Insinuante

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O movimento era lento, porém forte, a cada encontro o corpo deslizava sobre os lençóis revirados daquela cama, assim como eram apertados entre os dedos de nós esbranquiçados tamanha força imposta em apertá-los, às costas arqueava do colchão e as pernas abertas tremiam ao abrigar o corpo magro entre elas, a pele amorenada encharcada de suor, brilharia se houvesse alguma luz acesa, mas para evitar problemas tudo estava escuro.

A respiração pesada era abafada assim como os sons que deixavam os lábios macios pressionados pela mão grande contra a boca do moreno, deveriam ser silenciosos, mas era difícil, quase impossível, a mão grande abafa gemidos altos, mas desgoverna a respiração e não é eficaz para o bater incessante das peles suadas, ou dos roucos e baixos grunhidos que deixam os lábios vermelhos e presos entre os dentes do garoto de fios cor de mel.

Jaemin não é barulhento, mas é difícil conter-se quando as paredes internas de Jeno lhe apertam com tanta precisam, ou quando o mais velho lhe arranha sem dó, quando lambe entre seus dedos que pressionam a boca bonita, quando revira os olhos gritando contra sua palma para acertar ali outra vez.

Era tão errado fazerem aquilo bem debaixo do nariz dos outros meninos, mas algumas coisas são impossíveis de negar, ainda mais com hormônios tão agitados quanto os deles, não dava para mandar Jeno embora quando ele chegava tão sorrateiramente no meio da madrugada entrando por baixo de suas cobertas beijando-lhe a barriga, mordendo o pescoço, movendo-se acima daquela área tão sensível e de forma tão… insinuante.

Podia ser forte, mas não era de ferro, e não se nega uma foda a alguém, ainda mais a Lee Jeno.

Os cabelos negros revirados no travesseiro, a mão puxando os seus, as pernas abertas lhe recebendo tão bem, aquele lugar quente e acolhedor lhe apertando, os olhos pequenos lhe mirando de tal forma que mesmo no escuro ele podia sentir a intensidade daquele olhar, as lufadas de ar que deixavam a boca e o nariz contra si, os arrepios e tremores, o membro preso entre seu corpo e o dele.

Jaemin grunhiu arremetendo-se contra o corpo abaixo, o arquejo contra sua palma e a mordida depositada nela arrancando de si um espasmo mais forte, queria tanto poder ouvir direito os gemidos manhosos do mais velho, mas era um risco que não iria correr tirando a mão da boca alheia. Jeno grudou os dedos com mais força em seus cabelos puxando, as costas saíram do colchão mais uma vez e os joelhos travaram em seu quadril, ainda que com a mão na boca alheia pode ouvir o gemido alto e rouco que saiu do funda da garganta de Jeno, aquele pedido, ou ordem, logo após o gemido alto.

“De novo, Nana”

Droga, Jeno, não faça assim. Jaemin abaixou o corpo até estar na altura da orelha do mais velho soprando ali o sentindo tremer com sua respiração intensa e arrepiar com sua voz alguns tons mais grave.

  “Shhh sem barulho, Hyung”

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