Um Sequestro?

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—Eu quero dois capuccinos e um bolinho.-Olhei para a moça do outro lado da bancada.

—Claro, você vai...

—Levar, pra viagem.

—Só alguns minutos.

—Obrigado. -abri um sorriso tímido e sentei em uma das mesas em que eu estava próxima.

Estava tudo bem, até eu perceber a chegada de dois homens estranhos com capuz que ficaram me observando...
—Será que não dá pra você ser mais rápida? Eu estou apressada. -Levantei inquieta.

—Calma moça, só vai demorar mais 2 minutos.

Eu olho novamente para os homens, eles não paravam de me encarar, eu comecei a ter um pequeno desespero.

—Pronto, moça! Aqui está.

—Obrigado! -Eu pego a sacola e saio o mais rápido possível da cafeteria.

Já ia dar meia-noite, e eu estava longe demais da minha casa, Por que? Eu estava na casa do Luan, tive uma briga com ele e decidi voltar pra casa a pé.

olhei pro céu e não vi uma só estrela, eu sabia que iria chover, mas não arrisquei em parar ou pedir um táxi já que eu não tinha levado dinheiro. Continuei caminhando com os passos já apressados, foi quando me assustei e percebi que tinha alguém me seguindo. Parei de caminhar e olhei pra trás lentamente, quando vi o mesmo homem da cafeteria, fiquei paralisada.

—Que porra é essa...

Ele foi se aproximando e eu comecei a correr desesperada, era uma rua vazia, não tinha ninguém. Ele começou a correr atrás de mim e eu já estava ficando sem fôlego, foi quando um carro foi se aproximando em minha frente, eu achei que era minha única saída...o carro parou e desceu um homem.

—Por favor me ajude, esse cara tá me seguindo. ~falei desesperada.

—Oh, é claro que eu vou ajudar meu bem!

Ele tirou algo do bolso e aplicou no meu pescoço o mais rápido que pode. Não consegui mais lembrar de nada depois disso...

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Abri meus olhos, eu estava muito zonza, quando lembrei do que havia acontecido olhei para os lados rapidamente e tentei me levantar...

—Pode ir tirando seu cavalinho da chuva... –ele me empurrou de volta com toda força. -Não mova um dedo. –completou apontando uma arma para mim.

Um outro homem chega no quarto, me encara e diz;

—Vamos! Ele chegou...

—O que vocês vão fazer comigo? Quem são vocês?

—Ah cala boca, levanta... Agora!

Me levanto e ele pega meu braço e me arrasta até uma sala.

Quando cheguei na sala, havia um homem de terno, ele me encara com um olhar sério...ele se aproximou devagar e colocando sua mão no meu queixo diz;

—Qual o seu nome? -perguntou erguendo minha cabeça.

—Jane. -minha voz ficou mais trêmula.

—Jane...–Ele levanta as sobrancelhas com uma expressão de admiração. –É um nome diferente. -falou dando as costas.

—Meus pais tem dinheiro...–falei o interrompendo. –Eles podem pagar o resgate.

—O que? O que você acha que é isso? –Ele se vira de frente para mim e me encara novamente.

—Um sequestro?! –Olhei para os lados.

—Por que você acha que eu iria perder tempo sequestrando uma pirralha? –Ele me empurra contra a parede da sala esticando seu braço contra a parede.

—Porque babacas fazem isso?! –Olhei nos seus olhos azuis e o encarei mais ainda.

Eu sei que não deveria ter o provocado, mas é o meu gênio.

Ele deu as costas para mim, e começou a rir.

—Ela é hilária, kkkk, vai ser ela...

—O que vocês vão fazer comigo?

Ele se vira rapidamente e novamente me empurra contra a parede...

—Só pra você saber, isso não é um sequestro.

O homem me carrega pelo braço de novo enquanto acompanhava aquele idiota. Saímos da casa e ele me colocou dentro de um carro que estava em frente a casa.

—Por favor, me deixem ir embora, eu prometo não contar pra polícia, mas por favor...

—Cala boca caralho!!

Minhas lágrimas começaram a aumentar quando comecei a imaginar cenas horríveis na minha mente, eu não sabia o que eles iam fazer comigo, mas eu tinha um pressentimento que não iria voltar tão cedo.

Quando chegamos a um lugar deserto e cheio de matos, eles pararam e desceram do carro me carregando junto. Tinha uma casa enorme em volta dos matos, olhei para o lado e vi que o homem que estava segurando meu braço perdeu o foco em mim, não pensei duas vezes e por um descuido tomei a arma do cara apontei para o "idiota de terno" Foi o meu melhor termo já que eu não sabia o nome.

—Vou avisar só uma vez, se tentarem me impedir de ir embora, eu mato vocês.

O cara de terno que parecia o chefe começou a sorrir e eu não entendia o porquê. Ele começou se aproximar...

—Não se aproxime, eu vou atirar! Eu... Eu tô falando sério...

—Pode atirar, eu espero que tenha munição no seu bolso.

Eu imediatamente olhei para a arma, eu não entendia absolutamente de arma, mas ela não tinha munição. Meu desespero foi tão grande de tentar fugir que joguei a arma na cabeça do "chefe" E saí correndo desesperada...

—Peguem ela.

Por minha falta de sorte, eram homens corriam mais do que eu, não deu dois minutos para me alcançarem e me levarem de volta.

—Já cansei de brincar com você. –Ele tira uma seringa do seu bolso esquerdo...

—Por favor...não...

Bad SweetenerOnde histórias criam vida. Descubra agora