2ª-feira da 4ª Semana

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SEGUNDA FEIRA DA IV SEMANA DO DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento II – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

- Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus mandou à terra o seu Filho (Gl 4,4).

Oração do dia

 

- Apressai-vos e não tardeis, Senhor Jesus, para que a vossa chegada renove as forças dos que confiam em vosso amor. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

1ªLeitura: 2Sm 7,1-5.8-12.14.16

 

- Leitura do segundo livro de Samuel - 1Ora, tendo o rei Davi acabado de instalar-se em sua residência, e tendo-lhe o Senhor dado paz, livrando-o de todos os inimigos que o cercavam, 2disse ele ao profeta Natã: Vê: eu moro num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda! 3Natã respondeu-lhe: Pois bem: faze o que desejas fazer, porque o Senhor está contigo! 4Mas a palavra do Senhor foi dirigida a Natã naquela mesma noite, e dizia: 5Vai e dize ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor: Não és tu quem me edificará uma casa para eu habitar. 8Dirás, pois, ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor dos exércitos: eu te tirei das pastagens onde guardavas tuas ovelhas para fazer de ti o chefe de meu povo de Israel. 9Estive contigo em toda parte por onde andaste; exterminei diante de ti todos os teus inimigos, e fiz o teu nome comparável ao dos grandes da terra. 10Designei um lugar para o meu povo de Israel: plantei-o nele, e ali ele mora, sem ser inquietado, e os maus não o oprimirão mais como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo. Concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos. O Senhor anuncia-te que quer fazer-te uma casa. 12Quando chegar o fim de teus dias e repousares com os teus pais, então suscitarei depois de ti a tua posteridade, aquele que sairá de tuas entranhas, e firmarei o seu reino. 14Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de homens, 16Tua casa e teu reino estão estabelecidos para sempre diante de mim, e o teu trono está firme para sempre.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 89,2-3.4-5.27.29 (R: 2a)

- Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

- Ò Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes:"O amor é garantido para sempre!" E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

- "Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!"

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

- Ele, então, me invocará: "Ó Senhor, vós sois meu pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!" Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha aliança indissolúvel.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 - Ó sol da manhã, ó sol de justiça, da eterna luz esplendor: oh, vinde brilhar para o povo sentado na sombra da morte!

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1, 67-79

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

- Glória a vós, Senhor!  

- Naquele tempo, 67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo profetizou, nestes termos: 68Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo, 69e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo 70(como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas), 71para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. 72Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança, 73segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor, 74libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo 75em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida. 76E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, 77para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados. 78Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente79que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!  

 

 

Liturgia comentada
A visita do Sol nascente... (Lc 1, 67-79)

Um dos símbolos litúrgicos do Cristo Ressuscitado é a imagem do Sol nascente. Dono de luz própria, dominador do dia, fonte de vida e fecundidade, o astro-rei simboliza ricamente alguns aspectos de Jesus, o Salvador.

Em várias passagens da Escritura, Deus é apresentado sob a figura da “luz”. Para o povo que caminhava no deserto, a presença de Deus se manifestava como uma nuvem luminosa (cf. Ex 14, 20). Textos messiânicos (como Is 9) falam da luz que se oferece a um povo que caminhava nas trevas. O Apóstolo João chega a definir Deus como luz: “Deus é luz e nele não há treva alguma.” (1Jo 1, 5.) O próprio Mestre assim se apresenta: “Enquanto eu estiver no mundo, eu sou a luz do mundo.” (Jo 9, 5.)

No rito dos fiéis defuntos, a Igreja pede: “Senhor, que a Luz eterna brilhe para eles!” Na Vigília Pascal, por certo a mais bela celebração de todo o ano litúrgico, a luz ocupa lugar central. O Círio Pascal – imagem do Cristo que venceu as trevas da morte – é introduzido no templo às escuras, ao som do hino do “Exultet”:

Cera virgem de abelha generosa
Ao Cristo ressurgindo trouxe a luz;
Eis de novo a coluna luminosa,
Que o vosso povo para o céu conduz.
O círio que acendeu as nossas velas,
Possa esta noite toda fulgurar;
Misture sua luz à das estrelas,
Cintile quando o dia despontar.

Na véspera do Natal, a liturgia nos apresenta o Salvador como o Sol, cuja luminosidade invade o coração dos fiéis desde a experiência do batismo cristão. Falando sobre este sacramento, São Justino de Roma nos diz: “Esta ablução chama-se ‘iluminação’, porque os que recebem tal doutrina ficam com o espírito cheio de luz. E, também, em nome de Jesus Cristo, que foi crucificado por Pôncio Pilatos, e em nome do Espírito Santo, que predisse pelos profetas toda a história de Jesus, é lavado aquele que é iluminado. ”

Neste Natal, peçamos ao Senhor a graça de experimentar em nosso interior uma nova luz, que nos leve a reconhecer com mais clareza a nossa missão neste mundo.

Orai sem cessar: “Os que olharam para o Senhor estão radiantes! ” (Sl 34, 6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br

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