A ESCRAVA

Presa

Enquanto se aproximava da casa Rosa pode observar melhor, não era só uma mansão, parecia mais um palacete,o Duque devia ser muito rico,pois ostentava riqueza em cada detalhe, jardim muito bem cuidado,se tivesse que trabalhar na limpeza estaria em apuros.
O condutor parou em frente a casa,tocou o sino e veio ajudá-la a descer da charrete.Seu coração disparou a cada passo que deu em direção a casa, quando a porta se abriu ,ela segura o ar ao ver um senhor já na casa dos cinquenta anos,cabelos começando a ficar grisalhos , penteado impecavelmente,vestido com muita elegância, seu rosto severo não sorri,apenas um aceno para que entrasse,devagar obedeceu um pouco desconfiada.Seus olhos correndo por todo local, se por fora a casa era um explendor, por dentro ela não tinha palavras para tamanho requinte. Ela estava em uma sala de visitas, havia sofás esculpidos em madeira de luxo, couro na cor creme com almofadas de estampas florais também no fundo creme,havia um sofá de três lugares,de dois e uma poltrona,uma mesa de centro tudo muito luxuoso,cortinas em tons de marrom longas e presas na lateral, deixando uma vista linda para o jardim. Um lustre imenso em bronze com mais de dez tulipas brancas.
Rosa estava tão encantada, que se obrigou a fechar a boca diante de tanta beleza.

_ Hãm... Senhorita,o Duque já virá!
Rosa acorda do transe em que estava,engole seco e acena. Por um minuto tinha esquecido o porquê de estar ali,o medo a fez tremer.
Não demorou muito e ouviu passos,um frio desceu por sua espinha quando o Duque entrou.
Ele era um homem com 1,77cm, mais ou menos, então para ela era alto, magro na casa dos trinta e poucos anos,seu cabelo fino, curto e naturalmente marrons,olhos puxados e pequenos,de um azul imenso capaz de nos sugar, sombrancelhas castanhas, grossas e levemente arqueadas,sua boca grande mas não carnuda, e seu nariz fino e triangular que combinava com todo o conjunto, sua pele clara,rosada o que o torna mais bonito e perfeito, era suave com exceção de sua barba que estava por fazer.Novamente ela se vê de boca aberta.Ele a olha de cima a baixo antes que seus olhares se encontrem,e  uma corrente elétrica passa pelo seu corpo.
Rosa é uma moça bonita,e sabe disso mas nunca pensou nisso até o momento, estava com dezoito anos,e com todos os acontecimentos de sua vida até o presente momento, não deixou tempo para pensar em homens, namoros. Ela tem 1,67 cm de altura, cabelos longos,cacheados e castanhos, olhos pequenos e castanhos também,boca grande e sempre foi magra, o vestido creme longo era simples,mas acentuou sua cintura fina, fazia tempo que não se preocupava com aparência, mas hoje gostaria de estar mais apresentável.
...Ei?! Você foi vendida pra ele se lembra?
Lembrando de como chegou até ali Rosa, levanta o queixo, em sinal de rebeldia.Ele se senta na poltrona,e continua olhando-a, avaliando.
_ Como se chama?
_Rosa.
Sua voz é grave, controlada de quem costuma mandar e ser obedecido.Ele da um meio sorriso e de novo ela sente ondas inexplicáveis em seu corpo.
_ Qual a sua idade?
_Dezoito.
Ele arqueia a sombrancelha,o quê será que está pensando?
_ Já foi tocada por algum homem?
Mas o que esse Duque está pensando?Claro que não, mas isso não é da conta dele.Bom agora é né, já que é meu dono.Mas que grosseiro.Ela abre e fecha a boca algumas vezes pra responder.
_ Nã...n.. Não.
Novamente ela se coloca na postura rebelde o desafiando.Ele se levanta e diz:
_Ester vai te mostrar seu quarto,esteja pronta.
E sai. Como assim?Quem é Ester? Pronta pra quê?Outro babaca em minha vida. Mal ele saiu entra,uma mulher loira de olhos verdes,na mesma altura que ela,tinha seus trinta anos, bem vestida em seu uniforme de criada,ela faz sinal para segui-la,e sobe por uma escada que até então Rosa não tinha percebido,e não sabe como não viu pois o luxo nas madeiras esculpidas saltavam aos olhos, e a tapeçaria em fino dourado de arabescos. Ela a seguiu por um corredor imenso a direita,pois havia outro igualmente grande a esquerda, cheio de portas, ela tentava prestar atenção ao caminho, havia tanta coisa pra ver, quadros, esculturas teve que apressar o passo,para não ficar muito atrás.
Quando chegou na última porta,a mulher abriu a porta com chave, e entrou. Rosa entrou logo em seguida e ficou espantada com tanta elegância em um aposento, ela tinha dinheiro, já tinha visto várias mansões, mas essa ganhava em tanta riqueza.
_Tem um banheiro naquela porta,onde vai encontrar tudo o que a senhorita precisar para sua higiene, e roupas no armário, se não servir é só me avisar, que chamo a costureira. Fique pronta o Duque Erik pode precisar de seus serviços a qualquer momento.
Dizendo isso Ester sai e tranca a porta,ela fala somente o necessário,isso entristece Rosa, só a faz  sentir-se mais sozinha.Olhando o quarto mais detalhadamente, a cama de casal em madeira clara com dosel ,a poltrona, e penteadeira tudo claro,digno de uma princesa,olhando a janela ela chora vendo suas grades.

Então o tal Duque metidinho a besta se chama Erik. Mal educado nem se apresentou,deve achar que por ser rico não precisa.
Após algum tempo pensando no que exatamente ela faria ali,se levanta e vai ao banheiro, olha no espelho,lava o rosto,inchado de chorar e vê uma banheira vitoriana,com detalhes dourados assim como os pés, lá também se via a elegância e riqueza do dono.
Rosa sentia medo do que viria,percebeu que as intenções de seu novo dono não eram dignas, mas teria que obedecer por hora, até arrumar um jeito de fugir dali.
Estava pronta como tinham pedido, fazia tempo e ninguém veio para lhe dizer nada,depois do banho,encontrou um armário cheio de vestidos todos claros,cremes e brancos,um rosa bebê,escolheu esse de mangas longas,era de um tecido fino,estava um pouco largo,mas nem dava para perceber, tinha pequenos bordados florais em Pedrinhas furta cor. Os cabelos deixou soltos, os cachos caindo tipo cascata pelas costas, os sapatos não serviram então ficou descalça.Na penteadeira ela vê um vidro de perfume, sua fragrância era floral não viu mal algum em passar um pouco.
Só viu Ester mais uma vez naquele dia, foi quando trouxe seu almoço, que comeu agradecida, dessa vez mantendo o controle aos olhos da criada que esperou para levar seu prato, tentou conversar,mas foi ignorada. Entediada resolveu deitar na cama, não demorou a cair no sono, sonhos confusos,por vezes abriu os olhos,mas o cansaço a dominou.
Acordou, já estava entardecendo, o sol  ia baixo e uma brisa gostosa entrava pela janela. Sentou- se na cama e deu de cara com um par de lindo olhos azuis te observando, lá estava ele o Duque Erik sentado na poltrona,o coração da pequena Rosa pula em seu peito,sua respiração fica acelerada. O que ele faz no quarto dela? O quê será que vai fazer com ela?