Capítulo 22 *.*

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xx: Ana!?- disse assim que viu a minha cara, que neste momento estava completamente encharcada em lágrimas.

Lágrimas, não só por me ter lembrado do estúpido com quem namorei, mas também por me sentir culpada por ter deixado o Niall a falar sozinho.

Eu: Tu!?- disse soluçando

xx: Ana, o que se passou?- disse com um tom preocupado.

Preocupado? Impossível! É impossível uma pessoa que já me fez tanto mal, agora estar preocupada comigo.

Eu: O que é que tu queres de mim?- disse rudemente.

xx: Eu só estou preocupado contigo, Ana.

Eu: Sabes uma coisa? Vai-te catar! E logo tu, Ricardo, logo tu, que...

O Ricardo interrompeu-me.

Ricardo: Ana, eu já te disse que a culpa não foi minha...

Eu: Ai a culpa não foi tua?! Quer dizer, tu metes-te com outra e a culpa não é tua?- digo já irritada

Ricardo: Ana, por favor...

Eu: Por favor?, por favor?, por favor digo eu! Não me chateies mais!- digo e começo a caminhar.

Ricardo: Não!- diz agarrando-me por um braço

Nisto virei-me e dei-lhe um estalo, o que fez com que ele me soltasse.

Eu: Nunca mais me voltes a tocar, seu porco nojento!

O Ricardo deu uma gargalhada e eu fiquei paralisada com o que ele acabara de dizer.

Ricardo: Nem sabes o que te espera, boneca.

O que é que ele quis dizer com isto?!

O Ricardo vai-se embora, mas antes agarra-me numa bochecha e beija-a. Em seguida vira costas e da-me um pequeno estalo no rabo.

Este miúdo não podia ser mais nojento! Tenho nojo, muito nojo dele. Raiva também, pois disse que nunca me queria deixar, iludiu-me e agora...

Quando deixei de ver Ricardo, encostei-me a uma parede e desatei a chorar... Não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Tinha acabado de ser assediada?

Queria tirar aquilo da cabeça, mas não conseguia. Só conseguia ver a sua imagem, à minha frente, a rir-se em tom de gozo.

Ana, não podes pensar nisso

Tentava que aquela imagem me saísse da cabeça, mas quanto mais tentava, mais memórias me vinham. Agora que me lembrava o porquê de ter acabado com o Ricardo, este metia-me mais nojo do que tudo no mundo.

Só conseguia chorar e chorar e cada vez que pensava, ainda mais lágrimas me caíam pela face.

Queria acabar com tudo naquele momento.

Não só por causa do estúpido do Ricardo, mas também por causa dos meus pais que nunca me ligaram, nunca quiseram saber da minha felicidade. Nunca tive verdadeiros amigos, apesar de estas 4 raparigas e estes 5 rapazes que apareceram agora, parecerem preocupar-se comigo, mas não sei...

Eu sempre estive só neste mundo.

Quanto mais pensava, mais recordações me vinham à memória.

Recordações de quando era criança.

Nunca tive amigos, nunca tinha ninguém para brincar. Passava os intervalos da escola sempre sozinha.

Nunca tive ninguém que apresentasse como melhor amigo.

Sempre estive solitária.

Ninguém precisa de mim. Não sei o que é que ainda estou aqui a fazer. Já chega!

Levantei-me, e com as forças que me restavam, caminhei, caminhei até uma ponte.

Estava preparada para acabar com tudo, com o meu sofrimento todo- Não conseguia controlar o desespero que estava a sentir naquele momento. Tudo o que eu queria era morrer.

Mas antes de o fazer, tinha que me despedir das pessoas que me eram queridas.

Mandei uma mensagem à Isabel, à Chica, à Inês, à Bia, ao Louis, ao Harry, ao Liam, ao Zayn e claro, ao Niall a dizer um simples "Adeus. Obrigada por tudo o que fizeram por mim. Espero que sejam muito felizes. Amo-vos muito"

Estava pronta, mas antes virei-me para trás e falei com toda a raiva e desespero acumulados.

Eu: Adeus mundo. Era isto que estava destinado para mim. Sofrer, sofrer por tudo e por nada. Muito bem, mas eu não vou deixar que isso aconteça mais. Adeus.

Atirei-me.

Senti o vento passar através do meu corpo até que senti a água. A água fria daquele rio.

Não me esforcei por respirar.

Tudo o que eu queria era morrer.

Olá :)

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Kisses, Ana

One person can change your life (N.H.)Onde histórias criam vida. Descubra agora