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Eu ainda não entendo o que está acontecendo. Eu sempre soube que ele tinha algum tipo de sentimento por mim, mas eu sempre fui apenas uma peça do jogo que ele criou para satisfazer essa vontade que ele tinha de controlar mulheres, como se não fossemos nada.

Quando vim para cá, era o segundo tabuleiro. Isso significa que as peças dos jogos anteriores já haviam sido descartadas por motivos como desobediência, tempo de uso ou haviam sido cedidas para a servidão final, quando o jogador convidado vencia a partida e tinha o direito de levar uma peça com ele. Na verdade, eu já vi o que acontece com essas peças, mas sei que comigo será diferente. Aliás, esse é um assunto para outra hora.

Vou contar um pouco de como vim parar aqui.

Eu frequentava um bar gls perto do centro da cidade. Era relativamente famosa nos grupinhos que frequentavam os bares por ali, se levar em conta que meu ponto forte era a diversão. Acho que umas quatro noites antes de acordar no quarto das peças, vi esse cara tomando um suco sozinho na bancada. 

- Suco? Mamãe não deixa beber até completar 21?

Ele apenas me olhou como se não tivesse falado com ele. Ser ignorada não é algo que me agrade então só soltei meu Aff e voltei para a pista de dança.

Em algum momento no meio da madrugada, achei essa mulher e, bom, fomos para o túnel. Lá é, ou era, escuro e cheio de pequenas luzes azuis que deixavam as coisas mais sexys (pensar nisso ainda me dá tesão). Eu estava contra a parede, sem a camiseta e ela passava a mão pelo meu corpo enquanto me beijava... Quando desceu para o meu pescoço e a vontade já começava a me deixar delirante, vi o reflexo dele nos olhando. Gosto de ser olhada.

- Delícia, tem um cara ali querendo participar, o que você acha de chamá-lo? - Perguntei para a garota.

- A três é mais gostoso. - E então ela o buscou.

Rapidamente, ele se atracou a mim e a deixou de lado. Sei que ela foi embora em algum momento mas não sei se foi com raiva.

Ele começou a me beijar furiosamente, abriu o zíper da calça e começou. Conforme ia ficando mais forte, sua mão começou a subir até parar em meu pescoço, e começou a apertá-lo. Quanto mais forte, mais apertado ficava. E eu gostei.

- Espero te ver aqui mais vezes, gostei de brincar com você. Vê se não exagera com o suquinho, hein.

Agora, acho que eu devia ter me assustado com o silêncio dele.



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