A Fuga

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Acordei, e novamente zonza, o mesmo cara tava me apontando uma arma de novo...

—Acho bom não tentar fugir, porque essa aqui tá carregada. Chefe! A princesa acordou!

—Podem ir embora, eu resolvo daqui.

O homem abaixa a arma e vai embora, enquanto o cara de terno ainda estava lá.

—Olha, eu acho que você ainda não entendeu a sua situação. Eu vou explicar melhor. Se você tentar fugir outra vez, não vou machucar você, mas você não quer o Sr. Hunter viúvo quer?

—Como sabe do meu...

—Segundo, esqueça que tem uma família, apartir de hoje você é minha propriedade, isso mesmo, cuidar dos meus funcionários doentes, cuidar dessa casa, e cuidar do seu dono. Terceiro, se recusar uma ordem minha, bom, eu acho que você quer que sua família esteja bem. É só, tome um banho e use isso...–ele aponta para uma roupa que estava em um cômodo do lado da cama. O banheiro fica...você procura o banheiro, tenho mais o que fazer, e você também.

Ele se saiu do quarto eu fechei os olhos e comecei a chorar, a cada hora que passava eu entrava em choque cada vez mais.

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Já tinha tomado banho praticamente "obrigada" Mas eu tinha um plano, eu tinha esperança.

—Tá bem melhor assim. -Eu o vi entrando no quarto. –Acho melhor irmos dormir, hoje foi uma longa noite.

Eu permaneci com a cabeça baixa.

—Olhe pra mim...

Continuei com a cabeça baixa.

—É uma ordem!

Enchi meus olhos de lágrimas, fui levantando minha cabeça devagar e encarei aqueles olhos azuis.

—Boa noite! -Ele deu as costas e bateu a porta do quarto, em seguida ouvi um barulho de tranca.

No mesmo instante, pulei na cama e desmoronei. Passei a noite inteira chorando, e tentando entender porque aquilo tinha acontecido, e porque logo comigo. Mal tinha percebido que já havia amanhecido,  e ouvi um barulho na porta, ele tinha a destrancado e entrou no quarto.

—Você tem dois minutos pra descer, e fazer bacons e torradas.

Antes que ele fechasse a porta eu o impedi;

—Não precisa, já estou indo. –passo por ele e desço as escadas até a cozinha.

Terminei de fazer o café e ele apareceu logo em seguida. Eu deixei tudo em cima da mesa, ele experimenta a comida e completa;
—Não está tão ruim. Mas você pode fazer melhor.

—Se você não está gostando, não coma. -O encarei.

Ele levanta, se aproxima de mim, tira uma arma do seu bolso e coloca na minha cabeça;

—Se você se acha tão esperta, deveria parar de me responder e fazer melhor, ficar de bico fechado! –Ele pressiona a arma na minha cabeça e eu fecho os olhos.
—Tem caixas na porta dessa casa, leve todas para o quarto de cima. –ele tira a arma da minha cabeça e se afasta deixando uma chave na mesa. —Se tentar fugir, você já sabe.

Ele sai da cozinha e eu apenas sigo para a sala. Comecei a carregar as caixas para o quarto de cima, ainda tinha esperanças de sair daquele lugar, só estava esperando o momento certo. Eu já estava posicionando a última caixa no quarto, vi uma sombra na porta e me virei, era ele, fumando maconha e me observando.

—Já terminei. –me viro de frente para ele e inclino a cabeça.

—Pra uma iniciante você está bem. –ele se admira.

—Eu quero ver essa casa brilhando em 2 horas. Toda a casa.

—É impossível...

—Você consegue, eu sei que consegue. Tem um rodo com um balde perto da área de serviço.

Eu fui até a área de serviço, era perto de um jardim da casa, quando eu vi um senhor curvado perto das plantas...

—Quem é o senhor?

Ele se vira devagar, me ver e diz;

—Ah...olá! É a nova moça? É um prazer, mas eu estou ocupado um pouco se não se importa.

—Quantas meninas já passaram por aqui?

—Umas 30...que eu saiba... Rsrs...

—30? –fui me aproximando. –E o que aconteceu com elas?

Ele novamente olha para mim sem me responder e para de mexer nas plantas.

—O senhor parece cansado. –eu o olho.

—Tudo bem, eu já me acostumei. –disse ele com a voz trêmula.

—O senhor é empregado?

—Tome cuidado moça, ele não costuma brincar muito.

—Como assim?

Ele se afasta e entra no jardim...
—Senhor?

—O que você tá fazendo aqui? Entra agora. –um dos capangas dele se aproxima e eu entro novamente.

Depois de limpar dois quartos, eu já estava terminando a escada, cansada e com minhas costas doendo decidi parar um pouco. Escuto um barulho de porta batendo e olho para a sala, tinha chegado umas 3 pessoas carregando alguém...

—O que aconteceu? –aquele homem se aproximou das outras pessoas.

—Ele foi baleado, a sorte é que pegou de raspão, não podemos levar pro hospital, estão procurando por ele. –diz uma mulher loira que estava entre eles.

—Que ótimo...deixem ele aqui, vou mandar a menina cuidar dele.

—Ótimo, onde colocamos ele?

—Venham, vou mostrar um quarto aqui. –ele saiu da sala e as outras pessoas seguiram ele.

Eu achei que era o momento perfeito pra tentar sair daquele lugar, claro que a porta estaria trancada, então corri para o quarto onde eu estava dormindo, olhei para uma janela que havia lá, me assustei um pouco, mas nada que me tirasse a vontade de sair daquele lugar, peguei algumas cobertas da cama e fiz uma corda, joguei os lençóis para fora da janela, olhei para os lados e desci da janela feito uma louca e tentando não fazer muito barulho. Assim que pisei no chão, vi dois homens perto da porta, se eu saísse por ali eles iriam me ver, então dei meia volta na casa e por sorte não fui vista, então o que me restou foi correr, depois de tentar achar algum portão nos fundos do terreno eu achei, mas tinham dois homens de cada lado, eu ainda tinha que dar um jeito...

—Se tá procurando a saída, não é por aqui.

Eu me viro rapidamente e dou de cara com o cara de terno apontando uma arma...

—Por favor, não me mata.

—Eu te dei uma chance princesa, aqui não é vídeo game não. –ele destrava a trava de segurança da arma e continua apontando pra mim. –acabou nenê....

Bad SweetenerOnde histórias criam vida. Descubra agora