11|| vegas pt.4

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violet butler | las vegas;

— Quais são suas apostas iniciais?

Respirei fundo.

"Aposte em qualquer coisa agora, não vai fazer diferença. São dois mil dólares." escutei Justin falar por meio da escuta.

Quando chega na minha vez eu aposto no quatro. Aleatoriamente.

E a sorte parece estar comigo quando o quatro aparece e eu ganho dois mil dólares.

— Parabéns. – David diz sorrindo.

— Obrigada, admito que tenho sorte.

"Para de se oferecer e foca na porra do trabalho. Aliás, não se esqueça da merda que você falou. Eu tive que me passar por um prostituto. Por mim você ficava aí e já saia presa. Só não faço isso por Ryan." Bizzle murmurou e eu ri.

— Desculpa, docinho. – usei seu apelido contra ele.

— Falou comigo? – David pergunta.

— Não, só estou analisando estratégias de jogo. – sorrio.

Aconteceram mais três apostas e eu ganhei a última delas, de trinta mil dólares. O jogo deu uma pausa antes da última aposta e as pessoas se levantaram e circularam.

"É agora. Você tem cinco minutos para trocar esses dados."

Estremeci. Não tinha ideia de como fazer isso. Fui até o bar e fiquei andando igual uma tonta. Para minha sorte, David havia ido ao banheiro.

Todos já estavam voltando para a mesa e eu ainda não havia cumprido a missão. Então fiz a primeira coisa que me veio à cabeça, esbarrei com o garçom que deixava o champanhe para os jogadores, fazendo as taças quebrarem e o líquido se espalhar pelo chão, chamando a atenção de todos. Me abaixei para fingir ajudar o garçom, até que cheguei na altura da mesa e joguei o dado falso junto do outro, conforme me levantei novamente, peguei o dado original e enfiei o mais rápido que pude dentro da bolsa.

Suspirei em alívio.

"Finalmente serviu pra alguma coisa." o garoto murmurou pela escuta, mas eu nem liguei.

Meus batimentos cardíacos estavam acelerados e eu me sentia suja por estar fazendo uma coisa daquele porte.

— Finalmente... qual a última aposta de vocês?

— Seis.

[...]

Nem acreditava que estava no quarto, sã e salva.

Alguns minutos após eu chegar lá, Bizzle entrou pela porta e resmungou um parabéns.

— Obrigada. – sussurrei. — Deu tudo certo mesmo?

Minha voz ainda estava trêmula.

— Sim. As câmeras estavam desativadas quando a troca aconteceu, as nossas pessoas infiltradas distraíram todo mundo.

Soltei um ar que nem sabia que estava preso.

— Eu to puto com você ainda, acho que vou dormir então. – ele falou.

— São nove da noite. Estamos em Vegas, vamos  mesmo dormir? – eu perguntei. — E, desculpa.

Eu sei que foi uma atitude ousada, mas eu realmente queria sair. Justin cruzou os braços e pareceu pensar.

— Okay, mas você tem que tirar essa roupa. – Bizzle disse sincero, engasguei com minha própria saliva e me senti corar. — Para colocar uma mais casual. Tem uma balada muito boa aqui perto.

Ufa, óbvio que ele diria isso.

— E-eu vou por.

Após praticamente travar, me vesti de forma menos formal. Colocando um cropped com um uma saia, ambos pretos. Resolvi tirar o batom e colocar um salto mais baixo, retoquei o perfume e estava pronta.

— Ainda não podem nos ver juntos, então vamos com carros separados, ok?

Após eu concordar e entrarmos nos carros pretos, seguimos para a balada. O caminho foi tranquilo, apenas fiquei impressionada com as luzes incríveis de vegas.

A festa era no topo de um prédio, o lugar estava com a iluminação quase inexistente, a música que tocava era eletrônica e as pessoas pareciam agitadas.

Fui até o bar, até que senti uma mão gelada puxar meu braço.

— Você ainda tem dezessete. — Justin sussurrou no meu ouvido, me deixando incomodada.

— Não é o que diz na minha identidade. – pisco para ele. Afinal, havia uma identidade falsa que a equipe havia feito para eu poder concluir a missão. — E você nem liga, certo?

— Não ligo mesmo. Mas tô cuidando de você pelo meu melhor amigo, então não posso deixar você entrar em coma alcoólico. – resmungou e eu ri.

— Um pouquinho de vodka no meio de morangos não mata ninguém. – pisquei, pegando no copo e tomando um gole.

— Se você passar mal a culpa é toda sua. – avisou.

— Eu sei me cuidar, docinho. – pisquei, me levantando e indo dançar.

Já era o terceiro copo, e droga, eu deveria ter escutado Justin. Eu não bebia a muitos anos, pois havia passado muito tempo entre escola e trabalho, cuidando do meu vô. Não tinha a menor vida social.

Me sentia mais solta, desinibida ao dançar Come Get Her de forma um pouco exagerada, talvez sensual. Não via Bizzle a um bom tempo, e também não enxergava muito bem o resto das pessoas, mas nem ligava para isso.

Estava descendo até o chão e quando subi, percebi que Justin estava em minha frente.

— Vamos embora? – ele murmurou.

— Não. Estou me divertido. – sorri.

— Mas eu não. Aqui só tem menina difícil, nenhuma disponível. Tá chato. – reclamou e eu ri.

— E pra ficar legal tem que ter alguém pra pegar?  – retruquei.

— Sim. Tem. – revirou os olhos. — Agora vamos.

Ele praticamente gritava, pois a música estava muito alta.

— Não. Dança comigo.

Não me reconheci ao dizer aquilo, mas a verdadeira culpada daquele ato foi a bebida.

— Não sei dançar.

— Eu também não sabia, até beber. – fui sincera e consegui enxergar um esboço de sorriso nos seus lábios.

— Acho que só vou beber. Se eu não melhorar em dez minutos, vamos embora. – respondeu, voltando a ser ríspido.

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Atualizando pelo segundo dia seguido, uhu

Gostaram desse cap? Minha autoestima sobre escrita está baixa

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