7|| were all the things begin

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violet butler | stratford, 10:45am

Olhei para o garoto em minha frente, então em seguida me sentei no sofá ao lado de Caitlin.

— Eu sempre estou, Justin. — falei seu nome um tom provocativo, propositalmente. — Agora, trabalhar com o que?

E então ele riu maldosamente, em seguida sorrindo de canto.

— Bem vinda ao outro lado. — disse pegando alguns papéis da gaveta.

Meus olhos seguiam seus movimentos atentamente, estava curiosa.

— Outro lado do que? — questionei.

— Da lei. — Chaz me respondeu simples e eu pude sentir meu corpo gelar.

— É. Somos tipo aqueles gângsters que você vê em séries policiais, só que bem melhoras. — Bizzle começou a dizer, quando fui abrir a boca para retrucar, ele voltou a dizer. — Agora pergunta só o básico porque eu não tenho paciência.

Okay, agora todo o luxo estava explicado. Mas PORRA! Que merda eu estava me metendo? Com meu irmão? O Chaz também estava nisso! E ele nem Marie haviam me contado, pera, ela sabia?

— Vocês matam? — perguntei a coisa mais estúpida possível, mas pô, releva. Eu estava nervosa.

— Não é óbvio?! — o loiro disse rindo irônico. — Mas só matamos quem merece.

— Quem merece? — perguntei.

— Quem não nos obedece ou entra no meio do nosso caminho. — explicou simples.

— Então o que eu preciso fazer para não ser morta mesmo? — questionei em tom de brincadeira, era tipo, brincar para não chorar.

— Nos ajudar. — suspirou se encostando na cadeira.

— Pirou? Eu não sei fazer essas coisas, e nem quero. — cruzei meus braços, murmurando a última parte.

— Você vai aprender. Porque ficar de graça na minha casa não é uma possibilidade. — travou o maxilar.

— Tá. — dei de ombros. — Quando começamos?

Desisti parar de questionar e começar a agir, afinal, seria só um ano até eu atingir a maioridade e poder sair plena pela vida. E também que eu não queria morrer.

Todos naquela sala me encararam surpresos após minha fala determinada, mas isso fazia parte da minha personalidade.

— Amanhã. — o garoto falou abrindo um tipo de pasta, retirando um papel amarelo dela. — Eu não vou dar alguma coisa difícil para você fazer, só vou estar te testando. — explicou sem enrolações.

— É o plano de Vegas? — Nash perguntou espiando as coisas que Justin mexia.

— Exatamente. — respondeu me olhando. — Amanhã de manhã pegamos um voo para Las Vegas e lá você tem que fazer duas coisas. A primeira é; se vestir como uma mulher de negócios, nada muito "puta", nisso a Caitlin te ajuda. A segunda é; ganhar dos profissionais que apostam todos os dias.

Neguei com a cabeça, rindo incrédula.

— Então você quer que eu vá lá e torça para acertar apostas? Só para dar dinheiro para vocês? Isso não faz sentido! — revirei meus olhos.

Então Justin se virou para trás, abrindo uma espécie de cofre, em seguida pegando dois dados que haviam ali dentro.

— Esse dado tem um lado mais pesado, que vai ficar para baixo, no caso é o número 1. Então o número 6 vai ficar para cima, tu só tem que apostar no número 6 e depois colocar o dado que foi falsificado no lugar do verdadeiro, e prontinho, vai ter ganhado uns 50 mil dólares para o papai aqui. — disse tudo tranquilamente.

Aquilo não parecia simples nem difícil, mas apenas por ser fora da lei já adicionava uma adrenalina.

— E se descobrirem? — murmurei.

— Não vão descobrir. Vamos colocar escutas em você e seguranças espalhados pelo lugar, se der merda eles metem bala em tudo.

A palavra "seguranças" fez meu corpo paralisar. Em seguida lembrei de meu pai, ele é policial. Soava errado fazer aquilo, como se ele estivesse sabendo de tudo que eu fazia.

— T-tudo bem. — concordei, tentando firmar minha voz.

— O B.R não deve saber da Violet ainda, será que ele vai estar por lá? — Chris abriu sua boca pela primeira vez na conversa.

Eu não havia entendido completamente nada.

— Ele provavelmente não sabe, mas algum representante dele estará lá. Por isso já vamos fazer a missão amanhã. — Cameron respondeu.

— Quem é B.R e porque algum representante dele vai estar lá? — perguntei pressionando meus lábios.

— O nosso maior inimigo. Ele está em todo lugar, mas não sabemos quem é. Pode ser qualquer um, pode estar próximo. Ao mesmo tempo que isso parece inofensivo, B.R consegue destruir qualquer coisa que construímos, ele é anônimo, porém poderoso. Ele comanda a máfia do Canadá sem nem mesmo tem um rosto. — Justin explicou olhando para um ponto fixo na parede.

— E seus representantes estão por todos os lados, sabendo nossos passos. Quase tudo o que fazemos é para tentar derrubar B.R. E bem, se ele não te conhece, isso ajuda, e muito. — Caitlin completou as falas do anterior.

Tentei respirar e inspirar normalmente, falhando.

— Então vocês estão vivendo Pretty Little Liars da mafia? — perguntei incrédula para a garota.

— Exatamente. E você tá entrando no meio disso, babe. Não tem escolha. — piscou e eu engoli em seco.

Um silêncio estranho reinou naquela sala, todos pareciam focados em seus próprios pensamentos.

— Quero todo mundo pronto para viajar amanhã às nove horas na sala. — Bizzle disse, praticamente nos expulsando do escritório.

Todos foram saindo, consequentemente eu também, até que Ryan veio falar comigo.

— Tá tudo bem você fazer isso? Eu sei que é ruim, mas é o único jeito de tu ficar aqui, Violet. — falou enquanto coçava sua cabeça, se mostrando preocupado.

— Não estou 100% à vontade. Mas sabe... acho que consigo lidar com isso. — fui sincera e ele assentiu com a cabeça.

Então seguimos com as nossas atividades de uma quinta-feira comum.

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vocês conseguiram entender tudo?

kigdom come | jdb [criminal]Onde histórias criam vida. Descubra agora