MAITE ALLEN
Desperto em um lugar do qual não reconheço. Pânico começa a me dominar. Medo do desconhecido. De não saber onde estou, ou melhor com quem estou. Minha cabeça lateja conforme faço qualquer movimento por mínimo que seja. Pelo visto exagerei na bebida ontem à noite. Levanto o lençol que me cobre e vejo que só estou usando sutiã e calcinha. Nada mais que isso. Minhas roupas não estão a vista em nenhum lugar. Tento não me desesperar, mesmo sendo quase impossível. Estou olhando ao redor do cômodo em busca de algo que vá me ajudar a reconhecer o ambiente que estou, quando o barulho da porta sendo aberta atraí a minha atenção. Ao girar a cabeça dou de cara com o Lorenzo.
Engulo em seco, conforme meus olhos são atraídos como um imã em direção ao seu peitoral nu até abaixo da cintura onde a calça de moletom está caída deixando evidente o v que ele tem entre o abdômen.
Escuto um arranhar de garganta com as bochechas coradas por ter sido pega no flagra o cobiçando volto a minha atenção para o seu rosto.
— Onde estou? — é a primeira coisa que questiono.
— No meu apartamento.
— Por que estou aqui? E onde estão as minhas roupas?
Cruzando os braços Lorenzo encosta o corpo na soleira da porta mantendo o olhar preso sobre mim.
— Você se lembra de alguma coisa da noite passada?
Confusa enrugo a testa ao pensar na pergunta que ele me faz. Esse gesto faz com que a minha cabeça lateje ainda mais. Levo a minha mão até ela, segurando-a.
— Não de muita coisa. Minha cabeça está doendo muito. Acho que exagerei no álcool.
O escuto bufar.
— Tem tylenol e um copo de suco de laranja em cima da cômoda. Imaginei que quando acordasse estaria de ressaca e com dor.
O olhar de desgosto e reprovação é evidente estampado em seu rosto.
— Não venha me julgar. Sou adulta — digo alcançando o comprimido e o suco tomando ambos.
— Claro que é — ironiza.
Estou cansada demais, com raiva, com a cabeça explodindo e se ficar mais um segundo sequer na presença do Lorenzo irei matá-lo.
— Vou embora — falo levantando da cama e com o movimento o lençol cai do meu corpo deixando-me exposta de lingerie.
O olhar faminto, intenso e quente que brilha em seus olhos ao me observar mexe com as minhas estranhas deixando-me quente e com um pulsar no meio das pernas, porém o orgulho fala mais alto. Recuso-me a ceder a paixão que ainda nutro em meu peito pelo Lorenzo.
— Será que você pode devolver as minhas roupas? — com o tom de voz um pouco mais duro do que gostaria indago.
Piscando para se recompor ele assente saindo do quarto e ao retornar me entrega as roupas de ontem que usava limpa e com cheiro de sabão.
— Você vomitou nelas ontem quando te carreguei do carro para cá. As tirei do seu corpo e as coloquei para bater na máquina para que você pudesse usá-la novamente hoje.
Sentindo-me humilhada e envergonhada por ter dado esse vexame na frente dele abaixo o olhar evitando contanto com o seu.
— Obrigada.
— Vou te dar privacidade para se vestir. Estarei na cozinha terminando de preparar o café da manhã para nós — dito isso escuto os seus passos antes do barulho da porta sendo fechada.
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Amor Predestinado - Série Seattle - livro 4
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