dedicated to
River Jude Phoenix
gone, but never forgotten
✝ 23/8/1970 — 31/10/1993 ✝🏞
23 de Julho de 1981
Castle Rock, OregonO dia quente de verão marcava o último dia de férias da pequena cidade que se encontrava no interior de Oregon. Por todos os lugares eram encontradas pessoas aproveitando esse último dia o máximo possível. Alguns estavam nas lanchonetes com seus amigos, outros no jardim de casa com o rádio ligado e a mangueira refrescando todos ali presentes.
Mas não Lis. A menina de apenas dez anos estava presa em seu quarto abafado, esperando a deixa perfeita para sair pela janela lateral que era quase escondida pela árvore cheia. Ela encarava o relógio com ansiedade, torcendo para que logo ouvisse as pedrinhas batendo em sua janela.
Tirou os pés da cama e, passo após passo, caminhou até a porta e a abriu devagar, sem deixar que fizesse barulho. Colocou a cabeça para fora, olhando para o andar de baixo da casa. Como suspeitava, seu pai havia adormecido na frente da televisão, segurando a cerveja com uma das mãos que ela sabia o quão pesada era. Mais um final de semana comum na casa dos Chambers.
Recuou alguns passos e trancou a porta novamente, bem a tempo de ouvir as pedrinhas batendo na janela fechada. Seus passos se apressaram para esticar a cabeça e procurar a fonte do som. Ele estava lá em baixo, com a mão carregando os pedregulhos e o sorriso quadrado estampado no rosto. Ela voltou para sua cama, agarrando os trocados que havia conseguido furtar do pai bêbado e adormecido, calçou seus tênis e destrancou a janela. Com cuidado, ela esticou uma das pernas até que a mesma encostasse no galho da árvore. Reuniu coragem e grudou seu corpo com o tronco, descendo galho por galho, até saltar de uma distância segura.
- Você está bem? - ele disse, levantando-a pelo braço com o inglês travado que possuia. Seus pais eram filhos de imigrantes coreanos que fugiram durante a Segunda Grande Guerra, ele foi educado na língua de sua família e teve que aprender inglês sozinho, com o pouco auxílio didático que a escola lhe oferecia.
- Estou bem, Tae. Vamos logo, meu pai vai dormir até a noite! - ela sorriu travessa, já havia escapado das garras da família anteriormente.
Eles deram as mãos pequenas e saíram pela cidade como faziam todos os dias. Primeiro, passaram na lanchonete e compraram dois sorvetes de cone. O pequeno Taehyung, como de costume, pediu o sorvete de morango e Lis o de creme, mas sempre trocavam os cones para experimentar ambos os sabores que já conheciam de cor.
A próxima parada foi o fliperama local. Eles iam lá com uma frequência razoável, já eram conhecidos por todos os funcionários e até mesmo pelo simpático dono de lá, Vernon. As duas crianças eram extremamente competitivas e nos três anos que iam juntos ao fliperama, resolveram fazer uma regra. Juntariam todos os tickets e, no final do dia, dividiriam o prêmio em dois, independente de qual fosse. Naquele dia, Lis foi a vencedora, com quase o dobro de tickets que Taehyung foi capaz de juntar. Ela entregou os que havia ganhado e os do menino para a loira do caixa, que lhes deu sete pacotes de bala. Eles pegaram o prêmio e saíram do fliperama, indo rumo ao último ponto do dia.
Competiram pra ver quem conseguiria subir um dos morros que havia na cidade, e se sentaram no topo dele. De lá de cima era possível ser a vista completa da cidade e de seus arredores. Observaram as casas feitas de madeira, os estabelecimentos que fechavam as portas, a floresta que cercava a cidadezinha e bem depois dessa, o grande lago que era cheinho de peixes. O pôr do sol os acompanhou, enquanto eles enchiam as bocas com as balas de iogurte que haviam ganhado.
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multiverso ᤴ k. taehyung
FanfictionMúsicas inspiram minha alma do mesmo jeito que Taehyung inspira meu coração. A combinação de meu coração palpitando, minha alma brilhando, ele me iluminando e música tocando, inspira minha escrita. [ Taehyung x OC ]