Boston

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POV ANDREA


Dentro do avião, milhares de coisas passavam pela minha cabeça. Eu fui uma covarde ao deixar ela lá, mas eu não conseguiria vê-la pela ultima vez. Era doloroso demais! O piloto avisa que acabamos de aterrissar em Los Angeles.

Pego um ônibus e corro pra o lugar onde me sinto segura.

- Andrea?

Me amiga me abraça ao abrir a porta pra mim.

- Entra

Ela me puxa.

- Achei que só nos veríamos a noite.

- Decidi vir mais cedo.

- Vai. Me conta tudo. Tem café fresquinho.

Nos sentamos na mesa e eu começo a contar tudo a Serena.

Minha amiga estava chocada no quanto aconteceu dentro de apenas uma semana.

Passamos horas conversando.

- Ah minha nossa. Não acredito nisso. E ela?

- Ela arrancou ele de cima de mim. Chutou ele nas costelas e na cara dele.

- Nossa, bem feito.

- Ela me deu tudo que uma garota iria querer, Serena.

- Ah Andrea. Você se apaixonou.

- É. Eu me apaixonei.

- Querida, conto de fadas não existe.

- É. Eu sei. Por isso eu fugi.

- Espera. Você está me dizendo que ela nem sabe onde sequer te procurar?

- Isso mesmo.

- E o dinheiro?

- Eu não iria aceitar dinheiro dela, Serena.

- Andrea, são 4 mil dólares.

- Eu sei. Mas...

- Ah minha nossa. Como você pode ser tapada desse jeito?

- Você não entenderia.

- Com certeza não. A mulher cheia da grana e...

- Por favor, Serena.

- Tudo bem. Não está mais aqui quem falou.

- Obrigada. Agora eu vou descansar.

- Então?

- Então o quê?

- Vai voltar a trabalhar hoje? Porque se for, vai ter uma festinha no bar da esquina e mulher só paga a metade.

- Eu vou pensar. Tô muito cansada.

- Tá bem. Eu vou dar uma saída. Mais tarde a gente conversa.

- Tudo bem. Se cuida!

Serena vai saindo.

- Ah, Serena

- Fala.

- Eu sei que ela jamais faria isso, mas se um dia, de repente, ela passar por aquela esquina e perguntar...

- Não se preocupe. Eu não te conheço.

- Obrigada.

Ela sai e eu sigo pra o meu quarto.

Me sento na minha cama e olho ao redor.

- É, Andrea. Está de volta a sua realidade.

Abro a minha bolsa, única bagagem que eu trouxe comigo e tiro de lá a única prova que terei de que Miranda esteve em minha vida. Uma echarpe. A echarpe que havia presenteado ela. Trago pra perto do nariz e o perfume dela invade meu ser. Sinto saudades. Saudades do seu toque, do seu abraço e do seu sorriso. Na verdade comecei a sentir saudades, quando deixei a carta e fui olhá-la pela ultima vez no quarto. Eu já senti saudades antes mesmo de partir.

Pretty Woman (G!P) Mirandy CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora