Capítulo 8

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— Senhor, eu posso ajudar?

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— Senhor, eu posso ajudar?

Tento novamente, estranhando minha voz sair tão trêmula. O homem não se mexe, seus lábios formam uma linha fina, ele franze as sobrancelhas enquanto seus olhos me analisam de uma forma, eu diria, não muito gentil.

— Quem é você?

Oh minha nossa... a voz dele é grossa, rouca. Meio rude, mas se for levar em conta que ele deve estar sentindo dor, acho compreensível.

— Meu nome é Bárbara, senhor. Posso ajudar em alguma coisa? Está se sentindo bem? Quer uma água, precisa se sentar?

— Você trabalha aqui?

Aceno com a cabeça, já achando meio idiota esse questionamento todo. Se eu estou do lado de dentro do balcão, oferecendo ajuda, alguma coisa deve significar. Tento dar mais um dos meus sorrisos genéricos, que eu já jurei não fazer mais por me deixar com cara de tonta, enquanto aguardo o homem dizer o que precisa. Oferecer simpatia em momentos esquisitos é o que eu faço de melhor nessa vida.

— E deixou a recepção sozinha? Você ganha pra ficar aqui ou pra sair passeando pelo colégio como se estivesse em seu horário de almoço?

Mas...

Sabe aqueles momentos em que você se vê num filme? Não precisa nem ser romântico, um filme qualquer, imagina a cena... Você é o protagonista, o dia está ensolarado. Você caminha por uma rua tranquila, arborizada. A trilha sonora é sua música favorita e você sai, no ritmo da música, olhando os pássaros voando, brincando com os cachorros, acenando pros vizinhos, quando de repente você tropeça e cai de cara no chão?

Pois é. Essa sou eu, caindo de cara no chão com a grosseria do homem. E, deixa eu te contar uma coisa: sou ótima em oferecer simpatia. Mas sou melhor ainda em devolver grosseria gratuita.

— Não sei se isso seria da conta do senhor, agora, eu vou precisar repetir mais uma vez no que posso ajudar, ou devo procurar um gravador pra ficar repetindo a pergunta até que o senhor decida responder?

— Não é à toa que Jordie está com problemas. Olha o nível dos funcionários que ela contrata.

Sinto o fogo do inferno subir pro meu rosto, ao ouvir esse homem falar de mim dessa forma.

Senhor Tempestade [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora