🔷Capítulo 21🔷

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Melina:

Nossa convivência tem sido ótima como namorados, temos passado mais tempo juntos e com os meninos. O Matheus ao contrário do Matheus antigo, foi a minha casa e pediu minha mão aos meus pais e frequenta minha casa sempre quando pode.

Os meninos que já se davam bem com minhas sobrinhas agora quase não se desgrudam e por terem a mesma idade tem gostos muito parecidos.

Quando a Cláudia viajou com o Miguel, pegamos os quatro e levamos ao cinema, foi uma noite de muita alegria e felicidade para os pequenos. Amo vê-los felizes.

Como nossos horários coincidem, todos os dias o Math vem me buscar na escola, já que os meninos estudam pela manhã, às vezes me deixar também. Na saída, quando ele vem é que decidimos se vamos para minha casa ou pra dele. Tenho dormido várias vezes lá e sempre acordo com beijos duplos e dois lindos me chamando de mamãe. Fico toda boba.

Estou me sentindo tão feliz que às vezes me bate um medo de que algo aconteça e essa felicidade acabe.

Estou esperando o Matheus a mais de meia hora e nada dele chegar, atendeu minha ligação e disse que já estava chegando porque tinha pego um engarrafamento, mas que já estava perto da escola, onde ele se meteu. Acho que vou esperar ele olhando a aula de karatê do Beni, aproveitar e colocar os assuntos em dia com meu amigo.

Quando chego na lanchonete antes de chegar lá vejo uma cena que me paralisa da cabeça aos pés. Não acredito que o Matheus fez isso comigo.

Saio rapidamente de lá, pego minhas coisas e vou para casa de Uber.

Matheus:

Minha rotina com a Melina tem sido maravilhosa, é tão bom acordar e dormir com ela, fico todo emocionado e bobo vendo os meus filhos chamando-a de mãe, sempre soube que eles eram carentes dessa figura materna, não colocavam muito na Cláudia por não termos nenhum relacionamento amoroso, mas com a Lin eles se sentiram a vontade pra isso e vê-la toda receptiva, confirma e aumenta ainda mais o meu amor por ela.

Mas como felicidade de pobre dura pouco, uma parte do meu passado voltou pra me atormentar, hoje quando cheguei já atrasado pra buscar a Melina, encontro a  Anny na lanchonete esperando o seu filho que está na aula de karatê com o Benício, ela me chama pra conversar e pede pra eu sentar, falo que estou atrasado e ela diz que será rápido, que precisa da minha ajuda.

Sento a sua frente ouço o que ela fala e na hora que abaixo a cabeça pra pegar o celular no bolso da calça para avisar a Lin, sinto as mãos da Anny no meu braço, quando vou retirar sua mão, vejo a Lin olhando para cena e saindo correndo, como fiquei com as mãos na da Anny para tirar, com certeza ela pensou besteira. Bem feito, quem manda ter o passado de merda?

Falo pra Anny novamente que estou namorando e que não há a mínima possibilidade de voltarmos a ter algum envolvimento novamente, ela fala que não é nada daquilo, mas não fico muito tempo para ouví-la, saio de lá e sigo para casa da marrenta da minha vida.

Pego um trânsito horrível para chegar em sua casa, ligo o caminho inteiro pra ela e marrenta do jeito que é, não me atende. Ao chegar desço rapidamente do carro e bato em sua porta, quem atende é sua mãe.

— Clara, preciso falar urgente com a Melina, ela já chegou?

— Boa tarde, já chegou sim, e chegou com um humor horrível.

— Desculpe minha falta de educação e é por isso que quero falar com ela, ela interpretou mal uma situação e vim me explicar. Era de se esperar o mau humor.

— Vou ver então se ela quer falar contigo, senta aí na sala.

— Tudo bem. Entro e sento, torcendo pra que ela me ouça.

Depois de um bom tempo, Clara volta dizendo que ela está com dor de cabeça e que não quer falar agora.

— Ela precisa me ouvir, ela não pode ficar mal com uma coisa que não é verdade, por favor me deixa subir.

— Tá bom Matheus, mas não vão se matar lá em cima.

Subo apressadamente para seu quarto, ao abrir a porta encontro-a deitada, virada pro lado de lá.

— Aquele idiota já foi embora mãe? — Ela fala quando ouve o som da porta, pensando que é sua mãe que entrou no quarto.

— Não, o idiota veio esclarecer qualquer dúvida que ele te ama.

— Saí daqui, não quero falar contigo. Depois a gente conversa.

— Depois nada, não vou te deixar aqui com a cabeça cheia de pensamentos errados e chorando enquanto não aconteceu nada do que tu tá pensando.

— Então o que teve Matheus? Porque eu sei bem o que eu vi, você segurando a mão dela.

— Segurando a mão dela não, estava tirando. Mas isso você não viu porque prefere acreditar que sou aquele mesmo cafajeste idiota de antigamente, do que acreditar que mudei e que te amo.

— O que aconteceu foi que eu cheguei e encontrei ela na lanchonete, ela me chamou disse que precisava de ajuda, me fala o que passou e passa com o filho, quando eu ia pegar o celular no bolso pra te ligar, ela pegou no meu braço e eu peguei na mão dela pra tirar, mas como vi você lá vendo a cena, acabei ficando paralisado, porque sabia que você ia interpretar errado.

Agora Melina, já resolvi o que tinha pra resolver aqui, vou pra casa e você fique aí e só me procura quando você acreditar tanto na minha mudança, como no meu amor por você. Porque não quero continuar num amor com inseguranças e desconfianças, me entreguei a você de corpo e alma, mas pelo que tô vendo não é recíproco. Assim que você tiver uma resposta me procura.

Com isso saio do seu quarto e na sala me despeço da sua mãe e vou para casa.

Sei que posso correr o risco da marrenta não me procurar por puro orgulho, mas ou era isso ou viveríamos sempre um relacionamento sem confiança, com meu passado ou o nosso vindo nos assombrar.

Melina:

Ouço tudo que ele fala de costas pra ele, assim que ouço a porta bater choro mais ainda.

Penso em tudo que ele me fala, ele tem razão, eu disse que confiaria nele e na primeira oportunidade já imaginei que ele estava me traindo.

Levanto-me rapidamente para ir atrás dele, mas assim que chego na sala minha mãe me chama pra conversar e pede pra que eu dê um tempo tanto pra ele quanto para mim, para nos acalmar e pensarmos no nosso relacionamento.

Ficamos conversando no sofá e depois ficamos vendo filme, com ela fazendo um cafuné na minha cabeça enquanto eu choro de saudade do meu moreno.

Tarde da noite vou para o meu quarto e choro mais até dormir. No outro dia acordo feito um zumbi, como o Matheus provavelmente não passará aqui para me levar terei que ir dirigindo.

Assim que chego na escola, vejo seu carro saindo, nos desencontramos.

Passo o tempo inteiro pensando em algo que possa fazer para demostrar que confio no Math e que o amo.

Quando termino de almoçar e vou levantar da mesa em que estou com o Rodrigo e o Beni, sinto tudo escurecer e quando dou por mim está tudo escuro.

Redenção pelo Amor - Serie Pelo Amor Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora