A terapia de Camila.

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A febre de Camila só fez aumentar seus tremores. Ela não conseguia levantar da cama sem resmungar. Ainda alucinava um pouco, via tudo atrapalhado, eram sensações desagradáveis para ela. Lauren preparou um banho morno, em seguida, ajudou-lhe a entrar na banheira. Camila sentia o rosto soar, mas não passava de impressão, ele estava muito quente.

– Chega, não dá. – Lauren pegou uma toalha. – Vamos, lá. Levante devagar.

– Aqui parece bom. – Ela ergueu-se aos pouquinhos.

– Iremos te levar ao hospital. Não posso te dar assistência em casa. Isso não é uma simples febre. Não sabemos o que há de errado, perdoe-me. – Ela enxugou o rosto e o peito de Camila, fazendo movimentos circulares e lentos com a mão.

– Laur? – Alexa bateu na porta do banheiro.

– Entre.

Ela entrou e virou o rosto. Apesar de tudo, Lauren sorriu. Alexa tinha muito respeito. Sem descuidar, ela terminou de secar o corpo de Camila, embalando-a com o roupão.

– Eloise chegou. – Alexa apressou-se em ajudá-la com. Ela estava ciente de tudo, mas seu rosto parecia confuso.

– Agora sim. – Camila chiou, indo sentar na ponta da cama sozinha.

– Ela trouxe alguém...

Lauren e Camila olharam para Alexa. Ela mordeu o lábio, culpada.

– Quem? – Quis saber Lauren.

– A mãe de Camila.

– Ai que merda... – ela desabafou, caindo no colchão. – Hoje não é um bom tempo...

– Ofereça algo a elas. – Lauren agitou as mãos. – Camz já descerá. Nós precisamos levá-la ao hospital, a febre só aumenta.

– É, ela me parece bem debilitada. – Alexa murmurou, dirigindo-se a porta. – Fique tranquila, eu cuido delas.

– Obrigada, amiga. – Ela piscou e desceu.

Eloise estava impaciente, já a mãe de Camila carregava uma sombra de preocupação nos olhos azuis.

– Ela já descerá. – Informou Alexa, esperando não parecer indelicada. – Nós precisamos levá-la até o hospital. Está com febre desde a madrugada.

– Ela nunca fez nada parecido. É uma moça direita, não entendo o que há.. – a mãe dela deplorava.

– Fique calma. – Alexa foi consolá-la de perto. – Ela vai ficar bem, foi só um deslize. – disse. – Vocês aceitam uma bebida?

– Eu estou bem. Obrigada, Alexa. – Eloise atreveu-se a sorrir, enganando a vontade de matar sua amiga que estava no andar de cima.

Sinuhe aceitou um pouco de água e foi conduzida até a cozinha.

Lauren desceu as escadas, branca como um fantasma. Ao olhar Eloise, ela correu até ela, puxando-a pela mão.

– A Camila!

– O que aconteceu? – ela seguia os passos agitados de Jauregui com curiosidade e pânico.

– Ela está debatendo-se, eu não consigo... – Lauren ficou perdida, estava horripilada.

– Hey! – Alexa estranhou ver Lauren puxando Eloise daquela forma desajeitada. – O que foi Lauren?

– Camila está tendo convulsões! – disse, com pressa. Talvez não fosse uma convulsão, mas no momento o palpite não importava.

Elas seguiram para o quarto. Lá Camila debatia-se muito em cima da cama, seu corpo tremia muito, ela semelhava uma pessoa levando um choque. Terrível.

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