Capítulo 3 - Confianza

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Século XVII

Camila (POV)

Naquele instante, Lauren havia se retirado de meus aposentos, deixando-me solitária. E eu, bem... Simplesmente, me encontrava desnorteada e sem ar.

Estranhamente, não desejava que a mais nova presença em minha vida se fosse, mas, ainda assim, fui eu mesma que lembrei-a de partir, após a mesma demonstrar certo incômodo, repentinamente.

Se alguém observasse a cena naquele momento, encontraria uma forma totalmente caótica de mim mesma.

— Oh, céus! O que acabou de se suceder aqui? — Autoindaguei, completamente confusa, levando minhas duas mãos a face.

— Minha querida... Sente-se bem? Gesticulando e travando diálogos consigo mesma? — Minha mãe diz prontamente, fazendo-me sobressaltar de susto com a sua presença.

— Oh, mamãe! Espantou-me! — Disse alvoroçada, ao ser pega desprevenida em uma situação no mínimo constrangedora.

— Perdoe-me, querida. Encontrava-me ocupada em uma reunião com os conselheiros reais, referente a algumas obrigações com o reino. Mas, no mesmo momento em que informaram-me de seu acidente, preocupei-me e desloquei-me da forma mais rápida, diante minhas capacidades, para vê-la com meus próprios olhos.

— Entendo, minha mãe. Agradeço por estar aqui, mas, tranquilize-se. Estou deveras bem. Não foi um acontecimento carregado de muita gravidade.

— Posso ver que encontra-se bem e agradeço a Deus por isso! Avisaram-me que não havia sofrido graves consequências, mas, ainda assim afligiu-me. Sou sua mãe e desejava inspecioná-la eu mesma, para que obtivesse minhas próprias conclusões. Despencou de um cavalo, minha filha! E, poderia se ferir gravemente, então, conte-me o que ocorreu, tudo bem?

— Nada de tão inacreditável, entende? Estava cavalgando em busca de distração, apenas. Mas, Flicka avistou uma serpente e se assustou. Então, empinou repentinamente e, como eu não estava atenta, fui derrubada, caindo de forma desajeitada, consequentemente ferindo a minha perna — Expliquei.

— Entendo. Necessita de mais atenção e menos distrações, minha querida. Não sei como ainda não danificou este pescocinho. — Minha mãe me fez cócegas e riu com a situação, balançando a cabeça negativamente logo em seguida. — A única explicação plausível para isso é que, provavelmente, usufrui de um competente anjo da guarda. — No mesmo instante, o rosto de Lauren invadiu meus pensamentos, mas, tentei retirar a imagem da cabeça e me inquietei.

— Não escolhi ser assim mamãe! — Fingi aborrecimento e coloquei um biquinho em meus lábios, mas, logo me peguei sorrindo também.

Minha mãe me abraçou e, permanecemos assim por alguns segundos. Eu realmente sentia falta de momentos como este.

— Fico deveras feliz e aliviada que se encontra bem, querida. — Ela me disse de forma carinhosa.

— Eu sei, mamãe. — Afirmei. E, então, um sorriso sincero se formou em minha face. Minha mãe repetiu o meu gesto, docemente.

— Mas, diga-me. O que houve com sua perna? Quem ajudou-a? Pois Sir. Smith, o médico real, está afastado, não está?

— Sim, está. Como te disse, despenquei ao chão. E, então, acabei permanecendo sozinha durante um tempo, mas, logo um servo encontrou-me naquela situação e, pedi a ele que informasse o senhor Gerald do acontecido, pois o mesmo saberia o que fazer. Assim, quando avisado, Gerald enviou alguns homens da guarda real para permanecerem em minha companhia enquanto buscava ajuda e, também, enviou alguém para avisá-la sobre o meu acidente.

Distant Time (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora