Prólogo.

10.6K 502 28
                                    

Põe mais uma noite aí na conta da loucura

Hoje o desejo é quem vai levar a culpa

Do cabelo bagunçado, perfume misturado

Meus olhos passeando no teu corpo todo

Coração nem precisa saber

Que hoje eu tô com você

(Bruno & Marrone - Na Conta Da Loucura)

CONSEGUES VISLUMBRAR O QUÃO doloroso é não ser dono do próprio destino?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CONSEGUES VISLUMBRAR O QUÃO doloroso é não ser dono do próprio destino?

Essencialmente se tu já vinhas a planejar milimetricamente cada detalhe dele. Mas infelizmente chega um momento em que não és tu que fazes as tuas escolhas, e sim elas a ti.

É ainda doloroso quando não sentes nada além de impotência e inconformação. Quando tentas sair, mas as tentativas são nulas e vãs. Mais te sentes envolvido pelas trevas, e não existe nada que te possa fazer escapar.

Era assim que Dylan sentia-se. Imerso na escuridão, onde as trevas eram suas únicas companhias.

Mas ele tentou. Lutou. Ninguém poderia dizer o contrário, porém chega um momento em nossas vidas que nossas forças se vão e não temos qualquer incentivo para nada a não ser observar ela se desenrolar bem em nossos olhos.

A campainha soou. Dylan não tardou a atendê-la, agradecido por livrar-se da nevoa tempestuosa que o envolvia.

- Sabias que é falta de educação atender a porta desse jeito? - Babi rugiu quando a porta foi aberta.

Ele não teve outra reação além de sorrir. Claramente inabalável diante do mau humor dela.

- Sabias que ficas linda quando estás irritada, Bunny?¹ - Dylan rebateu, e ela revirou os olhos.

Empurrando-o para que pudesse cruzar a porta e livrar-se do incomodo das tigelas. Ela arrependeu-se assim que sem querer tocou a pele áspera e fria do tórax dele. Um leve frio se espalhou pela região do ventre dela, a pele facial aqueceu em uma velocidade lendária.

Ela depositou com todo cuidado possível as tigelas de comida sobre a mesa de jantar na cozinha. Quase sorriu ao ver que ainda conservava a temperatura adequada.

Dylan seguiu-a. Ainda que com o olhar, não conseguia desprender o olhar dela. Tão pouco conseguia manter-se inerte as emoções que ela o causava.

Queria poder olhá-la com outros olhos. Queria poder deixar de lado a atração que sentia por ela.
Mas era impossível. Não com ela diante dele, linda e feminina.

Babi reparou que estava a mais tempo que o necessário, e isso assustou-a. Não por medo, repulsa ou qualquer coisa do tipo; E sim porque não confiava em si mesma. Não perto de Dylan...

Depois de confirmar pela milésima vez que as tigelas ainda conservavam a mesma temperatura, ela obrigou-se a mover-se.

- Dylan eu já vou. A comida ainda está bem quente. - Ela disse com o olhar fixado em qualquer ponto que não fosse Dylan vestido apenas de uma calça.

Sem esperar qualquer resposta dele, ela obrigou-se a mover-se dali o mais rápido possível antes, que suas mãos adquirissem vontade própria e deslizassem pelo tórax bem delineando.

Dedos firmes e fortes em seu pulso impossibilitaram de continuar a andar. Ela se virou com lentidão pronta para recitar todos os palavrões que conhecia, mas qualquer resquício de raciocínio se foi quando os seus olhos encontraram os de Dylan.

Ele fitava-a de um jeito tão intenso. Os olhos claros pareciam conhecer todos seus segredos, ao mesmo passo que ela sentia-se nua e exposta sentia também envolvida pelas lindas e quentes íris.

- Fica. - Ela estreitou o olhar, confusa diante do pedido dele. - Quero que fiques, Bunny. - A mão dele foi de encontro com a cintura dela, para que pudesse sussurrar no ouvido dela.

Um delicioso arrepio subiu pela espinha dorsal dela, o coração palpitou, ela irritou-se por tais reacções.

- Não posso.

Ela olhou para qualquer outra qualquer outro plano que não incluisse-o. Constragia-lhe demasiado estar diante de um homem vestido só de calças e com um perfeito tórax.

- Eu não mordo, Bunny. Claro que a menos que tu me peças.

- Por que eu te pediria algo assim? - Ela ignorou o rubor que espalhou-se pela face.

Sem nenhuma resposta aparente, ela ofegou ao sentir o calor que emanava dele quando Dylan envolveu-lhe a cintura e sem mais delongas tomou a sua boca para si.

Ela envolveu-lhe o pescoço, sentindo cada átomo seu reagir aquele intenso beijo, aquela onda de calor que envolvia-na.

Dylan era intenso, e isso refletia na forma em que ele a beijava. No modo firme que as mãos pouco comportadas passeavam pelo corpo da jovem.

Era tudo tão intenso e novo. Ela jamais sentia coisa similar, o corpo reagia e ansiava por cada toque, ele parecia marcá-la com cada beijo, toque.

- Isto não deveria ter acontecido. - Ela declarou ofegante, quando eles afastaram-se.

Os braços dele ainda envolviam-lhe, com ela em cima do balcão. Confusa sobre como tinha chegado.

- Tens toda razão, não deveria.

Seu olhar ainda era intenso, que parte dele não era assim?

- Devemos ficar longe.

- Uhm. - Ele consentiu, os lábios desceram pelo pescoço dela provando uma vez mais da pele cheirosa. - Vamos esquecer tudo que acontecer aqui e agora.

- Vamos com certeza.

Babi decretou antes de puxá-lo pelo cabelo, ávida por seus beijos e toques intensos. Ávida também por sentir sua pele, por se livrar daquele desejo que a entorpecia.

Seria apenas uma noite, não?

🐇 💙 🐇💙 🐇💙 🐇💙🐇💙🐇💙 🐇💙🐇💙🐇💙

Vocabulário
¹ Expressão inglesa, que em português significa coelhinha.

🐇💙

Hey Bunnies! Adivinhem quem está de volta? 🌝💙🐇

O que acharam? Que esperar dessa noite deles? 🌝

Votem, comentem, ajudem Dylan e a Bunny a crescer! 💙🌝

Beijos de Mel e até logo!

Amor Insensato - DEGUSTAÇÃO! Onde histórias criam vida. Descubra agora