CAPÍTULO 02

95 19 56
                                    

******Beatriz*******

Marquei de ver as meninas no bar de sempre, ele fica bem no meio da cidade e é bastante movimentado, gosto daqui, quando precisamos esquecer algo todas nós nos encontramos aqui.

-Vocês ficaram sabendo o que aconteceu?- eu disse na esperança delas saberem.

-Não, o que houve? O Alexander pediu para morar com você? - Ingrid disse.

-Você já sabia?- eu disse surpresa.

-Claro, ele é meu melhor amigo lembra?- ela ri- e aí você aceitou?- ela perguntou ansiosa por um sim.

-Eu ainda nao respondi ele- disse e abaixei a cabeça.

-Porque? Você esta apaixonada por ele Bia, da pra ver isso- Lorraine se pronuncia.

-Eu sei, mas não é tao fácil assim, principalmente quando o Matthew voltou para a cidade e vamos ter que trabalhar juntos- eu disse e senti aquele furacão de sentimentos voltar.

-O que? Ele voltou? Como você esta? Vocês se viram?- Lorraine cospe a bebida.

-Sim, hoje no almoço logo após o Alexander me pedir para morar com ele eu tive uma reunião para apresentar um novo funcionário, e foi ai que o Matthew entrou na sala de  reuniões- suspirei lembrando do momento.

-Meu Deus, você ainda esta apaixonada por ele- a Ingrid diz.

-Não, não estou, ele passou todo aquele tempo fora e não deu notícias, ele nao pode simplesmente voltar e achar que tudo vai ficar igual- eu disse sentindo que estava mentindo para mim mesma.

-Da para ver nos seus olhos que você ainda sente algo Beatriz, cuidado para isso não atrapalhar você e o Alexander- Lorraine diz- o Matthew é meu melhor amigo, mas o Alexander não merece que seu amor esteja divido.

-Acho que é meio cedo para conselhos de indecisão ne Lorraine, o Matthew apenas voltou para cidade, não vou procurar a Beatriz ainda, talvez isso que ela sinta seja apenas saudade, ele foi o primeiro amor dela, é normal- Ingrid disse e ate pareceu alguem responsável.

-Quem te ouve falando assim nem imagina como você é- eu disse e nós rimos.

Bebemos e acabei esquecendo tudo o que havia acontecido naquele dia.
As meninas foram embora e eu fiquei porque não conseguia achar as chaves do meu carro.

-DROGA- eu gritei quando já tinha procurado umas 10 vezes na minha bolsa.

-Precisa de carona?- uma voz grave e familiar aparece atrás de mim.

-Nao, eu só preciso achar minhas chaves- eu disse olhando mais uma vez na bolsa quando decido me virar para ver quem é.

-Oi Beatriz- Matthew diz e se aproxima de mim.

-O..oi- eu gaguejei ao olhar para ele.

-Eu posso te levar se você não achar suas chaves- ele se oferece mais uma vez.

-Não precisa, eu pego um táxi- eu disse me virando quando ele segura meu braço e se aproxima mais de mim- acho melhor você se afastar- eu disse quando ele estava próximo o suficiente para eu ouvir sua respiração.

-Voce nao precisa ir de táxi- ele diz e pega na minha cintura, no bolso do meu casaco para ser mais específica- aqui está suas chaves- ele tira minha chave do meu bolso e me entrega.

-Obrigada- pego a chave e me viro para entrar no carro quando escuto as risadas dele.

-Nos vemos amanha na empresa?- ele diz depois que eu entro no carro.

-Infelizmente- o deixo com uma cara surpresa e saio dali o mais rápido possível.

No outro dia acordo com os raios de sol invadindo meu quarto. Parece que ontem foi apenas um sonho estranho, hoje vai ser melhor, vou evitar o Matthew o dia todo e me encontrar com o Alexander.

-Bom dia Luiza- digo para minha secretária.

-Bom dia senhorita, o senhor Mayer pediu para avisar que esta na sua sala te esperando- ela diz com a voz meiga.

Luiza é uma senhora muito simpática e eu a amo como se fosse minha mae, ela sempre esteve comigo aqui na empresa e me ajudou em vários problemas pessoais.

-O Victor está lá? À essa hora?- perguntei pegando um café.

-Não esse Mayer, o outro, o filho de Victor- ela diz e eu percebo de quem está falando.

- Obrigada por me avisar Luiza, da próxima vez não o deixe entrar na minha sala por motivo algum- eu disse e dei um beijo na bochecha dela.

-Juízo menina- ela diz e sorri.

-Bom dia Beatriz- ele diz com as mãos no bolso da calça sentado na minha mesa.

-Você pode por favor sair de cima da minha mesa?- eu disse me sentando na cadeira e colocando minhas coisas em cima do espaço desocupado que havia.

-Bom, o que nós vamos fazer hoje?- ele pergunta olhando os papéis que haviam deixado para eu avaliar.

-Nós não vamos fazer nada, eu vou avaliar esses papéis, voce pode procurar o que fazer- eu disse começando a olhar os documentos.

-Eu vou te ajudar- ele disse pegando os papeis da minha mão.

-Não preciso da sua ajuda- eu disse pegando de volta.

-Meu pai disse que você ia me orientar aqui na empresa, então eu vou te ajudar- ele diz e pega os papéis novamente.

-Você pode ficar ali no canto da sala observando eu trabalhar em silêncio- eu disse pegando os documentos- ou então pode ir para outro lugar- sugeri olhando nos olhos- quem sabe para a Califórnia- sorri sarcástica.

-Já entendi, você não me quer aqui- ele senta em um sofá que tem na minha sala.

-Que bom que percebeu- dou uma risadinha.

-Que pena, porque eu não vou a lugar nenhum- ele sorri e pisca.

Hoje o dia vai ser cheio!

Agora é amorOnde histórias criam vida. Descubra agora