Prólogo

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Narrador POV (Point of view)

Camila repousava em sua cama, sem muita felicidade, aguardando o bater em sua porta. Este anunciaria que o prazo para que ela "acordasse" e se levantasse, havia terminado.

Eram 6h55 da manhã, de um domingo, porém, ela já havia despertado há cerca de três horas, após perder o sono.

Um sonho (ou pesadelo - isso depende da percepção de cada um) a fez acordar assustada, após ter experimentado sensações que jamais sentiu antes.

O conteúdo dele a intrigava, nada era muito claro e ela não se recordava muito bem das imagens, dos sons ou do que aconteceu, mas se lembrava dos sentimentos que aqueceram o seu coração e que também a angustiaram.

Permaneceu, então, pensativa. Até que às 7h, em ponto, escutou o barulho na porta de seu quarto indicando que a hora do seu repouso havia chegado ao fim.

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Século XVII

Camila (POV)

Estava deitada, ainda reclusa e intrigada em meus pensamentos, quando ouvi o som rotineiro em minha porta certamente produzido por Josephine, minha criada desde quando me conhecia por gente. Uma senhora alegre, bonachona, de olhos claros e bochechas rosadas.

- Alteza, hora de se levantar. Vossa majestade Sinuhe pediu para que eu a avisasse sobre uma reunião que pretende ter com Vossa Alteza. Será às 8h e ainda precisa fazer sua higiene matinal e tomar seu desjejum.

Imediatamente assenti, mas, me lembrei que ela ainda estava do outro lado da porta. Bati em minha testa rapidamente e em minha cabeça passou na mesma velocidade o pensamento de como eu era tola e imbecil.

- Sim, Josephine! Obrigada! Já estou acordada e irei levantar-me para que me banhe. Após isso, irei descer para o café, no salão de jantar. Avise à minha mãe que irei encontrá-la no horário marcado na sala de reuniões.

Bufei. Sempre me estressava por ter esses compromissos tão cedo e em dias como domingos e feriados. Minha mãe insistia nisso, desde a morte do meu pai, o rei Alejandro I.

Eu tinha 15 anos quando ele partiu, e como ainda não estava apta para governar, mas, faltariam poucos anos para que isso fosse possível, decidiram que minha mãe cuidaria das questões do reino até o dia em que eu completasse 18 anos e fosse coroada.

Desde então, ela mudou muito e em todo o seu período de folga, sem ter que exercer seus deveres diretamente com nossa nação, ela se dedica a me ensinar fazer isso.

Ela era mais ligada à mim no passado, antes da morte de meu pai. Mas, sei que isso foi ocasionado por conta das responsabilidades que ela assumiu. E ela se esforça ao máximo para cuidar bem do país, como o meu pai fez um dia.

Me encontrava feliz, pois, estava se aproximando o momento em que ela poderia descansar e passar a responsabilidade para mim. Mas, também temia aquela realidade, pois o fardo seria apenas meu.

Às vezes, refletia em como era cruel nascer com o destino traçado do início ao fim. Mas, era meu dever, eu amava o meu povo e, então, deixava aqueles pensamentos de lado. Me preparava para aquilo desde o ventre de minha mãe e assumiria a coroa para continuar nossa linhagem tão amada pelos cidadãos que governávamos há centenas de anos.

Diriji-me ao banheiro e reservei um momento, me permitindo relaxar um pouco em minha banheira, com a água quente recém-colocada por Josephine.

Logo, tomei meu bom desjejum, repleto de pães, frutas, queijos, leite e derivados, para que pudesse ir ao encontro de minha mãe.

Distant Time (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora