Capítulo Três

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Acordei de manhã e estava deitado em uma cama hospitalar, em um quarto todo branco com uma poltrona ao meu lado e nela a minha mãe dormindo. Ou cochilando, porque ela acordou em uma rapidez com uma cara preocupante e assustadora me perguntando - "Meu amor, você está bem? Como se sente?" - Tô bem, o que houve? - "Você desmaiou ontem a noite e bateu com a cabeça". Ela respondia e me olhava com uma cara de pena. - Tá explicado o porquê dessa dor chata. Respondi dando risada -Tô bem.  O médico entrou na sala, com uma cara não muito satisfeita disse que eu precisaria ficar mais uns dias para fazer alguns exames e me recuperar. Pude assistir as tragédias da televisão o dia todo. Peguei o celular e tinha uma SMS do Gabriel dizendo: "Cara, te liguei mais cedo e sua mãe me contou o que houve, espero que esteja bem! Estou indo para uma festa em uma chácara com os garotos, prevista para durar 4 dias. 4 DIAS DE TROTES!! Vou mostrar a esses veteranos os limites de um bom calouro". Eu nem respondi, seria legal ir.  Minha mãe trocava de horário com a minha tia, que era bem mais legal e me contava umas piadas sem graças, eu ria mesmo era da risada dela. Fiz todos os exames e os resultados iriam sair na manhã seguinte. Passei  a noite inteira entediado e sem nada para fazer então resolvi caminhar no hospital e conheci um garotinho de 7 anos chamado Patrick, ele tinha câncer. Conversamos bastante até que ele me disse que estava no hospital a 3 anos, desde que se conhecia por gente estava lá. Ele olhou para mim com um olhar interessante e perguntou - "Você gosta de viver?" Fiz que sim com a cabeça. Então ele me disse - "Mal posso esperar para sair daqui, a vida é perfeita e quero vive-la" Ele despertou em mim uma curiosidade bem confusa eu diria, a vida. Por fim, me despedi dele e voltei para a cama, era uma cama fawler com inclinação, fiquei me movendo até pegar no sono.

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