Capítulo 4

511 55 4
                                    

No outro dia, Natalie acordou e foi tomar café com a Clarice e a avó dela. Ela nem tinha dormido direito à noite por causa do tão esperado dia para ir ao Mundo Real.

Clarice olhou para a avó e começou o assunto:

— Vó, acredita que o mago Diógenes aceitou que a Natalie vá até o Mundo Real? — Sério? Mas assim sem mais e nem menos?

— Nós insistimos bastante, e ele concedeu a ela vinte e quatro horas por lá.

— Mas que ideia! O nosso mundo é tão bom.

— A senhora não tem vontade de conhecer o Mundo Real? — perguntou Natalie.

— Não. Dizem que é terrível.

Natalie ficou calada com a fala dela. De repente, elas ouviram batidas na porta e o relincho de um cavalo. Clarice levantou-se da cadeira e foi atender, dando de cara com o rei acompanhado de alguns guardas.

— Olá, Clarice! Sabe onde está a minha filha?

— Ela...

Natalie apareceu e o questionou:

— O que você quer, papai?

— Podemos conversar, filha?

— Sim, senhor.

Aristides e Natalie saíram e sentaram-se em um banco de madeira embaixo de uma árvore. Em seguida, o rei tirou um envelope amarelado do bolso da calça.

— O que significa isso, filha?

— O quê?

— Eu recebi essa carta hoje de manhã do lacaio do mago Diógenes. Por que insiste ir ao Mundo real?

— Porque eu quero muito conhecê-lo, e o mago me concedeu apenas vinte e quatro horas para conhecer o Mundo Real.

Ele levantou-se e perguntou:

— Você acha que eu vou te apoiar nessa loucura?

— Não precisa. Eu vou sozinha.

— O quê?

— Isso mesmo!

— Minha filha, é perigoso. Você pode morrer por lá.

— É um risco...Mas não me importa.

— Isso é errado... Você é uma princesa e pertence a esse mundo.

— E daí? Eu não estou feliz aqui.

— Então vá! E eu declaro que está livre de mim.

— Papai...

Ele montou em seu cavalo e saiu sem olhar para ela. Natalie começou a chorar, e Clarice veio consolá-la.

— Por que tem que ser assim? Ele não me compreende, Clarice!

— Oh, amiga! Eu nem sei o que te dizer...Essa história de ir para o Mundo Real é....

— Idiota?

— Não. Mas vai criar uma grande curiosidade no nosso mundo.

— Eu sei, mas eu quero muito ir.

À tarde, Natalie e Clarice foram até o castelo do Mago Diógenes. Esse castelo era enorme, e vivia apenas o mago e os criados. Diógenes sentou-se em uma mesa e olhou para elas.

A princesa e a camponesa (conto Natiese)Onde histórias criam vida. Descubra agora