Bad Dream

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  Sehun nunca imaginou que sua primeira missão na terra seria em um dos únicos lugares onde não haveriam pessoas ou sequer muitos animais. Felizmente comparado ao submundo estar no deserto não era tão quente, apenas estava incomodado com a areia e irritado por estar esperando o anjo que o acompanharia. A missão era simples, achar e retirar o manto da Morte de onde estivesse e levá-lo de volta para ela.

Uma sombra grande surgiu por cima dele e logo percebeu ser um anjo pelo formato que breu tinha de asas. O cabelo grande se moveu pelo lufo de ar que foi em sua direção com o pouso do mais novo estagiário da Morte.

– Está atrasado. Pra quem tem asas achei que chegaria na hora. – Sehun resmungou mau humorado, Luhan escutou e apenas riu baixo. – Vamos logo.

– Estava ajudando a Morte a manter as gatas dela bem acomodadas enquanto ela não estivesse em seu palácio. – Luhan dizia empolgado. – A Morte ter gatas é tão adorável, e o palácio é tão lindo que sentiria vontade de chorar se não fosse um lugar tão neutro.

Sehun o olhava achando estranho aquele comportamento alegre e apaixonado do anjo.

– Você é sempre assim? Tão...alegre?

– Não eu...me falaram que estar na terra libera novos sentimentos e eu acho é difícil controlar a minha admiração. – Luhan sorriu abertamente. – Mas é irresistível quando se passa tanto tempo na presença de um ser tão magnífico e esplêndido. 

– Okay, fã número 1 da Morte. Temos que ir, tente se controlar por favor. – Sehun não iria adimitir mas sentiu um sentimento estranho, achou fofo a maneira que o anjo se comportava. – O mais rápido que voltarmos o melhor, assim vai passar mais tempo com sua querida Morte. – Não queria debochar mas sua ironia parecia parte de sua voz em qualquer frase, felizmente Luhan não havia se abalado.

– Vamos precisar andar mais um pouco até acharmos os destroços de onde está.

Eles andaram até que uma entrada praticamente enterrada por terra fosse vista, Sehun foi até a mesma e empurrou a porta feita por pedra e seu corpo se desequilibrou com o quebrar da entrada e quase caiu para dentro do local porém felizmente foi segurado pelas mãos de Luhan posicionadas em sua cintura. Assim que recuperou o equilíbrio tirou as mãos do anjo de seu corpo.

– Cuidado. – Luhan disse acanhado, sentia seu corpo esquentar de um jeito estranho.

Olharam para o local notando que era uma queda enorme até o fundo e não teriam outra opção além das asas do anjo. Novamente as mãos do anjo estavam na cintura do demônio e Sehun se sentia conflitante, não sabia dizer se gostava ou detestava. Já o anjo queria sair daquele lugar. Enquanto desciam se pegou lembrando das palavras da Morte "Deve controlar e se possível extinguir seus sentimentos mais fortes, não conseguira ser um ceifeiro se houver qualquer resquício de hesitação em suas ações. " E lá estava ele sentindo os sentimentos mais fortes de toda sua vida. Seria Sehun ou o planeta o causa de tudo aquilo? Não sabia, mas queria distância de ambos. Ser um ceifeiro era tudo que ele sempre quis e um demônio que acabará de conhecer não ia mudar seus objetivos. Tocaram ao chão e o local estava completamente escuro.

Sehun então pegou sua mochila e pós suas mãos dentro da mesma retirando uma lanterna e então percebeu que apenas havia uma no espaço normal dentro do objetivo, havia se esquecido de que teria companhia. Torceu para que a invenção de Seokjin funcionasse, era uma mochila que produzia o que você pedisse, mas certas vezes necessitava de instruções específicas.

– Mochila, eu quero uma lanterna potente, leve e de um tamanho mediano. – Um brilho amarelo se fez presente em um dos grandes bolsos e assim que o brilho parou Sehun pegou de lá outra lanterna logo alcançando para Luhan. – Obrigada Seokjin.

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