Bela, Recatada, e do lar

6. O coquetel

NOTA: ola anjos, cliquem na capa do capitulo ae pra ver o desenho q um leitor/amigo fez do dia q elas se beijaram lá na cozinha, agora foi, Andrékkkk

Ps: CAPITULO TA GRANDE

1° de Janeiro, 16:00h, Temer e Marcela acabam de chegar da cerimônia de posse.

Marcela adentrou o quarto de luxo do hotel com o marido, largando-se confortavelmente na cama, pensando em como Michelle estava linda...

- Marcela? - Temer a chamou.

Marcela o encarou com um olhar indagador, notando a expressão estranhamente séria do marido.

- Quê foi? Tá tudo bem? - questionou, preocupada.

- Eu sei o que vocês estavam fazendo na cozinha aquele dia. - Temer foi direto ao ponto.

- Quê? - Marcela fingiu não entender, embora seu coração estivesse acelerado e um nó houvesse se formado em sua garganta.

Temer deu um sorrisinho, como se estivesse esperando exatamente aquela reação de Marcela.

- Deixe de ser cínica. - disparou. - Você sabe do que eu estou falando.

- Sei?

- Sabe. E eu te observei hoje durante toda a posse.

Marcela quase desistiu do cinismo, Temer parecia ter certeza do que estava falando. Mas não podia admitir, e se ele estivesse jogando verde?

- Michel, será que dá pra você me explicar? - disse, fingindo impaciência.

- Eu preciso? - Temer zombou. - Marcela, não precisa fingir.

Marcela lhe encarou incrédula, mas, ao ver o rosto decidido do homem, obedeceu.

- Olha... Não... - nada realmente explicativo surgiu em sua mente. - Tá. Nós... nós nos beijamos aquele dia.

- Eu sei disso. - Michel murmurou, estranhamente calmo. - Tem noção de que tipo de problema isto poderia nos causar, Marcela?

Marcela estranhou o fato de ele não questionar a traição, de não parecer surpreso, e nem chateado com isso.

- Quê? - deixou escapar, incrédula.

- Aquele homem é insano, Marcela, eu o convido para um jantar, na esperança de encerrar o governo em paz e prosperidade, e você vai lá e inventa de seduzir a mulher dele, francamente! - pela primeira vez desde que eles haviam começado aquela conversa, Temer pareceu irritado.

Marcela continuou encarando-o incrédula.

- Esse é o problema? O Bolsonaro? Você não liga de eu ter te traído? - perguntou, assustada com o absurdo das próprias palavras.

- Como se você não fizesse isso com frequência... - Temer zombou. - E não me olhe assim. - Marcela se ofendera e o encarava indignada.

Era verdade? Era. Mas é claro que estava surpresa ao descobrir que Temer sabia de suas aventuras extra-conjugais.

- Há quanto tempo você sabe?

- Desde aquela professora que você fisgou na visita do projeto Criança Feliz no Alvorada. - Temer disse, parecendo quase indiferente.

Marcela sentiu suas bochechas esquentarem. Sabia que não era digno se envergonhar justo agora, não depois de tê-lo traído sem remorso algum durante anos.

Temer a encarou com paciência, esperando que ela falasse algo. Mas Marcela não conseguia falar, e na verdade, sequer tinha o que falar.

- Eu sabia o tempo todo. - Temer murmurou, calmo. - Você mente bem, Marcela, muito bem, mas não o suficiente.