Assim que chegou em casa e deitou Jinyoung no colchão que ele dormia no chão, Jaebum foi procurar por Nora, preocupado com a ideia de a gatinha ter sumido no período que ele passou fora do esconderijo. O tornozelo do outro rapaz não era nada perto do seu medo de ficar sem seu animal de estimação.
_Nora! - Ele chamou olhando embaixo da mesa, não vendo o felino por ali. - Vem com o appa, bebê.
Park Jinyoung ficou um pouco surpreso, afinal, jamais imaginou que Im Jaebum, que parecia tão jovem, fosse ter uma filha. Sentou-se no colchão onde estava e olhou ao seu redor, querendo ver se avistava alguma criança por ali, com a intenção de ajudar o outro. Entretanto, a única coisa que viu foi um gato embaixo do guarda-roupa que estava ao seu lado.
O animal, da raça Siamês, encarou Jinyoung com seus olhos azuis e sibilou, querendo assustar o rapaz, este que se esticou no colchão - tomando cuidado com o tornozelo - e levou as mãos na direção do focinho do gato, que miou alto, como se quisesse chamar por Jaebum.
Im sorriu assim que ouviu sua gatinha, correndo para perto de Jinyoung e vendo que o mesmo tentava acariciar o felino. Óbvio que Nora não dera confiança ao menino, deslizando pelo espaço que tinha até sair de baixo do guarda-roupa e foi até as panturrilhas de Jaebum, esfregando-se ali para um tipo de cumprimento.
_Ah, você está ai! - Ele exclamou contente, abaixando-se para pega-la - Você não deveria se esconder assim, Nora. Appa quase morre do coração... - Parou de falar ao notar que Jinyoung ria, mordendo o lábio inferior e querendo entender a graça da situação. Talvez fosse o fato de ele conversar com a gata como se ela fosse lhe responder. - O que foi? - Indagou, deixando um selar entre os olhos de Nora e logo a deixando livre pelo chão.
_Quando eu ouvi você chamar por Nora, eu jurei que era uma criança. - Park Jinyoung se explicou, ainda rindo fraco.
_Deus me livre ter um filho em um momento como este que estamos vivendo. - Jaebum retorquiu, notando que Nora fora até suas vasilhas para beber um pouco de água. - Bom... Como agora tenho certeza que Nora está bem, vou cuidar do seu tornozelo, pode ser?
_Pode. - Park replicou - Você tem algum curso de enfermagem ou algo do tipo?
Jaebum voltou a rir, negando e indo procurar por coisas que pudesse utilizar para dar um jeito naquele tornozelo. Sabia mais ou menos como imobilizar, mas não tinha ali o que precisava, por isso decidiu improvisar usando uma camisa velha e algumas madeiras que tinha, estas que seriam usadas para acender seu fogão a lenha, mas que agora ganhavam uma nova utilidade.
_Então como é que pretende cuidar dessa fratura? - Park indagou com uma sobrancelha arqueada, observando o rapaz sentar perto de si no colchão e colocando a camisa, as madeiras e uma faca no chão.
_Todos os ricos acham que só pessoas que tem uma faculdade sabem das coisas ou é só você? - Perguntou Jaebum, pegando o tornozelo de Jinyoung, mas não fazendo nada ainda e encarando o menino.
_Por que você parece tem tanta raiva de pessoas ricas? - Retrucou o outro, usando de outra pergunta.
_Não tenho raiva dos ricos. - Retorquiu - Tenho raiva das coisas que vocês fazem. - Disse - Vai doer. - Decidiu avisar.
Apalpou com força a parte quebrada, avaliando um pouco como a área estava. Depois de alguns segundos com aquele serviço, ele segurou a sola do pé de Jinyoung e a panturrilha, colocando os ossos no lugar e ouvindo o grito do rapaz ecoar pelo esconderijo. Ergueu o olhar para Park, vendo ás lágrimas se formarem nos olhos do mesmo por conta da dor.
Esperou ser xingado pelo menino por conta de sua atitude, porém, Jinyoung ficou tão extasiado por aquela dor que não teve nenhuma reação após o grito, ficou apenas observando Nora que se aproximara no dono. A gata ergueu a parte superior de seu focinho, revelando seus dentes branquinhos e afiados para o jornalista, que interpretou aquilo como uma ameaça.
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Civil War
FanfictionOnde em meio ao ódio das atitudes humanas, Im Jaebum, um manifestante contra as recentes atitudes tomadas pelo governo, acaba descobrindo o amor em Park Jinyoung, um jornalista que não tinha ideia dos reais problemas que a Segunda Guerra mundial est...