Darkness & Light

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  Olhando ao redor as coisas eram escuras e úmidas, Yoongi retirou de sua mochila três lanternas logo distribuindo entre eles. Onde estavam era um caminho estranhamente linear, Sehun e Tao haviam os colocado o mais abaixo do solo que conseguiam.

– Achei que estaria mais quente aqui.

– Não fale, vá que o vulcão te escuta. – Baekhyun estava nervoso de estar naquele lugar, sentia um arrepio constante na nuca.

– Vamos seguir em frente. – Chanyeol pegou a dianteira tendo Baekhyun logo atrás pois o anjo não quis soltar sua mão.

Andavam e era como se estivessem fazendo uma espiral pela montanha em direção ao mais fundo possível. Enquanto andavam Baekhyun acabou por tirar o colete azul que vestia por começar a sentir ficar quente demais. O mais profundo que eles iam mais quente ficava, o suor estava incomodando os três, Chanyeol foi o segundo a tirar suas roupas, ficando apenas de camisa branca combinando com Baekhyun. Yoongi havia ido preparado para aquilo, apenas vestido por uma camisa confortável com letras pontudas que soletravam "Nevermind", uma bermuda e tênis.

Enquanto os três andavam em direção ao fundo do vulcão, um ser não muito distante andava pelas ruas de Seul, seu terno escuro chamava leve atenção em meio a multidão, estava calmo, pressa não fazia parte do seu espírito, não mais, talvez estivesse atrasado, não sabia dizer, porém talvez fosse bom, faria sua vítima um pouco mais cooperativa. Passando por dois guardas bem vestidos após cumprimentar desceu as escadas já podendo escutar os gritos em russo. Felizmente havia tido tempo suficiente para aprender praticamente todas as línguas vivas e mortas. Entrou no porão escuro iluminado por apenas uma lâmpada velha.

– Então, será que está pronto pare me contar o que tanto ando te perguntando? – Se sentou na cadeira enquanto observava o corpo nu balançando de um lado para o outro amarrado por correntes. – Vamos lá Lay, conte para mim. Você é medium afinal de contas, deve saber dessas coisas. – O tom rouco e debochado fazia as bochechas de Lay vermelhas de ódio. – Vou perguntar apenas mais uma vez. Onde.Está.A.Chave?

Diferente do esperando agora os palavrões de Lay eram profanados em coreano.

– Não foi isso que perguntei. – Pegou sua faca favorita de cima da mesa de ferramentas. – Sabe, você podia colaborar, está ficando chato correr por aí atrás de caras que dizem saber sobre o sobrenatural mas ninguém realmente sabe nada. – Balançou a cabeça em discordância. – Está ficando cansativo. – Retirou seus anéis colocando em sua cadeira. – Você sabe o que é uma chave certo? – abaixou para que sua cabeça ficasse na altura da de Lay. – É algo assim. – A respiração de Lay acelerou quando sentiu o metal rasgar sua carne repetidamente, o corte passou por cima do lugar onde o mamilo deveria estar, fazendo Lay gritar pela ardência na ferida não curada.

– POR FAVOR!! PARE!! 

– Oh, pobre Lay. Ainda não entendeu? – voltou seu olhar para os olhos suplicantes de Yixing. – Só irei parar quando responder às minhas perguntas.

As lágrimas caiam ao chão junto as gotas de sangue do desenho torto de uma chave que havia em seu peito ao lado esquerdo. Tudo havia acontecido tão rápido, um dia estava em sua cozinha fazendo sua janta e outro estava sendo arrastado para um lugar escuro demais para a luz que estava acostumado a ter, talvez se houvesse luz agora sentiria como se seus olhos fossem sangrar, sabia o perigo que seria revelar qualquer coisa mas Lay estava a duas semanas sendo torturado, seu corpo estava no limite, não havia mais unhas nos dedos e nem partes do corpo não marcadas. Por mais que soubesse que Lay não daria respostas, continuava sua tortura, precisava descontar sua frustração em alguém.

– Sabe Lay, eu tenho todo o tempo do mundo. Todo tempo do mundo.

Voltou a sua cadeira para pegar seus anéis, ajeitou seu Blazer pronto para sair daquele lugar.

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