Aquela noite Dario estava submerso em seus pensamentos, não entendeu o surto, o abraço repentino de seu amigo, e o porquê de tamanha preocupação com Manú, enquanto Danty tagarelava milhões de ideias para o fim da noite, Manú olhava para Dario e sabia que seus pensamentos estavam longe.
- não vá! Vou me sentir só, esse lerdo não vai saber cuidar de mim como você, disse Manú tentando não encarar seu amigo. No mesmo momento Dan estranhou o clima que estava pairando sobre eles, mas seu QI só lhe dava flashes bem repentinos, como o abraço, então voltara a tagarelar.
- chegamos pessoas! Hora de nos despedirmos, Dario foi em direção a sua casa, já estava quase entrando, quando segurou a porta e perguntou se não queriam passar a noite na casa dele, pois já estava tarde, Manú revirou os olhos desaprovando a idéia, sabia que no dia seguinte era a despedida e isso era destruídor para ela, seu discurso era " despedidas pra que se vai voltar", mas no fundo ela sabia que a saudade era a verdadeira razão para não querer ficar e se despedir.
Danty não pensou duas vezes e deu um sorriso que aborreceu Manú, pois sabia que Dan não se ligara que foi convidado por educação, mas já havia sumido da porta era bem capaz de já está sem os tênis e procurando comida na geladeira, escolhendo na verdade, pois se achava nesse direito, vai entender o porquê!, Dario apenas calado subiu as escadas, enquanto Danty com um pedaço do frango na boca o reparava subir as escadas, foi engraçado e constrangedor, mas Dan não ligava para etiquetas ou formalidades, apenas subiu logo em seguida atrás de Dario para o quarto.
Mochila ja arrumada, ele apenas se deitou e fixou o olhar no teto, não se sabia se era frustração ou tristeza, apenas o jeito dele ou se havia algo a mais, uma voz ecoa bem do inconsciente preenchendo o quarto. - o que houve lá no parque Mano? Você parecia desesperado e aflito com algo, sabe que pode me contar qualquer coisa somos amigos.
Dario achou engraçado a forma de Dan o abordar e tentando não reparar o vocabulário limpo e retilíneo de seu amigo, olhou pro Danty e retrucou a pergunta.- porque me abraçou? Te respondo se me responder, ele olhou para Dario e um silêncio se pôs ali, achei que ele tentaria responder da forma mais inusitada possível, ou apenas diria uma besteira do tipo -" Hã! Não sei mano você estava estranho, sei la"; Mas Danty o olhou e disse - Não importa o porquê do abraço, apenas fiz o que eu senti de fazer, você é meu melhor amigo.
Ele o fitou com olhar e sorriu, - não vai roncar no meu ouvido hoje cara, A... Obrigado pelo abraço, você me fez voltar a esse lugar chato, mas obrigado.
Danty ja estava no décimo sono, o que deixou Dario de cara amarrada por alguns instantes, mas logo deu um último meio sorrido de canto de boca, Danty abriu e fechou os olhos bem rapido como se um estivesse de olho no queijo e o outro levemente descansando, pois não gostava de assuntos prolongados a menos que ele fosse o narrador e a primeira pessoa da narrativa, em seguida a luminária foi apagada e todos foram dormir, pois o dia seguinte seria longo, além do mais; não sabemos o que se passava dentro de Manú, Danty e Dario.O relógio despertou as 8:30h, direto para o chuveiro seu amigo começou a cantarolar algo muito do tipo, likki lie - falow You, Dario não se aguentou de tanto rir que enfiou a cara no travesseiro e não sabia se gargalhada ou chorava, pois o tom grave e desordenado de Dan era notável e olha que o cara cantou apenas um parte da estrofe e estava tomando proporções desastrosas.
- Dario Cortez! desça ja desse quarto, o vôo e daqui a uma hora e se você me atrasar eu lhe prometo fazer aquelas paradas prolongadas que voce odeia, até Lá caza de su baba, Dario ficou sério em instantes pois sabia que quando sua mama lhe dava broncas em outro idioma o negócio poderia piorar.Meia hora se passou e Dario em fim estava pronto para partir na grande viagem, que para ele era passagem direto para Nárnia e sem volta, foi gungunando algo que não se dava para ouvir, Pois também se sua mãe o escutasse o caminho a Cuba seria muito mais longo do que o esperado, meio desajeitado e é sem saber o que fazer Danty os acompanhou sem nenhum problema, como já havia citado esse garoto era desgairrado de quaisquer problema ou formalidade, nunca se ouviu uma só reclamação dele ou algo do tipo, chegando no aeroporto haviam três entradas a primeira era uma com acessibilidade a segunda ja tínhamos o atendimento e a terceira estava um pequeno restaurante e Danty não perdeu tempo em convidar o amigo para comer algo.
- Cara meu vôo sai em vinte minutos não quero engolir a comida, podemos marcar quando eu voltar, mas Danty olhou e apontou o dedo para a mãe de Dario que estava com o rosto vermelho e um ar de insatisfação indo em direção aos garotos, chegando bem próximo sua mãe esboçou um grande desconforto dizendo: - Não é possível que não posso ser colocada em outro vôo tenho que esperar o mais próximo que seria daqui a duas horas e meia, isso é um absurdo, e nem posso culpar você meu filho sei que isso poderia ser pior se você tivesse se atrasado.
Não entendi o porque senhora Inez queria culpar o coitado do Dario, mas não foi dessa vez.
- está de pé o almoço? Perguntou Danty com um olhar de; por favor! estou com fome.
- bora! Mãe vamos ali comer algo, não fuja de vista.
Pronto, a felicidade traspareceu no rosto dos garotos, abriram a porta do restaurante e a sensação era leve, uma mistura de eucaliptos e outras ervas finas, misturados ao aroma de temperos caseiros, os trazia a memória o próprio lar, no caso de Dan a casa de Dario, pois amava a comida de dona Inez, se alto convidou várias vezes para fazer parte de jantar, almoços e aniversários.Danty estava naquele momento com cabelo meio esgafinhado como se tivesse acabado de acordar, passou os dedos entre os cebelos ruivos, observando a mesa branca com uma toalha bordada sobre ela, com o talher em uma de suas mãos, tentou ajeitar o cabelo o que fez Dario observalo imediatamente não acreditando no que estava prestes a presenciar.
- Você não vai enfiar esse garfo no cabelo, Vai ?
- Eu ? Nunca faria isso cara! afirmou ele com uma cara lavada e um ar de perplexidade, sorriu após tentar enganar seu amigo que o fitava com olhar, o que deixou pela primeira vez Danty meio que encabulado, o sino é tocado e ambos observam a comida chegando a mesa, pararam um papo de infância, lembravam o quanto os dois eram idiotas e amavam ser assim, mas Dario interrompeo o amigo com um sermão. - É meu caro; algum de nós precisamos crescer, Danty com meio olhar da mesa para seu amigo, o deixou sem respostas pela primeira vez em anos, logo os bracos que apoiavam se a mesa foram timidamente se retirando, sem encontro de olhares ou palavras diretas, comeram em silêncio.Terminando o almoço, dona Inez estava ja pronta do lado de fora do restaurante marcando os passos no chão como Se alguém estivesse atrasado, mas não era o caso.
- Dan cuida bem da Manú, ela vai precisar de você, e me conta tudo o que acontecer por aqui ok?
- Seu pedido uma ordem meu amigo, Missão Manú em ação, há! Danty tinha um bordão para cada ação, fosse para pegar um lápis no chão ou ver uma atitude que ele não estivesse de acordo, vinha ele com algo que iria nos tira a total concentração, pois não aguentavamos de tanto rir, não sabíamos se era por ser engraçado ou por ser Danty.
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Para sempre Havan ( forever HAVAN ).
RomanceDario, um jovem inusitado e cansado da monotonia de sua cidade no interior da Europa, se propõe a ir com sua mãe viúva a cidade de Havana visitar seu avô que está prestes a falecer, o que seria apenas um drama se torna um turbilhao de emoções em um...