As Aventuras de Uma Forasteira (DEGUSTAÇÃO)

Prólogo

— O ano era 2018 e depois de... — Ok! Isso está horrível, eu já entendi! Vamos começar mais uma vez...

Meu nome é Amélia, e essa é a minha jornada! Antes de embarcarmos nessa incrível descoberta de quem eu me tornei, falemos sobre quem eu era.

Nunca fui de lastimar as desventuras da vida, mas devo admitir que, crescer no sistema de adoção, não foi nada divertido. Talvez por isso, tenha passado a infância e parte da adolescência, enterrada em livros de fantasias — os clássicos contos de fadas — onde eu podia ser quem eu quisesse.

Mas cresci, e me tornei o que costumava chamar de equânimo, que no dicionário “Amelístico” significa; tanto faz. Você deve estar se perguntando: o que é uma vida de tanto faz? É como ser uma espécie de expectador, alguém que assisti o mundo sem fazer parte dele e que não dá a mínima se chove ou faz sol. Assim eu vivia, desde que abri mão da doce ilusão, dos contos de fadas.

Não! Essa não é mais uma história dramática de uma órfã solitária, muito pelo contrário. Essa é a história de como, de fato, comecei a viver. Antes que se pergunte, não foi um namorado ou um reencontro com meus “desconhecidos pais”. Foi um pequeno objeto adquirido num antiquário qualquer. O início do fim; do mundo como conhecemos.

De fato, nunca mantive os pés no chão. No fundo, sempre me perguntei o que poderia existir além do horizonte — no fim do arco-íris — quando todas as barreiras da normalidade e da possibilidade são ultrapassadas, mas o que encontrei foi inexplicável; inacreditável, e muito real!

E foi ali “no horizonte”, onde trilhei um perigoso caminho: entre o bem e o mal, numa linha tênue entre a vida e a morte, que descobri quem eu realmente era.

Cinco segundos apenas, foi o entreato de meu mundo, pacato e vazio, a uma grande e inesperada aventura; que mudaria minha vida para sempre. Essa é a história de como tudo começou. E não há outra palavra que melhor descreva isso senão... mágica!