Júlia estava agora de olhos fechados enquanto sentia seu corpo inteiro gelado, ela se perguntava o que havia acontecido com o sol e todo o calor do Rio de Janeiro, foi quando ela abriu os olhos e se viu no meio de uma nublada floresta. Ela se levantou as pressas, "como eu vim parar aqui?" Ela se perguntou enquanto levantava do chão de barro, observou que seu belo vestido Prada estava imundo, "droga eu gostava desse! Agora não dá mais de usar!" Ela pensou com raiva enquanto batia no mesmo para que a terra saísse, foi quando ela se virou e deu de cara com uma mulher do cabelo loiro, quase branco, com feições finas trajando roupas que ao ver de Júlia mais pareciam trapos:
-Quem é você?
Júlia perguntou de forma autoritário, pois mesmo que estivesse em um lugar estranho ela ainda era Júlia Mendes, a mulher nada respondeu apenas fez um sinal para que ela o seguisse e saio andando, sem muitas alternativas Júlia foi atrás dela, pois seguir a estranha ainda era melhor do que morrer de frio ali no mato:
-Então não vai me dizer quem é?
Ela insistiu então a mulher a olhou de canto de olho e sem nenhuma emoção respondeu:
-Astrid a bruxa.
Júlia riu, Astrid a bruxa era sem dúvidas o nome mais ridículo que ela já ouvirá:
-Então senhorita "bruxa" pode me dizer onde estou?
Ela Perguntou e fez aspas com a mão na parte da bruxa, mas a mulher pouco se importou com o deboche e continuou andando em silêncio, Júlia se irritou com ela, mas resolveu ficar na sua já que não tinha ideia de onde estava, então as duas caminharam em silêncio até chegarem a uma cabana maltrapilha na floresta, Astrid entrou e Júlia a seguiu, não havia nada na cabana exetuando uma mulher sentada no chão que usava trapos iguais ao de Astrid:
-Então você é a nossa Valquíria?
A mulher falou se levantando e começou a mexer nos cabelos de Júlia como se a analisasse, então Júlia se esquivou e a encarou de cara feia:
-Preciso dizer que estou decepcionada! Tem certeza de que ela é a garota certa?
A mulher falou se voltando para Astrid que balançou a cabeça e disse:
-Claro que eu tenho! Ela estava na hora e lugar certo e... Olhar para as roupas dela! Com certeza não é daqui Largetha tem que ser ela a nossa chave para destruir Ivar!
Ao ouvir isso Largetha se tornou a olhar para Júlia só que dessa vez ela mostrou o cordão com a esmeralda:
-Me diga criança você reconhece isto?
Então Júlia arregalou os olhos:
-Como...como você pegou isto estava na minha bolsa.
Ela disse um pouco assustada a cada minuto que se passava esse dia ficava ainda mais estranho é ferrava ainda mais com os neurônios de Júlia, pela primeira vez em muito tempo a esnobe Júlia não tinha ideia do que iria acontecer ou do que iria fazer em seguida:
-Se o colar te trouxe até aqui então você é uma valquíria e será a minha chave para destruir Ivar!
Ela cuspiu as palavras com ódio:
-Me desculpe, mas eu não tenho ideia do quê você está falando eu nem mesmo sei o que é uma valquíria ou quem seja esse tal de Ivar!
Júlia tentou argumentar de forma direta, porém não surtiu nenhum efeito como normalmente surtia nos empregados e puxa sacos que ela conhecia, não daquela não surtiu efeito, pois não se tratava de uma pessoa comum aquela era Largetha uma temível guerreira viking e antiga rainha de Kattegat:
-Escute menina eu ainda não estou certa se você é ou não uma valquíria, mas de uma coisa eu sei você me ajudará com os meus objetivos!
Largetha disse é então Júlia vociferou para ela:
-Como pode ter tanta certeza? Você nem sabe quem sou! Criatura ridícula, posso não saber onde estou, mas sei que não vou te ajudar nesse a destruir esse tal de Ivar! Seje ele quem seja a única coisa que vou fazer agora é ir andando para casa!
E então quando Júlia terminou de estravasar toda a sua raiva para cima de Largetha a mesma puxou uma adaga e colocou no pescoço da mais nova:
-Não me desafie sua tola!
Largetha estava prestes a cortar o pescoço da outra quando Astrid interviu arrancando ela de cima da outra:
-Não se esqueça de que os deuses a enviaram pra nós! Então por Odin precisamos dela viva!
Astrid gritou puxando Júlia para longe de guerreira a mente de Júlia estava ficando ainda mais turva, aquela mulher realmente chamará pelo nome de Odin? Em que ela havia se metido? Teria sido ela sequestrada por duas lunáticas?
-Me de um minuto com ela Largetha, preciso esclarecer algumas coisas!
E com isso ela arrastou Júlia para fora, estava muito frio lá fora, imediatamente ela se arrependeu de ter escolhido um vestido curto para usar aquela manhã:
-Escute eu sei que está confusa e vai ficar ainda mais com o quê vou te dizer, mas preciso que fique calma e acredite em minhas palavras.
Astrid disse aquelas palavras da maneira mais calma que conseguia, enquanto que Júlia se restringia a encarar e esfregar os braços na frustrante tentativa de afugentar o frio:
-Você não está mais em casa, nem no seu tempo você está mais eu sei disso porque fui eu quem falou com você mais cedo, pelo corpo daquela senhora.
-não... não você está mentindo! Está me dizendo que fiz uma viagem no tempo? É loucura!
Júlia disse aturdida, fosse o que fosse que aquelas duas queria fazer com ela não tinha a menor graça:
-Venha comigo posso provar o que digo!
Então Astrid puxou por entre a floresta até chegarem ao alto de um morro e então ordenou que Júlia olhasse para baixo, foi quando ela viu uma extensa cidade cheia de casinhas de madeira parecida com o que ela viu em seus livros de história ou no filme Asterix e Obelix :
-Ai meu Deus esses são os...
-Acredito que no seu tempo nos chamarão de vikings.
Foi quando a cabeça de Júlia começou a girar ela agora acreditava naquela bruxa, porém e agora? Como voltaria para casa no seu tempo? Melhor como sendo uma brasileira entendia aquela nórdica?
Então mais e mais perguntas se formaram na cabeça dela, então ele se escorou na árvore, Astrid gentilmente segurou seus ombros e a olhou nos olhos:
-Sei que existem mil perguntas se formando nessa cabeça, mas no momento tudo o que precisa saber é que se o cordão lhe trouxe aqui você tem uma missão, então só vai embora quando ela estiver cumprida, eu acredito que seja algo relacionado a destruição de Ivar o sem ossos.
...
Naquela noite Júlia já estava vestida um vestido de trapos igual ao das nórdicas, embora se sentisse feia neles se sentiu agradecida, pois estava quentinha agora.
Ela caminhava no escuro da noite ao lado de Astrid ambas iam para a cidade que ela virá mais cedo ali Júlia se passaria por uma parente distante de Astrid que vinha de outro clã para aprender o ofício de curandeira, dali em diante ela teria que arrumar um jeito de se aproximar do líder e então o destruir.
Por Deus ela não se sentia nem um pouco confortável com isso, mas se fosse preciso matar-lo para voltar para casa sim ela o faria.
Quando chegaram próximas aos muros da cidade se depararam com um homem alto forte e muito loiro:
-Então essa é a valquíria?
Ele perguntou e Astrid assentiu com a cabeça:
-Para uma guerreira de Odin você é muito pequena.
-Acredite Ubbe ela pode ser letal quando quer e é isso o que importa.
Ao ouvir as palavras de Astrid Ubbe deu de ombros e começou a andar, as duas garotas o seguiram:
-Me diga valquíria você tem nome?
Ele perguntou olhando para Júlia, mas antes que ela pudesse responder Astrid se intrometeu:
-O nome dela é Violet!
Ubbe olhou para Júlia que sem saber ao certo o motivo apenas confirmou com a cabeça:
-Então pequena Violet seja bem vinda a Kattegat.
Com isso ele abriu uma passagem secreta no meio do muro e daquele momento em diante Júlia sem saber setenciara seu destino.
...
Júlia estava agora deitada em uma modesta cama, que ela desconfiava ser de palha, chorando enquanto todos dormiam, todos quer dizer Astrid já que a bruxa morava só e ela agora estava na casa dela.
Sua cabeça doía muito o colchão não era nenhum pouco confortável e ela se lamentava por não ter jogado aquele maldito colar fora!
Chorava, pois quem ela queria enganar? Jamais conseguiria matar alguém ainda mais um poderoso chefe viking!
Ela estava fadada a viver naquele inferno de idade média até que Deus tivesse piedade dela e pudesse morrer de peste bubônica!
Que saudades ela sentia de Mônica agora! Até mesmo da tagarelice de Élida a respeito de garotos ela sentia falta! Então se lamentou mais ainda, não se passaram nem 24h naquele maldito lugar e ela já se sentia o ser mais infeliz do universo.
-Maldita Kattegat! Maldito colar!
Ela falou consigo mesma enquanto tentava engolir o choro.
...
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Coração de leão
PertualanganBeleza e riqueza, essas eram as únicas certezas que Júlia Mendes tinha a respeito de si mesma desde a morte da mãe, porém um bizarro encontro com uma estranha senhorinha irá levar a moça a uma viagem ao século xiii onde os vikings dominavam. Então m...