Palmo 4: Água de coco

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O nome de Álvaro brilha na tela do meu celular. Encerro a ligação e escancaro a porta da frente; ele abaixa o celular do ouvido, pressionando uma tecla antes de guardá-lo no bolso da calça jeans apertada, um sorriso manhoso despontando do canto dos lábios.

Puxo Álvaro para dentro pela gola da camisa, colando seu corpo ao meu. Suas mãos enlaçam minha cintura e me apertam até meus lábios se partirem num gemido, que ele suprime com sua boca. Chuto a porta com o pé. Empurro Álvaro contra a porta, sentindo-o esfregar-se cada vez mais duro na minha coxa.

Quando nossas bocas se separam, encaramos um ao outro. A cortina de desejo em seus olhos castanhos se abre, dando espaço para um olhar mais terno. A pressão dos braços de Álvaro diminui e ele acaricia minhas costas, deslizando as mãos abertas para cima e para baixo.

"Oi," ele ofega em meio a um sorrisinho.

"Oi," respondo, e capturo seus lábios em outro beijo, desta vez mais gentil e profundo.

Sufocamos quaisquer outras palavras entre beijos e gemidos. Álvaro roça a barba ruiva e cheia na pele sensível do pescoço enquanto prende o lóbulo do meu ouvido entre os dentes, produzindo um gemido alto e gutural em meu peito. Meus dedos se embolam nos botões da camisa, enrolando-se nos pelos castanho-avermelhados, e o simples toque do seu pelo faz o espaço nos meus shorts diminuírem.

Álvaro desce as mãos até minha bunda, apalpando-a com firmeza, e me puxa para seu colo, posicionando-me em cima do volume pulsante em suas calças. No quarto, ele se deita comigo na cama. Álvaro se livra da camisa e eu da camiseta. Giro até ficar por cima dele. Inclino o corpo para frente, alternando entre beijar, lamber e mordiscar cada centímetro do seu peito e estômago. Quando minha língua se enrola em seu mamilo direito, Álvaro ofega e impulsiona o quadril para cima. Eu rebolo e continuo a traçar meu caminho com a língua por entre os vincos dos músculos em sua barriga, os dedos trabalhando o botão e zíper de sua calça.

Álvaro afunda os dedos no meu cabelo, enrolando-os nos fios, e puxa meu rosto para fitá-lo. A cada puxão, ondas de prazer percorrem meu corpo até o volume latejante entre minhas pernas, preso debaixo de tanta roupa.

"Você está me deixando louco com essa boca," Álvaro diz baixinho, arquejante. Encontro seus olhos, semicerrados, e o encaro com um sorriso malicioso. Álvaro geme, pulsando sob meu toque. "Esses olhos... puta que pariu!"

Desço a calça jeans devagar, deixando sua cueca boxer branca à mostra. Inclino-me de novo para frente, emoldurando o formato do seu membro com os lábios sem quebrar nossa conexão visual. Vejo Álvaro tremer, a cabeça caindo nos travesseiros e as costas arqueadas, e abro um sorriso.

***

Álvaro sai de dentro de mim, tira a camisinha e se limpa com a própria cueca.

Rolo na cama, apoiando o cotovelo no colchão para vê-lo melhor enquanto seu corpo, nu e suado, volta a cair, agora cansado, sobre o emaranhado de lençóis. Álvaro dá uma risada com covinhas quase escondidas por debaixo da barba, um tremor se espalhando pelo corpo.

"Essa... Nossa... Você é inacreditável!" Álvaro enrosca um braço no meu pescoço, o outro na minha cintura, e me puxa para junto de si.

"Vou entender isso como uma resenha positiva," comento.

"Cinco estrelas."

Ficamos entrelaçados um no outro, pernas e braços, minha cabeça deitada em seu peito ouvindo as batida ritmadas do seu coração por tempo o suficiente para que meu corpo voltasse a reagir ao perfume de Álvaro mesclado ao cheiro de suor e sexo. Deslizo uma mão pelo seu peito, brincando com os pelos colados à pele. Sob a luz da lâmpada, eles estão mais castanhos do que ruivos. Posso ver que as sardas do rosto se expandem pelo peito e pelos ombros também. Planto um beijo em cada sarda que alcanço, e logo estou sobre o colo de Álvaro de novo.

Aqui jaz João SantiagoOnde histórias criam vida. Descubra agora