Capítulo 7

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Sofia P.O.V.
Ao entrarmos no aeroporto, fomos checar se tudo já estava pronto, e fomos em direção a fila de embarque.

— Obrigado. -Diego disse.

— Pelo que?

— Por tudo, Sofia. Você é incrível! E nunca, jamais deixe que estraguem isso. Engraçado com as coisas mudam. A vida te surpreende quando você menos espera. Você será aquela menina que mudou minha vida, que fez nascer um novo amor dentro de mim. Obrigado por cada momento que você me proporcionou, por cada segundo que passei ao seu lado, obrigado pelos seus sorrisos, obrigado por sempre que eu precisa você estava la, me ajudando. Agora vai lá. Tem uma longa jornada na sua frente, sempre que precisar, Sacramento estará no mesmo lugar, e eu também. -Sem querer deixei uma lágrima escorrer, e nos abraçamos.

Assim que nos despedimos, caminhamos direto para o portão de embarque. Ali literalmente começava minha nova vida. 

...

Horas depois, ouço o piloto falar:

— Dentro de instantes estaremos pousando no Aeroporto de Los Angeles. Mantenham os encostos da poltrona na posição vertical e suas mesas fechadas e travadas. Observem os avisos luminosos de apertar cintos.

O avião pousou, esperamos as malas e finalmente chegamos em Los Angeles. O aeroporto ficava a meia hora da cidade, pegamos o ônibus e partimos. Quando chegamos no ponto, vi que meu pai já estava nos esperando sentado no banquinho.

— PAI!!- o abracei ao ver.

— Sof! -retribuiu o abraço e fez o mesmo com Michelle. - Estão com fome? Eu e sua mãe encontramos um restaurante incrível.

— Estou com muita fome. Por falar nela, onde ela está? - Michelle perguntou.

— Ficou na casa planejando as coisas para o Natal. - Meu Deus! Com tanto acontecimento, nem lembrava que daqui a dois dias é o Natal. Quando pequena, essa época era incrível, minha avó fazia um biscoito incrível, arrumava a casa era maravilhoso. Mas ela sumiu, ninguém nunca deu notícia para onde ela foi.

A fachada da nossa nova casa era linda. Gramado verde, com uma escadinha em direção a porta, as paredes da casa eram num tom creme e telhado cinza. Os vizinhos ao nos ver, deram bom dia,  as boas vindas e nos entregaram um folheto. Haveria uma festa no dia do Natal, em nossa rua. Mal cheguei em casa, já vi que não gostei. Festa nunca fez meu tipo, sempre preferi ficar em casa com minha velha pipoca e os filmes.

— FILHA! - minha mãe correu e abraçou a mim e a Michelle. - Olha, os móveis dos quartos de vocês são incríveis, a casa é maravilhosa, vocês vão adorar.

— Que bom, mãe. Os vizinhos também são bem educados.

— Sim, vamos entrar. Tem alguns lanches para vocês sob a mesa.

Entramos e realmente a casa era linda. Michelle soltou as malas na sala e correu para cozinha. Peguei minhas malas, subi as escadas e meu pai me guiou até meu quarto. Meus pais sempre conseguiam fazer algo que eu amasse, mas dessa vez, superaram. O quarto ficou perfeito. A parede era azul escura, móveis brancos. Uma janelinha pequena mas que fazia bastante vento.

Algumas horas depois, já tinha lanchado, descansado, estava arrumando o guarda roupa.

— Filha, pode ir conhecer a cidade se quiser. A chave do meu carro aqui. -ergueu a mão.

— Sério? - peguei e encarei ela, que na mesma hora sorriu.

Eu e Michelle descemos correndo e saímos. Eu não tinha carteira ainda, mas meus pais me ensinaram e sabia o básico.

— Vamos na galeria. - Michelle deu a ideia.

A galeria era cheia de lojas de roupas, lanchonetes, como se fosse um shopping, só que aberto. Esse tipo de galeria era o que mais víamos naquela região.
Fizemos muitas compras e voltamos para casa.

"Oie, talvez já deva ter chegado em Los Angeles. Tudo de bom em sua nova vida, estarei aqui sempre." - li a mensagem de Diego e respondi.

O dia havia sido bastante corrido, deitei em minha cama e fiquei olhando o feed do Instagram. Simon tinha postado um Storie, pulei alguns e vi Diego em uma festa, rodeado de meninas. Bateu ciúmes, mas não havia o que fazer. Primeiro que estou longe, segundo que eu não tenho nada com ele.

—Sof, encontrei essa caixa lá na área as mudanças. - Minha mãe colocou-a sob a escrivaninha e saiu.

Nem lembrava de ter arrumado a caixa, abri e vi que eram meus álbuns. Eu colecionava trechos de livros antigamente, minha avó dava-me todo final de semana um livro novo. Retirei um da caixa e vi fotos minhas com ela e inúmeros pedaços de livros.
Por que ela sumiu? Nem notícias me deu, nem nunca me procurou. Me ensinou tanta das coisas, pra depois simplesmente sumir sem nem dar a mínima.

Desci as escadas e minha mãe estava sentada em um dos degraus do lado de fora da casa.

— Mãe?

— Oie Sof, senta. -sentei junto à ela - gostou da casa?

— Sim, é bem aconchegante. Faz um tempo que queria mudar meu quarto para deixar num tom desses. – O silêncio predominou. – Mãe, por que a vovó sumiu?

Minha mãe apenas olhou para mim por alguns segundos, e voltou a olhar o asfalto seco.

— Sabe, sua avó era apaixonada pelo teu avô, e depois que ele se foi, ela andava abatida. E posteriormente, saiu sem dar notícias, sem nem escrever pra ninguém, sendo que há pessoas que se importam. -vi lágrimas escorrendo em seu rosto.

—Boa noite, desculpa atrapalhar, sou filho dos organizadores da festa de Natal da rua, queria saber se há confirmação de presença. - Um homem com barba rala, cabelos negros apareceu em nossa frente.

—Sim, quatro confirmações da casa. - Olhei minha mãe respondendo. No momento ela estava tão sentimental, que nem resolvi bater de frente.

— Certo, aqui estão quatro pulseiras. Boa festa!

Ficamos por um tempo sentadas onde estávamos. Michelle  e meu pai se juntaram a nós para conversarmos e planejarmos o Natal.

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⏰ Última atualização: May 02, 2019 ⏰

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