Um grito no silêncio

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Nunca imaginei sair de minha zona de conforto, de viver algo novo, me desafiar, meus amigos me chamam de "senhor chato", o que não me deixa muito avontade, mas nao  digo, para evitar possíveis cenas.
Mamãe, senhora Inez, me fez o favor de comprar duas passagens para um fim  de mundo, chamado Cuba, tentei dizer não, mas tudo já estava meticulosamente calculado, o meu fim estava próximo, eu sabia disso.

O que mais me irritava não era o fato de ir para cuba, mas sim, a não previsão do retorno, isso me deixou atônito pela casa e de olhos entreabertos como quem quizesse jogar alguem pela janela, isso se prolongou por dois dias consecutivos.
Do quarto para cozinha, cozinha para o banheiro,  banheiro para... nem lembro mais aonde fui parar dentro da casa, e mamãe com aquele ar enorme de felicidade por achar ter feito um bem a alguém, bom ! A mim não foi.

Véspera de Carnaval marquei com os amigos de dar umas voltas pela cidade antes de ser jogado aos leões em Cuba, todos estavam dizendo que eu estava fazendo tempestade em copo d'água, mas no fundo eles sabiam que não era apenas uma tempestade, mas sim o suterfugio de uma mulher cujo marido fora para Cuba e não voltara, este sim, é o senhor meu pai, que Deus o tenha, já faz 2 anos de seu falescimento, mas dona Inez não superou essa fase de sua vida, ela diz que tudo está bem, mas eu sei que não está, os olhares dissimulados como se estivesse tendo uma DR com seu interior, as pausas no tempo, o olhar para o vazio e as vezes a pego chorando pelos cantos, é de dar pena.

- Dario meu filho pega o celular pra mamãe, vou ligar para a vovó e dizer a surpresa que vou fazer a eles, quanto tempo você não os vê mesmo?
- muito tempo mãe!
- Meu filho eu sei que tem muito tempo garoto, só queria saber o tempo exato.
- Mãe não sei  o tempo exato que eu acabei de fazer minha última refeição, vou lembrar a quanto tempo não vejo a vovó e o vovô ?
- Eita educação que te dei hem, mal humor.

Inez parou outra vez no tempo, Dario estava apenas tentando não ser grosso, mas falhou em cheio, o jovem não tinha o dom para assuntos muito humanos, apesar de ser de humanas, o que é bem contraditório.
Dario iniciou a arrumação de suas roupas antes de ir a cidade com Danty e Manu, Dario estava ao término de fechar a mochila quando um grotesco ser o suspende, fazendo o garoto grunhir e soltar um baita palavrão entre os dentes demostrando o desconforto.
- por.. Danty!   me deu um susto cara, você veio de onde ?
- estava flertando com sua mãe na cozinha Dari.., - que nojento cara é minha mãe me respeita.

Tudo quase pronto, descemos as escadas, mas havia percebidos  Que  Danty estava molengando os passos, quando o Olhei; estava pateticamente tentando encenar um suposto infarto, como se eu não estivesse ali com a cara mais insatisfeita do mundo esperando ele terminar a palhaçada, desculpem Quis dizer Teatro ( Danty faz teatro pra pegar garotas, mas não tem tido muito sucesso, o cara não sabe falar uma palavra sem estragar todo resto da frase, mas voltando ao raciocínio, todo teatro era pra Manu, confesso que por dentro estava fazendo todo o teatro que Danty acabara de conjecturar, segurei o quecho na boca, pois ali estava ela, mais linda que nunca, nossa amiga de classe, vestida ocasionalmente a Rigor, estávamos nos perguntando o porque daquela roupa, mas questionar Manu era o mesmo  que questionar Dona Inez, sempre perdíamos a guerra.

- E ai garotos! Prontos para a melhor noite de suas vidas ao meu lado? - bom ! melhor noite, ai vamos nós, eu respondi tentando mostrar entusiasmo e disfarçando as bochechas ruborizadas pela presença de Manu.

- D gostou do visual? Silêncio sepulcral e olhar fixo sem palavras, mãos suadas e trêmulas, mesmo sem saber bem o porque, este era o estado de Dario após perceber que a pergunta era pra ele, foi quando o silêncio fora quebrado por dona Inez, "salvo pelo gongo" como dizem os Europeus. - Garotos! hora de sair, ou digam adeus ao passeio de vocês, Dario viaja amanhã cedo e não quero esse garoto chegando tarde em casa ouviram?  Vão vão vão, fora daqui em três.., nesse momento, os três desajeitados se embalaram pelas escadas trombando em Manu, que enrijeceu o rosto, o que era muito perigoso para quaisquer humano na área de cinco metros de distância, Danty enorme; os abraçou e os deixou do lado de fora da casa, deu um aceno suspeito e bem cara de pau para Ines, que fez uma cara de  desaprovação e fechou a porta bem na cara dos três pãezinhos, como chama a senhora mãe de Dario.

Fora de casa, e longe de gente grande, os três comeram a conversa sobre o último ano no ensino médio, e o quanto sentirão saudades um do outro, Dario não esboçou sentimentos nem de aprovação ou contrário, apenas inspirou fortemente como se quisesse dizer " fazer o que ?" E seguiram caminho até o shopping Central para pegar a próxima sessão.
Tudo estava indo bem até no meio docaminho, Manu não estava bem,  estava com passos lentos e olhar profundo.
Dario havia reparado a cor pálida de Manu então gritou no meio da rua, o que espantou tanto Danty quanto Manu que nunca presenciaram Dario Dando surto de nervosismo, minto, a última vez que ele surtou foi aos 16  anos quando foi notificado sobre a morte de seu querido pai, ele nunca toca nesse assunto, pois foi um dia de surtou por completo, onde toda família queria internalo pelo estado incontrolável, mas ele diz não lembrar desse dia, não se sabe ao certo se disse a verdade ou apenas queria esquecer o lastimável dia, Dario amava o pai mil vezes por dia, a pesca era um Robbie do pai, mas o garoto se propôs a ir e ter como ofício a pesca, por amar, ver o sorriso do pai ao conquistar a companhia do filho, era impagável, e na volta; Dario podia dirigir ao por do sol, ele olhava entre o sol  e o pai onde podia perceber toda aura que cobria seu pai mediante a luz, ele confiava plenamente que aquele homem nunca o decepcionaria, que o protegeria eternamente,  o que foi quebrado aos 16 anos de idade, a partir desse dia, nunca mais fora o mesmo.

Dario  estava ali, no meu da rua com um olhar trêmulo e ao mesmo tempo gritando com Danty, dizia sem pausas que Manu precisava ser levada para o hospital, Pois estava pálida.
Sem entender nada Danty teve uma atitude que por mais que fosse plausível nunca viria de Danty, mas quem sou eu para julgar, apenas posso dizer que foi a melhor ação daquela noite.
Danty segurou forte Dario pelos ombros o sacudiu por três segundos e o abraçou, mas não como antes que esmagou o garoto, mas aquele garoto desencadeou em Dario um choro desesperador e sem intervalos,  Manu sem entender, sentou  na Beira da calçada e deitou com classe, mesmo passando mal, e ali ficou, Danty não sabia o que fazer após a sacudida e o abraço inesperado, então os segundos de sabedoria se acabaram, Danty olhou para o outro lado da rua e soltou bem perto do ouvido de Dario
- que beleza em BB, Dario estava mais calmo, então escutou bem as palavras de Danty, então se desfez do abraço e olhou pro seu amigo que nem estava o olhando,  mas estava de olhos fixos para o outro lado da rua, então já havia entendido que se tratava de mulher.
Tentou se recompor e foi direto em direção a Manu.
- está bem ?
- Estou sim, respondeu meio confusa.
- fiquei preocupado, não me pregue mais uma dessas Manu, não sei se aguento...
- aguentar o que D?
- nada esquece,  já passou, você está bem.

Os meninos nem haviam percebido que já era tarde e a última sessão estava prestes a começar,  então Many ( apelido para Manu) levantou  revigorada e puxou todos para o cinema, pois estavam a um quarteirão do local, mas Dario olhou sério para Manu e disse...
- Essa conversa não acabou Manu, depois terminamos.
Manú fez uma cara de incomodada com o que ele tinha dito, então não esboçou reação, apenas o ignorou e seguiu.

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Para sempre Havan ( forever HAVAN ).Onde histórias criam vida. Descubra agora