só beijou um menino durante toda a vida e ela nem gostava dele, mas não chegamos a se aprofundar nesse assunto porque ela ficava muito tímida e acabava falando de outra coisa. Eu queria mostrar o mundo pra Camila, sentia essa necessidade, ela era tão linda, tinha um coração tão bom e inocente, que queria protegê-la. Ela tinha mandado mais mensagens e fui respondê-la.

Nothing is easyOnde histórias criam vida. Descubra agora