Pouco depois desse encontro, fui a outros bares em locais até que afastados. A sensação de alguém me acompanhar era forte mas, como eu curtia doces e bebidas, achei que era só flashback (vai que).
Decidi ir com algumas pessoas que conheci para uma pv, curtir um pouco e conhecer novas línguas. Era um campo aberto, acho que em um sítio ou algo parecido. Tecidos coloridos desciam a frente desse palco em forma de castelo, cheio de leds e luzes coloridas ao som de Chapeleiro. O cara arrasa, sem discussões.
Comecei a entrar na vibe de UFO e deixei a batida levar. PV rola doce, muito doce e nesse eu não podia ficar careta. Vi uma garota linda, figurinha presente em toda rave e eu sabia que ela tinha o que eu queria. Enquanto a música comia solta, eu a beijei e consegui o que eu queria (beijinho de amigas haha).
Deixa eu te contar como é a viagem, ou melhor, como a minha era: nunca é na hora. As luzes começam a dançar (normalmente), as cores ficam extremamente fortes e vem alguns padrões que se juntam a elas. Se você está num dia ruim, sua viagem fica extremamente ruim, assim como ela segua o som da música que você está ouvindo (nunca curti tomar quando estavam em uma maior de 190bpm). Rolam flashbacks as vezes, e a viagem volta em momentos inoportunos, mas eu curtia cada segundo.
No começo da viagem fui para uma área onde a galera estava se divertindo com os cocais, flurrys e rostos maquiados para a ocasião, para dar uma animada na viagem. Vi esse flurry, uma raposa. Era a cabeça de uma raposa no corpo de um homem, acho que era um homem, com camisa social e calça jeans. A raposa começou a acompanhar os movimentos que meu corpo fazia e, as vezes, ela parecia muito maior do que realmente era. Ganhei uma garrafa de água da raposa e, como estava com muita sede, tomei-a como se não houvesse amanhã.
Acho que tinha alguma coisa na água e, como eu já estava alta, comecei a ficar ainda mais fora de controle, sentia a roupa me sufocando e comecei a tirar no meio da pista... Nesse momento, a raposa me conduziu para uma área reservada, sei porque já fui em uma dessas. É como uma festa PV dentro da PV. Lá tinha muitos outros flurrys e pessoas mascaradas, cada um com uma personagem e, se me lembro direito, eu tenho certeza que se conheciam.
Naquele momento, a roupa me incomodava ainda mais e fui me despindo. A raposa foi a primeira a chegar em mim. No começo, ela me deitou em uma espécie de mesa giratória e todos os outros estavam em volta. A raposa desabotoou o jeans e em questão de segundos, já estava dentro de mim. Ela segurou meu pescoço e parecia furiosa, indo e vindo, as vezes parecia que acompanhava a música. Quando acabou, levantou a mão como se me pedisse para ficar em pé e a abaixou. Acho que era o sinal que esperavam para vir até mim.
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Nova Partida
Mystery / ThrillerEstou presa a um jogo de xadrez humano há tanto tempo que não sei mais se alguém busca por mim lá fora. Hoje, eu consegui atingir o maior status de respeito entre os jogadores: serei o rei no tabuleiro, ainda que sejamos só mulheres. Eles me mantém...