Capítulo 1

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lety_raimunda

Já estava amanhecendo quando decido me levantar, vou até a janela e vejo os primeiros raios de sol iluminando o pequeno campo de plantação, apesar de toda dificuldade que nos cerca sempre conseguimos continuar, meu pai de alguma forma consegui sempre um dinheiro para pagarmos as dúvidas que as vendas não são capazes de pagar, mas o que me deixa angustiada quanto a isso é que ele nunca me diz de onde vem esse "auxílio", até que desisti de perguntar, o importante mesmo é que conseguimos continuar vivendo em nossa querida Fazenda, desde que minha avó faleceu nos dedicamos a essa fazenda, não queríamos a perder.

Visto minha jardineira e desci pra fazer café, quando estou terminando vejo meu pai descer as escadas.

– Oi papai – Digo dando um beijo em sua bochecha e tirando o café do fogo, coloco numa xícara para ele.

– Vamos até a cidade hoje, também Ana!? – Diz e eu concordo com a cabeça.

Pego um pouco de café e levo até o quarto de meus pais, ao abrir a porta encontro minha mãe deitada suando e respirando com dificuldade, ela anda doente já faz um mês, mas infelismente não temos dinheiro para leva-la ao medico e ela só piora, me aproximo da cama  e a acordo gentilmente ela me da um sorriso e tenta se sentar eu a ajudo, minha mãe sempre foi assim, não importa quanto ela esteja mal ela não vai demonstrar, ela é uma guerreira e quero muito ser como ela quando eu for mais velha.

– Aqui mãe – Digo entregando a ela o copo com o café, ela pega e tenta tomar, quase derrama o café em cima dela então eu a ajudo dando suporte ao copo com uma de minhas mãos para que não derrame.

– Durmiu bem meu amor?– Pergunta dando um sorriso de canto.

– Não muito– Respondo retribuindo o sorriso dela meio forçado.

– Ainda tendo aqueles sonhos?– Ela pergunta, ultimamente tenha tipo pesadelos da qual não entendo nada, tinha um rapaz que eu não conseguia ver o rosto, ele tinha presas e estava coberto de sangue, ele vinha em minha direção e de repente escuto um rosnado atrás de mim e vejo um lobo pulando em mim, mas acaba que o rapaz entra no meio e fim, sempre acaba nessa parte.

– Sim, não entendo mãe, porque esses sonhos se repetem, pesadelos dificilmente deveriam se repetir toda noite isso já está é me assustando – Digo sendo sincera.

– Minha querida Ana, talvez esses sonhos sejam uma representação do futuro – Diz e fico ainda mais confusa que tipo de futuro seria com algo com presas e sangue e lobos?

Será que ei serei atacada por um lobo e um rapaz vai me proteger? Mas o que significaria o sangue e as presas, fico pensando nisso enquanto minha mãe termina o café.

– Ana! Vamos – Meu pai grita lá da sala e eu desco logo após da um beijo em minha mãe.

Chego lá em baixo vejo que papai já colocou todas as coisas na carroça, sento ao lado dele e seguimos ate a cidade.

———quebra de tempo———

Não tínhamos tido um dia tão bom assim na cidade, mas conseguimos o suficiente para essa semana, voltávamos pra casa em silêncio, eu e papai não tínhamos muito o que conversar, apesar de próximos ele sempre foi fechado comigo e eu acabei me acostumando a me abrir somente com minha mãe.

Chegamos em casa e fui correndo até minha mãe, passar todo o dia longe dela sabendo de seu estado foi aguniante, mas me sinto melhor quando entro e vejo ela descansando tranquilamente, vou ate ela e coloco minha mae sobre sua testa e vejo que sua febre baixou, isso me faz me sentir bem mais alegre porque apesar de toda as coisas não darem certo, pelo menos ela esta melhorando.

Saio do quarto dela e vou ate o meu tomo um banho com um balde de água gelada, é eu sei, parece desconfortável, mas não temos dinheiro para pagar um encanamento nossa água vem de um posso que fizemos do outro lado da fazenda, mas continuando, assim que termino visto uma camisola solta e me deito na cama, olho a lua através da janela, ela fica tao linda quando esta cheia, e assim acabo dormindo.

Submissa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora