Essa fic não ficou muito boa, mas eu gostei do tema em si, então talvez eu erram ela ou faça outra com o mesmo conceito.
Nota: eu coloquei o aniversário da S/n sendo dia 19 para não ter de ficar colocando "seu aniversário" ou " tantos dias antes do seu aniversário" mas ignorem isso.
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16h57. Daqui a pouco ela vai estar passando por aqui. Sempre as 17h uma menina passava de bicicleta por aqui, antes eu ia para as aulas de dança de bicicleta e acabava encontrando com ela, mas nunca nos falamos. Depois de um tempo só andando um ao lado do outro, eu tive uma torção e tive que parar de fazer esforço por um tempo, mas não parei de vir aqui, sentar em qualquer lugar, e a ver passar de bicicleta, depois de tanto tempo, acabou virando rotina, se eu não a visse no dia, sentia que estava faltando algo, não algo importante, mas aquele algo pequeno no qual você pensa antes de dormir, ou a sensação de lembrar de ter colocado o celular no bolso, porém você toca nele e seu celular não está mais lá, ver a vida passar diante dos olhos, e encontrar ele no outro bolso, a sensação de esquecer algo que está a sua frente acenando para você.
Hm? Ela estava em uma caminho diferente hoje, estava na trilha que passava mais próximo ai banco em que eu estava, o que era meio perigoso, pois algumas arvores nasceram na trilha, tendo que desviar das mesmas, mas isso não parecia ser um problema para ela, que desviava com facilidade. Pelo menos era o que eu achava..
Assim...existiam dois caminhos: a direita, desviar da arvore; a esquerda, cair em uma moita ao lado da arvore. É, ela escolheu a esquerda. Ela não estava longe e eu levantei rápido para ajuda-la, mas nao aguentei, no caminho a ela comecei a rir muito dela jogada em uma moita, tentando levantar, e a bicicleta no chão.
S/n: Se não for para ajudar, nem chega perto! Eu te castro com esse guidão!
Falou ainda sentada tentando tirar algumas fohas da roupa.
Jn: Desculpa, mas foi engraçado.
Falei ainda rindo.
S/n: Percebi.
Estendi as mãos para que a menina se levantasse. Dito e feito, ela segurou minhas mãos com força e eu me empurrei para trás balançando nossos pesos, a fazendo levantar.
S/n: Você é aquele menino que sempre andava de bicicleta mais ou menos no mesmo horário que eu volto da aula de musica... Oi.
Afirmou dando batidinhas na roupa, e, depois de uma breve pausa, me disse oi olhando para mim. Em todo esse tempo eu achava que ela nunca tinha, nem ao menos, me visto. Que a minha falta em uma bicicleta perto da dela não faria diferença nenhuma para a menina.
Jn: Ahh.. Oi! Jeno.
Estendi a mão como forma de cumprimento e ela novamente a segurou, dizendo seu nome.
S/n: S/n.
Jn: Esta machucada S/n? Porque sua bicicleta morreu nesse tombo.
Falei levantado a pobre vítima que estava enroscada em alguns galhos da moita.
S/n: Ah, acho que só alguns arranhões.
Ela pegou os guidões de minhas mãos e ageitou a bicicleta para continuar o caminho andando após me agradecer pela ajuda, mas quando percebi, estava andando ao lado dela, conversando sobre coisas aleatórias do dia-a-dia e cultura inútil, como sorvetes coloridos, flores, ou porcos terem orgasmos por trinta minutos, eu não sei, me deixem.
Acabou que viramos bons amigos em pouco tempo, todo sábado iamos na casa de um dos dois e viamos filmes, séries, programas de variedades e comíamos muito. Muito chocolate, doce, pipoca, chips, sorvete, acho que em 3h eu ganhava 3kg, além de dançarmos como dois retardados que, na verdade, nós somos. Nós afastávamos o sofa e enrolavamos o tapete, aumentávamos o volume da TV que estava tocando música e, se bobiar, a gente subia na mesa da cozinha, além do sofa. Era realmemte bom eu ter conhecido alguem como ela para existir na minha vida boba.
Era dia 17, o aniversário de S/n estava chegando e eu queria fazer algo especial para ela, que moveu minha vida. Ela não gosta de coisas que a deixem muito desconfortável, como restaurantes e roupas chiques, mas coisas simples e memoráveis nós faziamos todas as semanas.
Hmmmm..... Tenho uma ideia.
Passei os dias 17 e 18 procurando uma bicicleta nova para ela, a dela está toda destruída desde a queda na moita, encontrei uma que me lembrou dela assim que vi, e ainda tinha várias marchas, para evitar uma muito possível queda nova.
Não foi tão caro quanto pensei, achei que a tortura seria pior, não tenho do que reclamar, agora só falta arrumar o cenário.
Finalmente dia 19 chegou. Coloquei vários LEDs na bicicleta logo que a comprei, e a enchi de flores que sabia que se/n gosta, e deixei-a amarrada a árvore do parque na qual a menina não conseguiu desviar e caiu na moita, que virou apelido.
Eu e S/n fomos apé até o parque. Como de bicicleta é mais rápido, demorou um pouco mais para chegarmos lá, mais o tempo que nós para vamos na rua para zoar um com o outro ou dançar alguma coisa aleatória que passava em nosso fone de ouvido compartilhado, acabou que estava escurecendo e não tínhamos chegado ainda. A uma hora dessa eu tinha medo de que o meu presente tivesse sido roubado, não gastei tanto tempo assim, mas o que não foi de tempo, foi de dinheiro. Flores estão tão caras agora, acho que as flores ficaram mais caras do que a própria bicicleta! Ela é tipo minha filha agora!
Quando chegamos no parque havia um pequeno aglomerado de pessoas perto da árvore, viu, ela foi roubada! Ou foi o que eu pensei, mas as pessoas estavam apenas tirando fotos da minha filha, das pétalas voando aos poucos com o vento e os LEDs piscando em meio a escuridão da noite e os postes de luz do parque. Peguei S/n, que estava maravilhada com a visão, pelo pulso e levei-a até a bicicleta em meio a todos e tirei uma chave do meu bolso, na qual eu mostrei rapidamente para a menina confusa, e logo me agaichei e a encaixei-a na fechadura da corrente que prendia uma das rodas a árvore. Tirei a chave e tirei o cadeado fazendo a corrente cair no chão com o barulho amaciado pela grama. Me levantei do chão e peguei os guidões da bicicleta, a aproximando de S/n.
JN: Feliz aniversário S/n.
Minha visão foi iluminada com um sorriso grande por parte da menina a minha frente, uma visão que eu não quero esquecer nunca na minha vida. Ela estava feliz de verdade, tanto quanto eu.
Nós distribuímos as flores entrar as pessoas espalhadas pelo parque e então ela começou a andar na minha filha, dando voltas e voltas ao meu redor, e mesmo depois de eu ter subido na garupa, continuamos a dar voltas e mais voltas por aí até a fome bater e irmos comprar cachorros-quentes de rua.
Obrigado S/n. Por me dar a sua presença na minha vida. Por me dar a diversão que eu nunca tive.
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Turum!
A estória está meio incompleta e meia-boca... Mas coisas incompletas e meia-boca fazer parte da vida, é isto.
Me desculpem e obrigada por ler!
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