ADRENALINA - CAPIREZ

Capítulo Um

N/A

Se você esta esperando ler mais uma historia de amor qualquer eu já te aconselho a parar bem aqui, essa historia nos mostra o quão feio o ser humano consegue ser quando sente amor, ou desejo, ou paixão, ou qualquer outra coisa que se permitir sentir. Aqui você irá ver a capacidade do ser humano de chegar a extremos, de chegar ao seu limite e de causar estragos.

Chega de enrolação, aproveitem a leitura.

1 de abril de 2016

Um emaranhado de lençóis

Dois corpos nus

Suor

Gemidos

Sussurros 

Foi possível identificar um "mais forte" no meio de tantas palavras desconexas, gemidos mais altos, um grito e silencio.

Dois corpos trêmulos, surgiram risadas, excitação, beijos, mais suor, desejo, luxuria e se você escutasse com bastante atenção poderia ouvir a velocidade com que os corações batiam, rápidos, fortes, intensos.

O toque de um celular, silencio momentâneo, os corações pararam por uma fração de segundo mas voltaram, e voltaram mais rápidos e mais fortes que antes mas dessa vez não haviam risadas para se ouvir, ou beijos apenas o celular e os corações.

- Vai Jessica, atende logo essa merda – resmungou a latina logo em seguida se levantou e caminhou em direção ao frigobar localizado na lateral esquerda do trailer.

- Me esqueci de desligar – murmurou a loira já com o celular em mãos.

– Oi Chris – silencio – Desculpa amor, nós acabamos nos atrasando nas filmagens que eu mal tive tempo pra chegar perto do meu celular hoje – outro silencio – Eu sei, eu sei Chris, conheço meus filhos – um silencio mais demorado – Okay, passa o telefone pra ela.

- Algum problema? – a latina que esteve o tempo todo escorada na lateral da cama sussurrou ao ver a expressão aborrecida que se formou no rosto da loira, após receber apenas um aceno negativo de cabeça como resposta colocou a garrafa de água  na pequena pia do trailer e se encaminhou para o chuveiro localizado mais atrás do trailer.

Ainda pode um ouviu um "Oi Poppy" na voz calma e sutil que Jessica sempre usava com os filhos, ligou a ducha no máximo até que a voz da loira não pudesse mais ser ouvida.

- De novo Sara, você fez isso de novo – murmurou para si mesma enquanto encostava a testa no ladrilho gelado, o contraste do azulejo gelado com a água quente do chuveiro a fez se arrepiar.

Esfregava o seu corpo com raiva, violência e até era possível ver certos traços de nojo em sua expressão, ela odiava se sentir assim, suja. Odiava que Jessica tivesse tanto controle sobre ela, odiava adorar sentir todos os tipos de sensações quando estava com Jessica, odiava o fato nunca poder a ter só pra si, não por completo como a queria.

- Sara, você está bem? Já está ai faz 20 minutos.

Se assustou ao ouvir a voz da loira tão próxima a si, sabia que a qualquer momento teria que a encarar e teria que colocar sua máscara fria novamente, odiava o ter que fazer mas sabia que era o necessário, a morena sabia que para Jessica ela não passava de um passatempo e também sabia que no primeiro sinal de algum sentimento desconhecido que Jessica captasse nela Jessica fugiria e ela a perderia pra sempre.

-Estou bem, só aproveitando a água mesmo.

-Olha eu tenho eu tenho que ir, Chris ligou dizendo que a babá precisou ir embora mais cedo e você sabe como ele é, o cara não consegue ficar sozinho com os próprios filhos.