Ainda era madrugada quando acordei com um barulho da porta se fechando. Olhei para o lado e tinha uma garota, estava dormindo. Ela era da cor parda com o cabelo castanho aparentemente sendo da altura dos ombros, bonita. Pensei. Eram 4 horas da manhã então voltei a dormir. Acordei novamente as 8:00 horas da manhã sob o barulho de gargalhadas impossível de se dormir e ela estava sentada na cama, sendo medicada e conversando com a enfermeira, rindo. Sentei-me para tomar o café da manhã quando a enfermeira saiu. Minha mãe não tinha chegado ainda, estava apenas nós dois. "Não tem sal, nem gordura e muito menos açucar. Está aí o porquê de eu gostar das comidas de hospitais" Ela disse pra mim, deu um sorriso que logo pude notar as covinhas das bochechas, gosto de covinhas. São sexys.
"Eu odeio.." respondi.Então ela se levantou e sentou-se ao meu lado, isso mesmo, na minha cama enfiando o garfo no meu prato pegando minhas batatas e colocando no prato dela enquanto dizia "Ótimo, não vai se importar por isso, vai?" sorrindo novamente.
Ta, fora o fato estranho de ela ter pegado as minhas batatas que eram parecidas com salgadinhos Ruffles com o garfo respondi "Não, elas não tem gosto, avontade. Por que está aqui?" "Na verdade a última coisa que me lembro foi de estar dançando muito na balada, tive um pequenininho coma alcoólico, acontece. E você, o que faz aqui? Pela comida que não é" sorrimos. "Estou esperando a morte" ela riu da minha cara e disse "Ok, mas você não poderia espera-la em qualquer outro lugar?" Então expliquei para ela tudo o que tinha acontecido. Quando terminei ela pensou um pouco e disse "Você precisa de um drink" Ah claro, preciso de um drink pra morrer. "Acho que drink é a última coisa que eu quero" Então ela novamente sorriu um pouco e disse "Você é legal, prazer meu no..." A enfermeira abriu a porta, e no mesmo segundo que disse que ela teria alta, ela deu um pulo da cama pegando a bolsa dela e disse "Nos vemos por aí!" Saindo do quarto sem nem esperar eu dar um tchau, ou poderia pelo menos me dizer o nome dela mas ok né.
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Qual é o sentido da vida?
Ficção AdolescenteUm jovem de 18 anos calouro que cresceu traumatizado, sendo obrigado a aceitar a morte de boa parte de seus familiares. Cercado de outros jovens universitários e baladeiros, acompanha a morte de um terço deles a este meio período. Ele então tenta ti...