Escala de Tom.

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– Eu não entendi. – Procurou ganhar tempo para dar uma explicação digna. – O que disse?

– Você não me questionou sobre o áudio que lhe mandei outro dia.

– Oh... – Deu uma risadinha para lá de engraçada. Lauren foi coagida a rir. – Não lhe disse nada a respeito porque foi bobo e você havia bebido.

Lauren fechou o zíper da blusa até o pescoço.

– Eu peço-lhe desculpas, não estou acostumada a tais hábitos.

– Você está desculpada, Lauren Michelle. – Camila olhou alguma coisa no celular. – Precisamos voltar.

– Mas já? – Levantou, apesar de tudo. – Vamos lá! – Segurou nas mãos de Camila e puxou-as. O impacto foi tão forte que acabaram indo para trás e Jauregui bateu as costas no concreto. – Au!

– Você machucou? Desculpa mas foi hilário.

– Jesus do céu, Camz. – Esfregou as costas por cima da blusa, mas além de tudo, foi sorrindo. – Você é um desastre ambulante! – De brinde, ganhou uma cotovelada.

– Foi minha culpa? Sério? – Entraram no elevador. – E se de repente o elevador despencasse edifício abaixo, seria eu a incriminada também?

– Não diga uma coisa dessas. Eu morreria. – Sentiu um calafrio e remexeu-se toda. – Um horror.

– Ahá! – Virou os olhos para cima, de olho no teto do elevador. – Eu teria um desses. Com toda a certeza do mundo. E você?

– Não. – Replicou em um tom animalesco. – É apenas admirável, não algo de se ter em casa.

– Lauren, ás vezes sua sinceridade custa caro. – Saíram.

– Aé?! – Lauren esperou-a passar na frente. – Por quê? – Colocou o capuz da blusa de frio, Camila fez o mesmo.

– Pensei que fosse dizer algo como: "Uau garota. Um desses seria legal, você poderia até adivinhar a previsão de tempo sem abrir as janelas de casa". Ou até mesmo: "Você poderia assistir a um videoclipe enquanto sobe, ou desce".

– Pensarei em algo semelhante da próxima vez.

– Olha, eu espero.

Na rua, Camila foi reconhecida e aceitou tirar uma foto com um fã. Foi um tanto rápido, não queria chamar a atenção. Lauren escapou por muito pouco, o garoto olhava-a, mas ela manteve-se longe e de cabeça baixa.

– Brrrru! – Camz fez um barulhinho. – Que frio. Podemos tomar um chá? Ou algo muito quente?

– É claro. Vamos!

Pararam no Bibble & SIP, já que estavam pelas redondezas de Manhattan. No café, havia apenas empregados, três ou quatro, ambas não deram muita atenção. Lauren sentou de costas para o balcão e Camila sentou-se de frente para ela. As luzes estavam todas acesas, dando muita claridade ao espaço, as mesas eram todas de madeiras, assim como as cadeiras. Ali, preservavam a natureza,por todos os cantos, plantinhas agradáveis enfeitavam os lieds.

Colocavam o assunto em dia, durante a espera de suas bebidas. Lauren escolheu um lavender latte, uma espécie de café cremoso com leite de amêndoas, mais conhecido como: Céu em uma xícara. Já Camila, optou por um chocolate quente com marshmallows. Com a bebida em mãos, Cabello sorriu feito criança.

– Isso é tão... Hmm... – Gemeu, fechando os olhos. – É a melhor coisa do mundo.

– Nos últimos tempos você vem agindo como uma formiga. – Lauren saboreou seu pedido, e sorriu.

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