Me tirar algo

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- Tony, posso trazer um amigo pra cá? - Ele me olha por baixo dos óculos escuros.

- Amigo, huh?

- Seu nome é Douglas. Ele é tipo família para mim. Iria significar muito.

- Você confia nele?

- Com todo o meu coração. Prometo. - Ergo o dedinho para ele.

- Que isso?

- Eu não acredito que você nunca fez isso. Me dá a sua mão.

Ele me olha desconfiado.

Eu pego a mão dele e nós cruzamos os dedinhos.

Douglas chega rápido: trinta minutos e ele já estava entrando no meu quartinho.

- Amiga! - Ele me abraça.

- Doug. - Sorrio, o apertando.

- Como você está?

- Tomei um tiro e fui enforcada em duas semanas, mas estou ótima. - Rimos.

- Cadê o máquina mortal?

- Quê?

- Uma máquina em batalhas, e mortal na cama. - Ele diz, levantando uma sobrancelha.

- Eu vou fingir que não ouvi isso.

- Você é tediosa.

- Tony está estudando algo, mas eu não sei o quê.

- Quando que irei conhecê-lo?

- Não sei. Como que está o mundo lá fora?

- Amiga, você não viu? Todo mundo está te chamando de heroína. Tem gente na rua fazendo camisetas com a sua cara, porque você foi a mulher que salvou Tony Stark.

Não sei nem o que falar. Durante grande parte da minha vida, ouvi pessoas me falando que sou inferior a eles.

Onze horas da noite, Stark aparece na sala e Douglas surta.

- É o máquina... - Tampo a boca dele.

- Stark, Douglas, Douglas, Stark. - Apresento eles rapidamente.

- Entao... Douglas. Há quanto tempo que você conhece Juniper?

- 5 anos. Nos conhecemos antes do trabalho e agora somos irmãos. - Sorrio.

- Interessante.

- E-Eu... trouxe uma cópia do vídeo de Eden se jogando na frente da bala. - Ele entrega a Stark.

- Eu já vi esse vídeo umas 300 vezes. - Tony rebate.

- Esse é um ângulo diferente.

Tony coloca o pendrive e assistimos ao video.

- Hey, tem alguém atrás do cara que tentou me matar. - Digo.

Ele diz algo no ouvido do terrorista, ele espera dois minutos, perde o equilíbrio, revela a arma no bolso. Eu vejo, corro até o palco e... você já sabe o resto.

- Eram dois. - Tony pausa o vídeo bem na parte que revelam a cara dele. Ele liga imediatamente para alguém.

- Fury, mande alguém para esse homem imediatamente. Estou te mandando a foto. - Desliga e vai até Douglas. - Obrigado.

- É um prazer.

Douglas vai para casa, passar o ano novo com a família.
Estava quase dormindo, quando os fogos de artifício me acordam.

- Inferno.

Saio do meu quarto, para pegar alguma coisa para comer, quando me deparo com a grande janela brilhando com as vividas cores e explosões dos fogos.

Me sento no sofá perto da janela, apenas assistindo silenciosamente, pessoas felizes. Música alta, e os brilhantes fogos.

- Bonito, né? - Me assusto, e dou um pulo. - Não queria te assustar. - Tony diz, do sofá do outro lado da sala.

- Sim. Mas parece tão...

- Distante, não é?

- Exatamente. - Ele se levanta e me oferece uma cerveja.

- Eu estou tomando remédio. - Digo.

- Me esqueci, desculpa. Posso? - Ele aponta para o espaço ao meu lado.

- Claro. A casa é sua. - Ele me senta ao meu lado.

Tony's pov

As luzes coloridas refletidas no rosto de Eden, a faziam parecer algo que vi um dia quando era criança. Me sento ao seu lado, tentando não olhar tanto para ela. Tento puxar assunto.

- A gente não terminou aquela conversa. - Digo.

- Qual?

- Aquela em que você falou que todos que você conheceu tiraram algo de você.

Ela respira fundo, como se as memórias que ela está prestes a contar estejam frescas.

- É... Quando eu era criança, via meu pai saindo de casa toda quinta feira, escondido. Só fui descobrir que ele traía minha mãe depois dos 13 anos. Eu nunca cresci sabendo o que era o amor. Minha mãe me amava. Meu pai amava sua secretária demais para ter lugar para mim. Então, quando tive meu primeiro namorado e ele me traiu, achei que o amor era assim, porquê meu pai fazia o mesmo com a minha mãe. E então, quando meu segundo namorado me deixou sozinha chorando em casa, para sair beber com os amigos quando minha mãe faleceu, percebi que não era amor. O amor não existe. Você só fica com alguém para tirar vantagem.

- O que isso tem a ver comigo? - Digo, intrigado.

Ela me olha nos olhos.

- Você não vê, Tony? Você já tirou.

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