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Capítulo dois

ㅡ Diga o que irei te dar. ㅡ disse, por fim.

ㅡ Entregue Jungkook a mim. ㅡ Assim que as palavras pesadas de Kim foram ouvidas por Kawang, o homem sentiu-se fraco, e debilitado. Sem palavras para poder responder.

Teve de passar a mão pelo rosto, e negar com a cabeça, franzindo o cenho. Como ele poderia entregar seu único filho á um homem louco, que nunca sequer demonstrou ter qualquer tipo de sentimento, a não ser o ódio?

Era loucura fazer aquilo, e era uma maldade imensa para com o garotinho assustado que chorava do outro lado da parede. Jungkook negou e não conteve um soluço alto, que teve como resultado lágrimas grossas caindo em seu rosto.

O adolescente não pensou em mais nada, antes de sair correndo do local, e se trancar em seu quarto.

Já Kawang, ㅡ que nem ao menos percebeu a movimentação que Jungkook fez ㅡ, colocou a cabeça entre os joelhos, e voltou a falar com o agiota, que espera pacientemente enquanto aproveita sua bebida.

ㅡ Eu não posso fazer i-isso...não posso... ㅡ Kawang bradou, e o Kim sorriu para si mesmo. Sentiu uma fisgada abaixo do ventre, em pensar no fato de que logo a mais teria um menino puro para corromper. Aquilo lhe parecia muito excitante.

ㅡ Não discutirei isto contigo. ㅡ Kawang apenas sentia seu coração palpitar muito rápido. ㅡ Muito distinto de você, tenho coisas á fazer. E ficar a ouvir lamúrias de um pai falso, não está entre elas. ㅡ aquilo que deveria ter machucado os sentimentos paternos de Kawang, apenas o amendrontou ainda mais por saber que não teria escapatória da morte. ㅡ Amanhã, as oito em ponto, você e o garoto deverão estar em frente ao terreno abandonado do necrotério joh-eun pyeonghwa. O menino tem de estar usando um moletom com capuz, ou algo que tampe seu rosto. E tu, não leve nada. Apenas teu celular. Lembre-se, está sendo observado.

O Kim continuou a dar as instruções por um bom tempo. E Kawang não tinha outra escolha, ㅡ ou na verdade, tinha, mas não conseguiria enxerga-la a tempo.

Ao fim da ligação, o sol já estava clareando o azul escuro, para um azulado mais claro. E o homem saiu cozinha após lavar o rosto, e tomar muita água.

Deveria acordar Jungkook daqui a um tempo, e enquanto isso, tentaria acertar suas contas com a divindade superior.

. . .

Por volta das sete horas, Jungkook entre abriu os olhinhos depois de cochilar nada tranquilamente por poucos minutos. Sentia-se cansado de tanto chorar, e tremer por medo. Por um momento resolveu pensar que tudo o que havia ouvido mais cedo, era apenas um pesadelo ruim, mas quando seu pai invadiu seu quarto com um rosto nada bom, percebeu que talvez aquilo não fosse só uma ilusão de seu cérebro.

ㅡ Jungkook... ㅡ Kawang balbuciou, e o adolescente se sentou na cama, assustado. ㅡ Vista um moletom, iremos sair.

Disse ele.

Jungkook sentiu os olhos esquentarem, e se encolheu mais no único lençol que tinha.

ㅡ Para onde vamos? ㅡ perguntou, encarando seu pai com medo.

ㅡ Apenas se vista com o moletom, não me faça perguntas. ㅡ o mais velho se virou para andar até a porta, mas o adolescente o parou.

ㅡ Mas pap-

ㅡ Para Jungkook!!! ㅡ gritou alto, não se arrependendo ao notar que alguma lágrimas já manchavam o rosto do jovem. ㅡ Vista-se e me encontre na sala, não traga nada. 

Disse por fim, ainda gritando com o pequeno. Saiu do quarto, irritado, e esperou impaciente na sala, andando de um lado para o outro.

Jeon, que já chorava novamente de medo, se levantou da cama e foi até seu miúdo guarda roupa, vestir seu moletom rosa desbotado. Colocou a peça por cima de sua regata branca, desgastada pelo tempo. E não trocou os shorts de dormir, apenas calçou sua sandália, e foi de encontro com seu pai.

Andou até a sala, e ao chegar, o velho o analisou de cima a baixo, antes de puxa-lo com força pelo braço, para fora da casa humilde.

ㅡ Espera. ㅡ o Jeon novo parou de acompanha-lo, e abraçou a si mesmo, procurando um apoio. ㅡ Aonde o senhor está me levando? ㅡ perguntou, com a voz tremida.

Kawang puxou o ar, já sem paciência, e retomou a caminhada, sem deixar o menino lhe escapar das mãos outra vez.

ㅡ Você não tem direito de abrir essa tua boca, garoto. ㅡ indagou enfurecido, abrindo o portão baixo, e logo o fechando. ㅡ Agradeça por viver. ㅡ resmumgou para si mesmo, enquanto ouvia os soluços do pequeno atrás de si.

Era certo que Jungkook tinha um futuro, ㅡ talvez não o que imaginou, mas de certa forma iria viver para te-lo. Mas Kawang sabia que não passaria outra noite no bar, bebendo e contando mentiras para si mesmo. Não teria futuro.

. . .

Tudo naquele dia aconteceu rápido demais. Kawang ao parar em frente ao necrotério, recebeu uma ligação de Kim, e o atendeu contra sua vontade. Jungkook estava inquieto, tremendo muito, por uma mistura de ansiedade ruim, medo, e frio causado pela madrugada. Aquilo estava matando lentamente o psicológico de Kawang.

ㅡ Um carro preto está vindo em sua direção. Segure Jungkook até que um homem estacione o carro a alguns metros, ande até você, e pegue meu pagamento. Depois disto, fique aonde está, e morra tranquilamente na presença de um de meus escravos. Foi um prazer fazer negócio com você, cão.

Após isso, a ligação foi finalizada, e então o carro que foi citado na ligação estacionou a alguns metros de distância da calçada do necrotério abandonado. Kawang suspirou, e antes de perceber o choro de seu filho intensificar, o mesmo agarrou a cintura do pequeno, o imobilizando.

O adolescente olhou para o lado, e viu um homem carrancudo se aproximar dos dois. Teve a certeza de que morreria ali mesmo. E ao virar para o outro lado, avistou outro homem, vestido igual ao primeiro, caminhar lentamente na direção de ambos, com uma arma em mãos.

Jungkook esperneou o quanto pode, enquanto chorava e pensava no pior, até ser largado no chão por Kawang, e pego no colo pelo homem carrancudo, que tapou seu nariz e boca com um pequeno pedaço de pano branco, ebebecido no álcool, até que o garoto não estivesse mais consciente. Os gritos que Jungkook antes estrilava, poderiam ser ouvidos facilmente por quem passasse naquela rua, mas era quase impossível alguém caminhar por ali, já que era uma rua deserta, sem comércio, e com muitos terrenos vazios. Era considerada perigosa.

O escravo de Kim, ㅡ o mesmo que andava tranquilamente com a arma ㅡ, se aproximou o suficiente de Kawang, e naquele momento, nada mais fora ouvido, a não ser o som do disparo, e o motor de um carro luxuoso ranger para longe do necrotério.

                                                                       

▪ ▪ ▪

Olá! Atualizei depois de muito tempo, mas espero ter agradado com essa att. Obrigada pelos comentários do capítulo passado, foram poucos mas me deixaram muitíssimo feliz ♡.

As interações do casal já começarão a aparecer, peço desculpas pela enrolação rsrs.
E deixem uma estrelinha para ajudar se gostaram do capítulo. Até mais.

DEVIL¡! • TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora