Capítulo 7

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Depois que ele disse isso ficamos nos encarando. Até que ele resolve quebrar o silêncio.

Jony: Sabe, aqui tem um lugar que ninguém conhece. Vem comigo.

Então andamos um pouco até chegar em um lugar com várias flores como se fosse uma cerca e no meio duas árvores com suas folhas  cobrindo a passagem, como se fosse uma porta. Ele chega as folhas pro lado e passa, depois segura para que eu passe. Assim que passo me deparo com um lugar florido com um lago gigante no meio e com uma cascata que derrubava água no lago. Era super lindo. E quando olho pro canto vejo uma casinha,  super linda e aconchegante.

Eu: Nossa Jony, aqui é lindo! - falo olhando e sorrindo para ele - Como você descobriu esse lugar?

Jony: Meu avô me trouxe aqui quando eu era pequeno. Aquela cabana era dele, mas ele deixou para mim, antes de morrer. E então eu sempre venho aqui quando preciso ficar sozinho. Já que ninguém conhece aqui, ninguém vem aqui, então ninguém vai me atrapalhar aqui.- fala olhando pro chão.

Como percebi que ele não queria falar sobre isso, resolvo quebrar o gelo.

Eu: Aposto que você traz  muitas meninas aqui- Digo com um sorriso irônico.

Jony: Não. Só as que me irritam muito. - ele olha para mim com um olhar brincalhão.

Eu: Ae? E posso saber quem são essas meninas? - falo brincalhona também.

Jony: Na verdade é só uma. Ela começou a morar comigo esses dias, e é realmente muito chata - nós rimos. - Mas sério. Você é a única pessoa viva, além de mim, que conhece esse lugar.

Eu realmente estava me sentindo privilegiada. Não conheço muito o Jony, mas parece que ele não é o cara que eu pensava ser.

Eu: Nossa, e posso saber por quê esse privilégio?

Jony: Calor do momento. Você falou sobre as borboletas. E eu acho isso um privilégio também. Então achei justo dividir isso com você.

Eu: Dividir?

Jony: Da mesma forma que vou fazer uma tatuagem de borboleta, você pode vir aqui quando quiser. - nossa eu não esperava por isso. Fiquei surpresa.

Eu: Tatuagem é?

Jony: Óbvio que vou dar uma masculinizada né? - nós dois rimos, já que ele fez uma cara de valentão. Então depois ficamos nos encarando.

Era estranho como eu sentia conhecer o Jony a muito tempo. Nos conhecemos a pouco, mas sei lá, consigo me abrir com ele.
Quando percebo que estamos muito tempo em silêncio, quebro o clima.

Eu: E aquela casa? Tá aberta? - falo encarado ela.

Jony: Não. Eu tenho a chave bem aqui. Mas só abre para pessoas lindas como eu. - fala balançando a chave na minha frente com um olhar convencido.

Eu: Nossa! Perfeita e exclusiva para mim! - Então pego a chave e saio correndo - Você nunca vai me pegar - Falo rindo e olhando para trás.

Jony: É o que veremos! - Fala vindo atrás de mim. Logo ele me alcança me abraçando pelas costas e me carregando em seu colo naquela posição que casais fazem no casamento com a noiva no colo, sabe? - Nunca aposte corrida com um jogador de futebol. - ele fala rindo. - Sabe, eu deveria te punir por isso. - então ele pega a chave e os celulares e joga no chão.

Eu: Jony, o que você vai fazer? - falo com medo.

Jony: Com medo senhorita Harris? - fala sorrindo, e nossa, que sorriso. Para de pensar isso. Droga. Logo entendo o que ele vai fazer e começo a me debater.

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